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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Campeonato Nacional - 27 de Maio de 1962: Sporting 3 Benfica 1 - Sporting: Libânio, Lino, Hilário, Perides, Lúcio e Fernando Mendes; Hugo, Figueiredo, Diego, Geo e Morais. Benfica: Costa Pereira, Mário João e Ângelo; Cavem, Germano e Cruz; Simões, Eusébio, José Águas, Coluna e José Augusto.
O Carnaval já lá ia mas tinham sobredo serpentinas, cornetas e «fungagás». O público, em número redondo de 70 mil pessoas, agarrou nos restos e gastou-o naquela tarde. Havia Motivos de sobra: era a festa do título contra o fresquinho Campeão Europeu chamado Benfica.
«Aquele foi um jogo que definiu, no fundo, o grupo de trabalho que o Sporting tinha na altura. Eram jogadores muito iguais, quase ninguém sobressaia, éramos de uma bitola muito parecida, cada um na sua posição, é claro! Curiosamente,a selecção nacional era formada pela nossa defesa e pelo ataque do Benfica, com outros no meio. O nosso grupo de trabalho era muito unido, principalmente devido à intervenção excelente do treinador Juca. Foi a vitória da amizade, do bom abiente e de um grupo de pessoas que estavam imbuídas do mesmo espírito.
Recordo-me que, à partida, nós não éramos favoritos à conquista do título. Era um grupo muito novo, quase todos formados no Sporting. Nesse jogo frente ao Benfica, fiz uma assistência para um golo marcado por Morais. No final, houve invasão. Não havia barreiras ou vedações, as pessoas eram pacíficas. Foi uma festa».
* Do livro «Estórias d'Alvalade» por Luís Miguel Pereira
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