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Como sempre, não faltam desculpas ao nosso treinador de milhões numa tentativa de justificar o injustificável, face a mais uma pobre exibição a que assistimos. Mesmo tendo em conta esta fase "madrugadora" da época, devia-se ver alguns sinais de evolução na equipa, tanto em termos individuais como colectivos. Claramente, não é esse o caso. Continuamos com problemas defensivos gritantes que nos levou a sofrer nove golos em quatro jogos, e a construção de jogo ofensivo evidencia-se pela sua escassez. O pouco de positivo à vista tem vindo dos jovens, aqueles que Jorge Jesus pretere à primeira oportunidade. Eis algumas das suas declarações pós-jogo:

 

«O desgaste suplementar devido à longa viagem teve influência, foi uma viagem de duas horas até chegar ao jogo. Não aquecemos e entrámos completamente desconcentrados. Foi um estágio para aproximar as pessoas à equipa, conhecermo-nos uns aos outros porque há muitos jogadores novos. Claro que a organização não foi boa porque houve jogos em que tivemos de andar duas ou duas horas e meia de autocarro. Se já estávamos fatigados, ainda ficámos mais».

 

Neste contexto, seria necessário rever a organização interna do Sporting que programou este estágio, obviamente com a aprovação do treinador. Mas, mais para o caso, dois jogos consecutivos em que a equipa chega atrasada ao destino e ao jogo, por imprevistos no percurso que deviam ter sido antecipados. Quem é responsável por esta desorganização ?

 

«Trabalhámos sempre em cima de carga, os jogadores cada vez a responder melhor, hoje contra uma boa equipa. O resultado vale o que vale, porque o mais importante é estarmos preparados no dia 6, tendo mais alguma qualidade no dia 22 e 29. Mas o dia 6 é que é a valer. É aí que a equipa tem de corresponder a tudo aquilo que fizemos na pré-época».
 
O resultado "vale o que vale" por ter sido mais uma derrota, caso contrário não faltariam auto-elogios. É evidente que o mais importante está para vir, mas não pode ser uma boa indicação o que se tem visto até agora.

«Hoje tinha muitos jogadores de fora, com algumas mazelas, como o André, o Chico, o Ryan, o Iuri… o próprio Palhinha entrou com algumas dificuldades. O Pedro estreou-se e esteve muito bem. Surpreendeu-me pela positiva. O Tobias voltou a estar muito bem. O Piccini fez um jogo soberbo, independentemente de estar cansado, para ele não houve cansaço».
 
Não comento as supostas "mazelas" de André Geraldes e Iuri Medeiros, porque estes até têm jogado, mas fico perplexo perante as contrariedades sofridas por Francisco Geraldes e Ryan Gauld. Não deve ter sido pelos minutos de jogo, até porque o Ryan nunca calçou na Suíça, foi apenas um mero turista. Esta sua condição só pode derivar das "tareias" que têm levado dos adjuntos de Jesus, a treinar à parte do grupo e até num outro campo.
 
De qualquer modo, até dá para rir ele recorrer a esta justificação com jogadores, salvo o Iuri, que não fazem parte dos seus planos para a época. 
 
Piccini ter sido "soberbo" não merece comentário. Muito lutador, mas falta muito mais. Chegou a fazer algum cruzamento ?

«Foram 10 dias positivos. Quatro jogos em 10 dias que obrigou a que jogássemos carregados, pesados, as pernas pesam muito… Quatro jogos contra quatro boas equipas. Não quisemos treinar com equipas de menor dimensão, do campeonato suíço, mais fraco. Jogámos com o Basileia que normalmente é campeão. Tivemos de nos por à prova com equipas que nos obrigaram a correr mais, a trabalhar mais».
 
Sempre me constou, até por experiência própria, que o grau de dificuldade de jogos de pré-época deve ser gradual, de modo a acompanhar o desenvolvimento físico dos jogadores e a vertente técnica da equipa. A exemplo do que ele próprio programou na época passada, a sua filosofia é outra, e o resultado está à vista. E, no sábado, temos uma equipa que não deverá ser nada meiga.
 
Há muito mais para dizer, mas vou ficar por aqui para facilitar o debate dos leitores. Reconhece-se que o regresso dos internacionais, uma vez integrados, será uma importante mais-valia para a equipa. Isto, partindo do princípio que não serão vendidos. Se isso acontecer, ficamos ainda com menos razões para optimismo.
 

publicado às 04:40

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2 comentários

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De Petinga a 19.07.2017 às 05:38

Os resultados da pré-época sao, até ver, maus.

As exibicoes também.

"Reconhece-se que o regresso dos internacionais, uma vez integrados, será uma importante mais-valia para a equipa."

Isto é um "pormenor"? Convém nao esquecer que jogamos sem 3 campeoes europeus e 1 titularíssimo. Adrien, Gelson, William, Rui Patrício. Sao 4 jogadores titulares. Nao obstante a elevada probabilidade de um deles ser transferido, sao 4 jogadores que conhecem a casa e os métodos do treinador.

"Piccini ter sido "soberbo" não merece comentário. Muito lutador, mas falta muito mais. Chegou a fazer algum cruzamento?"

Achar que a missao de um lateral se resume a ir à linha e fazer cruzamentos nao está de acordo com o futebol moderno. Onde nao gostei de Piccini foi na qualidade do passe. Demasiados passes "a queimar" e mal orientados para os colegas.
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De julius coelho a 19.07.2017 às 09:37

Nao é essa a visão correcta a fazer do Piccini , analisa so a questão tecnica quando nesta fase o que importa é saber a resposta fisica as cargas de treinos duros e aí o italiano foi dos melhores ganhou resistencia rapidamente. A questao tecnica virá nos proximos jogos.
Quanto aos passes mal guiados, Piccini tem ainda introduzido o chip anterior de jogar em equipa pequena e os passes saiem ainda automáticos principalmente para espaços mais seguros se menor risco esse chip será mudado com o tempo.

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