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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Acabei de fazer algo que raramente faço, e que tão cedo não repetirei, que foi visitar um blogue sportinguista que, muito indica, tem acesso directo à actual liderança do Sporting e serve como um mecanismo seu para propagar todas as desinformações e até falsidades à conveniência dos seus objectivos. Como não podia deixar de ser, a temática em discussão no espaço em questão - com as mentes inflamadas por um escrito elaborado precisamente nesse sentido - é a incrédula aceitação do que o jornal Record publicou hoje sobre a disposição contratual de Labyad, sem sequer uma única dúvida a ser suscitada quanto à veracidade da informação disponibilizada.
Reitero o que já escrevi num post prévio: até serem apresentadas provas irrefutáveis, não acredito de modo algum que exista uma cláusula no contrato do jogador que permita um aumento salarial de 900 mil euros para 2 milhões, com a distinta inferência de que este muito substancial aumento nem o coloca sequer como o jogador mais bem pago do Sporting, mas sim, como "um dos mais bem pagos". Aceitando esta fantasia noticiosa, poderemos então concluir que existem jogadores na equipa principal a usufruir de salários entre os 2 e 3 milhões, ou até mais. O mero conceito é ridículo e ser aceite por sportinguistas, sem a menor reflexão, é ainda pior. Associando isto à outra inverdade do presidente, alegando que os jogadores do Sporting são mais bem pagos dos que os do Benfica e os do FC Porto - apesar do relatório enviado à CMVM claramente refutar esta disposição - permite tirar ilações sobre a qualidade da informação divulgada e da credibilidade das pessoas que a divulgam.
Muito por este tipo de acções, há longo que perdi o respeito por Bruno de Carvalho e, por inerência, a confiança na honestidade da sua liderança, já para não evocar competência. O presidente do Sporting - qualquer presidente - deve abandonar as estratégias finórias de campanha eleitoral que o conduziram à "cadeira" do poder e ser totalmente honesto e esclarecido perante todos, não apenas os que o elegeram, mas todos os sportinguistas que, de uma forma ou outra, constituam o universo verde e branco. Isto, se pretende reinar uma "nação" unida, caso contrário a divisão será cada vez mais acentuada, com o Sporting a sofrer as consequências. Discursar sob o aconselhamento de técnicos de informação, para se tornar mais apetecível no momento, servirá para convencer alguns mas, eventualmente, distanciará a vasta maioria.
Na minha vida profissional em tempos de outrora, e na sensível esfera de actividade em que então operava, seguíamos um "modus operandi" muito simples e efectivo: a partir do momento que a primeira inverdade era detectada, o perpetrador perdia toda a credibilidade e a recuperação da mesma, se jamais, requeria um comportamento com um grau de cumprimento excepcionalmente convincente, ao limite. Ainda hoje, na minha vida particular, respeito e sigo este modelo de interacção que tão bem me serviu profissionalmente.
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