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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Coincidentemente, José Quintela, o novo director do jornal "Sporting", surge no seu editorial de hoje a dar resposta à pergunta que ficou no ar no nosso recém-post "Em resposta a um leitor", quanto ao significado do novo logo tema «O Sporting é Nosso»:
"No passado sábado, no jogo de apresentação, foi conhecido o novo logo tema para a época que se inicia, tendo por mote o «Sporting é Nosso». Sim, o Sporting é Nosso, dos sócios, dos adeptos, de todos os que amam o nosso Clube. (...) O emblema criado para a época de 2013/14, pretende reforçar um posicionamento de marca mais orientado para os sócios e adeptos. Graficamente, o símbolo procura potenciar o orgulho e a força de ser «leão», reforçando a identidade sportinguista.»
Não tenho problema de maior com esta disposição, mas é impossível separar este slogan da demagogia que marcou o acto eleitoral e que dava claramente a entender uma distinção entre sportinguistas: "nós" e "eles" e, daí, "O Sporting é nosso outra vez", seguido pela outra notória frase "Agora mandamos nós". Nos meus muitos anos de sportinguismo, nunca olhei para o Sporting senão como sendo de todos os sportinguistas e nem uma única vez me veio à ideia que existiam classes diferentes de sportinguistas, em termos associativos e sentimentais. O sócio e o adepto têm hoje essencialmente a mesma ligação ao Clube que tinham há 40 ou mais anos atrás, por conseguinte, não identifico diferenças, em contexto.
Decerto que o Conselho Directivo terá as suas ideias quanto "ao posicionamento de marca mais orientado para os sócios e adeptos", mas salvo inovações comerciais de relevo, ainda não se verifica um posicionamento diferente de qualquer outro, na história do clube. A sociedade é diferente e os meios de vida também, por conseguinte, a comunicação e ligação ao sócio e adepto têm de ser forçosamente adaptadas aos tempos.
Em última análise, a existir qualquer nível de apreensão quanto ao slogan, relaciona-se inevitavelmente com a demagogia recorrente, dentro e na periferia do Sporting que, em grande dose, projecta indícios de recriminação.
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