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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Dado o sombrio estado de espírito do universo sportinguista, em muito instigado pela decepcionante improdutividade da equipa principal de futebol até este ponto da época, era noção irrealista esperar que a entrevista concedida pelo presidente Godinho Lopes viesse a servir como uma poção mágica para apaziguar a soma dos ânimos do momento. Para todos aqueles com uma disposição mais moderada e com maior receptividade ao rumo da procura das soluções, que não passa apenas pela destituição dos orgãos sociais vigentes, as afirmações e de mais ajustes adiantados pelo presidente, no sentido de reestruturar o futebol do Sporting e recriar a equipa principal, terão sido suficientemente convincentes para lhe conceder o benefício da dúvida e aguardar pelos efeitos do processo em curso. Este, começando pela contratação do prof. Jesualdo Ferreira, para assumir o que se depreende ser a coordenação técnica de todo futebol do Clube que, em não pequena medida, deverá contribuir para a redefinição do plantel pela abertura do mercado de transferências em janeiro, com a evidente expectativa de entradas e saídas de alguns jogadores. Um dos aspectos mais gratificantes deste conjunto de acções e intenções, passa pela sublinhada participação do nosso muito respeitado Aurélio Pereira, tanto quanto à elaboração da citada reestruturação e, de igual modo, pela sua sugestão de Jesualdo Ferreira.
Para a notória oposição, pela sua (única) predisposição para a conquista do poder por meios revolucionários, absolutamente nada do que o presidente poderia dizer ou apresentar serviria para a demover do seu já há longo estabelecido curso de obstrução e destabilização. É apenas e tão só, a ordem do dia, todos os dias. Mesmo sem ler os periódicos desportivos de segunda-feira ou visitar os espaços de opinião na blogosfera, é de esperar uma fúria de escritos, pelos usuais teóricos e finórios da pena - uns motivados por idealismos utopistas e destrutivos, outros por interesses materiais dissimulados - no sentido de levar a cabo uma «autópsia» minuciosa sobre tudo quanto foi articulado pelo presidente. Pelos inúmeros e frequentes precedentes, qualquer outra reacção da sua parte seria «traumatizante» para os nossos débis corações.
Pela sua vasta experiência em lidar com a formação e exercícios diversos no topo do futebol nacional e internacional, a escolha do prof. Josualdo Ferreira é lógica e sensata e dispensa um alargado leque de conhecimentos que inevitavelmente dará frutos quanto ao melhoramento estrutural e competitivo do futebol do Sporting. A função, ambiguamente apelidada de «Manager», mas que eu entendo ser mais directamente associada com o desempenho de um director ou coordenador técnico, é parte integral da nova moldura da SAD. Muito embora os seus parâmetros de poderes não tenham sido explanados, em detalhe, faz sentido que decisões de força superior relacionadas com a entrada ou saída de activos da equipa principal, sejam da pertença da SAD, sustentadas pelas apreciações e recomendações, à raiz, tanto do treinador como do prof. Jesualdo Ferreira.
Enquanto se possa admitir que uma vira volta com perfeição não seja uma ambição plausível, é de reconhecer que situações drásticas exigem, no minimo, medidas bem ponderadas e rigorosas, face à quase não existente margem para erro,ao que concerne uma época emocional e financeiramente desgastante e potencialmente desastrosa, se não for devidamente reconduzida.
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