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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sempre apoiei a razão de ser, à raiz, do Conselho Leonino, como um corpo constituido por devotos sportinguistas em quem o Clube poderia depender e recorrer numa situação de enorme crise, que não apenas resultados desportivos de menor agrado. Ao longo dos anos a função tem vindo a ser diluida, parcialmente pela selecção das pessoas que o constituem e, também, por se ter distanciado do seu escopo primodial de existência. Este orgão vai reunir novamente esta noite, supostamente para exigir satisfações ao presidente Godinho Lopes e ao Conselho Directivo quanto ao estado actual do Clube, centrado, primacial e lamentavelmente, nos resultados desportivos. Para ser sincero, não vejo que mero debate, por construtivo que possa ser, venha a resolver seja o que for, quando o que o Sporting necessita, urgentemente, são acções no sentido de assegurar meios para garantir a sua sustentabilidade a curto e a longo prazo. É de prever que o dr. Eduardo Barroso vá enunciar o seu desejo de abandonar a presidência da Mesa da Assembleia Geral. Face ao seu (não) contributo desde que assumiu a função, esta disposição não causará danos práticos, mas a imagem que projecta para o exterior e que inevitavelmente será explorada e sensacionalizada pela comunicação social, não beneficiará o Clube. É de admitir, igualmente, que a controvérsia sobre eleições antecipadas venha a ser debatida pelos conselheiros. É impossível imaginar um qualquer cenário em que esta ocorrência venha a produzir os efeitos desejados, relativamente à imediata recuperação do Clube em todas as suas vertentes. Poderemos evocar projectos e mais projectos, que não passam de mitos, uma vez que o que está em estado precário é a situação financeira e nenhum projecto terá viabilidade sem o devido apoio, que não passa, na minha modesta opinião, por recorrer a fundos, medida que apenas inflacionará o já substancial endividamento. O Sporting necessita de investimento, acima de tudo, mas o seu estado actual não se apresenta como um veículo atractivo para potenciais investidores.
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