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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um artigo da autoria de Alexandre Pais - ex-director do jornal Record, bem conhecido pela sua pena encarnada - da sua rubrica semanal Quinta do Careca, intitulado João Pereira e o seu outro eu, em que comenta o jogo com o Real Madrid e, em especial, o incidente que levou à expulsão do defesa do Sporting.
Alguns pontos interessantes e até certeiros no escrito, que começa deste modo:
«Tal como não se pode fugir ao destino, também da fama de ter maus fígados não nos livramos. Estou a pensar em João Pereira, esse desistente de carreira que o olho de falcão, perdão, o olho de lince de Jorge Jesus em hora feliz foi buscar à prateleira dos infernos».
Uma outra consideração sua, porventura displicente mas, ao mesmo tempo, intrigante:
«Numa das redes sociais, substitutas por excelência das antigas portas das retretes públicas, alguém mais perverso – e perversidade é o que por lá não falta – escreveu que João Pereira quer seguir a carreira de João Vieira Pinto. E que se este conseguiu, também ele quis iniciar a sua caminhada para futuro quadro da Federação».
Nunca me veio à ideia que João Pereira ambiciona uma posição na FPF depois de terminar a sua carreira de futebolista, mas, sendo verdade, será justo duvidar que tenha os "padrinhos" que João Vieira Pinto tem no seu bolso, não vá alguém pensar que o cargo que desempenha deve-se a mero mérito.
Uma outra consideração, agora como Gelson Martins como alvo, que no contexto deste jogo não é inteiramente injusta, embora se admita que Alexandre Pais não resistiu carregar o encarnado:
«Manda igualmente a verdade que se diga que Jesus não tem, ainda, uma equipa madura. Basta recordar dois lances de Gelson Martins, no princípio do segundo tempo. Num, ficou à solta pela direita, aproveitando a queda de Marcelo, e fez um centro rasteiro, à toa, para o meio dos defesas, o que deixou o treinador à beira da apoplexia. Minutos depois, isolado na grande área, centrou atrasado para “ninguém”, quando se impunha o remate cruzado. Adiou a sua afirmação, revelando que tem muito para aprender e crescer».
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