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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nuno Saraiva - director de comunicação do Sporting - a reagir aos "acontecimentos" dos últimos dias e, no processo, a alimentar, inevitavelmente, a guerra de missivas fortuitas entre Sporting e Benfica. Alguém devia alertar Nuno Saraiva, e outros, tanto do Sporting como do clube da Luz, que "enough is enough" !
«Nos últimos 15 dias tenho assistido, em silêncio forçado, às mais diversas enormidades.
Cumprido o castigo que me foi imposto com diligência e celeridade – ao contrário do que acontece com outros – pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, é tempo de voltar à defesa intransigente dos interesses do Sporting Clube de Portugal.
As últimas duas semanas foram pródigas em mentiras e calúnias. De directores de jornais que, por terem uma agenda clubística não assumida, escrevem colunas de opinião eivadas de ódio contra o Presidente do Clube e o treinador principal; a “opinadores” que, depois de reunirem ao almoço para elaborarem, com a bênção do seu presidente, um novo ror de mentiras sobre as nossas Assembleias Gerais insinuando e afirmando que, por exemplo, estou arrependido de trabalhar no e pelo Sporting Clube de Portugal.
Sejamos então claros: Trabalhar no Sporting Clube de Portugal não é, nem nunca será, passível de arrependimento. O convite, que muito me honrou, foi-me dirigido pelo Presidente do Clube tendo sido também por ele que aceitei este desafio. Não vale por isso a pena tentarem, com a má-fé habitual, abrir brechas onde elas não existem. Estou e estarei aqui, leal e convictamente, enquanto o meu Presidente entender que sou útil e que acrescento valor ao Sporting Clube de Portugal.
Confesso que, ao fim de tantos anos, ainda me surpreendem as virgens ofendidas que, ganhando a vida a insultar e a caluniar meio mundo, ainda por cima sem contraditório, se indignam de cada vez que alguém decide responder-lhes à letra. Esta conduta, a par de tudo o resto em que vão chafurdando, diz tudo sobre o carácter dos Guerras, dos Venturas e dos Silvas. Como disse um dia Abraham Lincoln, “pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma os homens em cobardes” e isso, podem estar seguros, nós nunca seremos porque jamais nos calaremos sempre que esteja em causa a defesa do Sporting Clube de Portugal e dos Sportinguistas.
Fazendo uma breve retrospectiva do que foram estes 15 dias, além das calúnias e da desonestidade habituais, assistimos a notícias plantadas e encomendadas com o objectivo denegrir e amesquinhar Bruno de Carvalho, Jorge Jesus, a equipa de Futebol Profissional e, por consequência, o Clube. É uma autêntica campanha negra, típica das que se fazem na política, em que se repetem falsidades sobre as nossas contas ou sobre as relações entre o Presidente e o treinador, escamoteando aquilo que são as dificuldades e os fracassos de outros; amplificam-se impactos de lesões num único jogador – bem sei que o nosso Capitão é pendular na nossa equipa – escondendo aquilo que se passa noutros clubes em que, desde o início da época, já houve pelo menos 19 atletas sujeitos a baixa médica; inventam-se tensões inexistentes entre jogadores com contrato em vigor e a SAD do Sporting a pretexto de hipotéticas renovações, e não se escreve uma linha que seja, por exemplo, sobre o incumprimento de obrigações contratuais de outros e dívidas a clubes que até já se queixaram à FIFA por causa deste calote; difamam-se os nossos Grupos Organizados de Adeptos que, ao contrário de outros, estão legalizados e reconhecidos como se os deles fossem meninos de coro que não partem um prato e como se não existissem abundantes exemplos de, na casa deles, terem uma conduta imprópria de gente civilizada; e, tão grave como tudo isto, o branqueamento mediático doloso daquilo que é uma evidência: a dualidade ou tratamento diferenciado a que temos estado sujeitos por parte da justiça desportiva que não merece qualquer reflexão crítica por quem tem por missão escrutinar os diversos poderes.
Os exemplos são mais que muitos: enquanto se abrem processos sumários e se castigam à pressa o Presidente, directores, treinadores, médicos e atletas do Sporting, outros há que agridem nos túneis de Arouca, que insultam dirigentes da arbitragem em plena tribuna presidencial, que violam na televisão semana após semana o regulamento disciplinar da Liga, mas os processos arrastam-se sem que haja notícia de quaisquer consequências. Isto para já não falar de funcionários e de responsáveis de canais de televisão de clube que vivem obcecados pelo insulto ao Sporting Clube de Portugal, ao seu Presidente e ao seu Treinador, sem que sequer um auto seja levantado. Mas sobre nada disto se escreve uma linha ou se discute nas TV’s. A subserviência não o permite.
Aos meus camaradas jornalistas não peço que digam bem de nós se não tivermos mérito para que tal aconteça. Apenas que confiram ao Sporting Clube de Portugal o mesmo tratamento que dão aos outros. Isso sim é coragem, isso sim é rigor, isso sim é independência, isso sim é honestidade e seriedade. Se o não fizerem, connosco ou com quaisquer outros, de uma coisa podem estar certos: os clubes existirão sempre mas os jornais, como a história nos tem mostrado, definham e morrem quando não têm credibilidade. E fiquem cientes de uma coisa: os sportinguistas representam uma fatia de mercado de 3,5 milhões de potenciais consumidores. Se os continuam a tratar assim, depois não se queixem».
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