Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Há fotografias de personalidades que têm por finalidade conseguir determinar o “tempo” e o “sinal” de cada momento, o contexto em que tudo se passa: nelas, é a pessoa fotografada que estabelece a essência do acontecimento. Tudo o resto é irrelevante.
Verifica-se isso com a fotografia que surge na primeira página do jornal Sporting, de 23 de Junho de 2016. Bruno de Carvalho é, em simultâneo, o objecto e o objectivo, revelando a finalidade íntima de se sobrevalorizar em detrimento das outras pessoas, individualmente ou em grupo. E apresenta-se como alguém que, sendo o mentor, incorporou em si a própria instituição leonina. Coloca-se acima dela própria.
Mas, neste caso, trata-se de algo mais do que uma simples fotografia de representação. Constitui também um cartaz de propaganda, onde o representado, numa expressão de grande beatitude e sorriso breve, surge com um olhar vagamente lânguido, mas atento, próprio de quem vela em permanência pelo Clube e pelos sportinguistas. Há uma invulgar mensagem de cariz teológico no cartaz, revelando todo um caminho publicitário, por agora ainda insuspeito, que se abre num futuro muito próximo.
O egocentrismo é a característica humana que leva um indivíduo a sentir-se no direito de ser o centro das atenções e das razões. O egocentrismo exacerbado leva-o a pretender sobrepor-se a tudo e a todos. Esse egocentrismo exacerbado está muito bem revelado nesta fotocomposição que constitui a primeira página do jornal Sporting.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.