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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Quando lí a notícia, em dezembro de 2012, que a Liga tinha decidido arquivar o caso de problemas com a notória «caixa de segurança» do Estádio da Luz, depreendi que o todo do processo tinha sido dado como concluído. Aparentemente, foi uma leitura errónea da minha parte, visto que surge hoje a divulgação da decisão do Conselho de Disciplina da FPF, a condenar o Sporting a indemnizar o Benfica em 360 mil euros, pelos danos supostamente provocados por adeptos sportinguistas. Embora esta decisão seja passível de recurso para o Conselho de Justiça - de quem não é expectável esperar se não mais do mesmo - não sou totalmente adverso à decisão, caso hajam provas concludentes - e não apenas circunstanciais - de que foram, em facto, adeptos do Sporting os causadores dos focos de incêndio que se verificaram nas muito publicitadas imagens.
Colateralmente associado ao caso e que o órgão federartivo deveria igualmente analisar - mas que não fará, à conveniência - é a essência da causa dos problemas, designadamente o acentuado desrespeito e inerente provocação pelo «timing» da inauguração da referida caixa, pela premeditada e maliciosa decisão dos dirigentes encarnados. Não obstante o incidente, em si, não vejo a necessidade deste tipo de estrutura em qualquer estádio nacional e, salvo erro, o clube da Luz é o único que adoptou medidas de alegada segurança desta natureza. Há anos que a FIFA e a comunidade futebolística, em geral, têm vindo a propagar a mensagem e a praticar actos em seu sustento, que visam a aproximação do adepto ao relvado, e este tipo de estruturas que são utilizadas em diversos recintos europeus, contrariam vincadamente esse objectivo.
Em última análise, condeno quem praticou o acto e só lamento que tenha de ser o Clube a assumir a penalização. Isto, no entanto, reitero, não absolve o Benfica de responsabilidades, indiferente dos discutíveis pareceres dos órgãos da Federação Portuguesa de Futebol.
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