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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Bruno de Carvalho anda há quase cinco anos a puxar a conversa sempre mais para baixo. Desde o início, quando foi eleito presidente do Sporting, assumiu um comportamento que confunde a generalidade dos participantes no futebol português. O jornal Expresso chamou-lhe “presidente sem filtro”. Em teoria, quem se mete com ele… leva. Quase ninguém tem pedalada (ou paciência, ou até interesse) para o acompanhar nas suas constantes diatribes.
Esse comportamento acelerou-se ultimamente, o que tem uma razão de ser. É que o Sporting já não é o que foi no passado, mas ainda não se tornou num clube com futuro. Está num intervalo entre o passado e o futuro. Chama-se a isso “ser ainda não”. E “ser ainda não” preocupa muito os sportinguistas. Quando se vai à guerra com pouca sapiência e nenhuma estratégia sabe-se que muita coisa pode correr mal.
A conversa rasca de Bruno de Carvalho não constitui uma novidade. Comporta-se assim desde o primeiro dia. A novidade está na vulgaridade transgressiva da sua linguagem que se revela na forma como agora se dirige a tudo e a todos. Na grosseria permanente, na degradação pública que se tornou irreversível. Ele esqueceu-se de que o arqueiro é, simultaneamente, aquele que visa o alvo, o que o atinge, mas que pode ser atingido.
(O cântico entoado pela claque leonina ontem no Dragão Caixa é consequência, em grande parte, da conversa rasca do actual presidente do Sporting. Convém distiguir o episódio patético do contexto que o favoreceu.)
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