Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
José Manuel Ribeiro escreveu um artigo de opinião no jornal «O Jogo», sob o título deste post, onde levanta questões relativamente à essência da causa que levou Godinho Lopes a vender Ricky van Wolfswinkel e outras dúvidas sobre o actual plantel do Sporting. Esse artigo pode ser lido aqui, mas não tenho quaisquer dificuldades em esclarecer aquilo que aparentemente ilude José Manuel Ribeiro. Em primeiro lugar, pasma-me todos estes ruídos agora, só porque o avançado marcou três golos ao SC Braga - que lhe tão o total de 42 em duas épocas incompletas no Sporting - quando alguns de nós há longo que nos pronunciamos, repetidamene, sobre esta temática.
A razão de ser da venda, à raiz, é a frágil situação financeira do Sporting, obviamente, mas não é esse factor que está em discussão mas sim o timing da venda e o destino da verba recebida pelo Clube. Para já, contrário à opinião do cronista, a compra deste jogador (5,4 milhões de euros) não foi «demasiado acima das posses do Sporting), foi um bom investimento que devia ter sido gerido, financeira e desportivamente, com mais eficácia. Segundo, é por de mais evidente para quem tem alguma noção do que é futebol, que o seu máximo potencial nunca podia ser realizado nestas duas muito caricatas épocas da equipa leonina.
O erro da venda deve-se exclusivamente a três partes: Bruno de Carvalho e Carlos Severino pela insólita pressão que exerceram durante a campanha eleitoral, na perseguição dos preciosos votos, com acusações e ameaças diversas, e a Godinho Lopes por se ter deixado influenciar pela verborreia. Mentes ponderadas e sensatas teriam encontrado outros meios para resolver as insuficiências imediatas de tesouraria sem recorrer à venda de um activo que poderia render muitíssimo mais um ano mais tarde, após uma época de superior competitividade. Em última análise, a venda serviu os interesses de alguns, em detrimento do Sporting, e o resto é apenas e tão só conversa de café. Um cínico diria que existe um leque de cenários hilariantes no Sporting: o melhor avançado da equipa que já não lhe pertence mas que vai lutar até ao último jogo para ajudar o Sporting alcançar os seus objectivos e, por outro lado, um director da nova liderança da SAD que é treinador da equipa adversária que no próximo jogo vai tentar impedir o Sporting de atingir esses mesmos objectivos. E como não há duas sem três, temos ainda um misterioso colaborador do novo presidente, que por ser funcionário do Sporting - treinador dos juniores - vai-se manter no «anonimato» até ao final da época. Quando chegarmos a meados de Maio vamos ter carnaval em Alvalade, com as máscaras todas a cair. Nem em «Hollywood» imaginariam uma história tão surreal, diria esse mesmo cínico !!!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.