Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Foram várias as coisas tristes que se passaram este fim-de-semana relacionadas com o Sporting (a única alegria foi mesmo a vitória na Supertaça do hóquei), começando com mais uma exibição pobre no Bessa, seguida das habituais (e neste caso forçadas) desculpas com a arbitragem e agravadas pelas indiretas do Jorge Jesus para o Bruno Carvalho em relação à falta de desequilibradores na equipa (como se isso fosse possível depois das quase 40 contratações na era Carvalho !?!).
Um ponto muito baixo foi mesmo a boçalidade, ordinarice e até quase demência da intervenção “à Chavez” do Bruno Carvalho numa das menos concorridas Assembleia-Gerais de sempre (aqui faço também o meu “mea culpa” mas confesso que não sou masoquista) que incluiu a desculpa inacreditável no que revela de incompetência da não contabilização de juros para se pedir um aumento do empréstimo, as exageradas referências aos lampiões, a ameaça de processos a Santana Lopes, Dias da Cunha e José Roquette (aparentemente com fracos fundamentos), a antecipação da nossa derrota no “caso Doyen” ou, como qualquer ditador que se preze, o apontar de nomes duma “oposição ou Governo-sombra” do Sporting que se limita a 6 pessoas a escrever em blogs / facebook. O ambiente é de fim de festa como se percebe também quando o nosso Presidente da Assembleia Geral já fala em palhaços. Até quando é que o Jesus e nós todos vamos aturar este circo?
Por falar em Jesus queria destacar uma entrevista que li Sábado do José Maria Ricciardi ao jornal Sol (cujo link infelizmente não encontro na net). Lembro que há uns anos ele era visto quase como o diabo para o Bruno Carvalho e os seus apoiantes e o “Sporting é nosso outra vez” e “temos que correr com os croquetes” eram-lhe em grande parte dirigidos. Agora este confesso admirador do Bruno Carvalho revelou conhecer a proveniência do dinheiro do Sporting para os “grandes riscos corridos esta época” como confessou Bruno Carvalho (incluindo uma proposta confirmada ontem por Inácio de 6M € por Cervi !?!). Ricciardi, que mostra se mantém na liderança informal do nosso clube, nega que o dinheiro esteja a vir da Guiné Equatorial. Que alívio para todos ! Depois abre ainda mais o véu e numa sintonia com Bruno Carvalho destaca o “grande sportinguismo” de Álvaro Sobrinho que, como todos sabem, é suspeito de burla neste caso BES/GES que tanto mal fez a muita gente.
A minha sensação é que o Sporting está hoje mais do que nunca entregue a interesses obscuros que se aproveitam do facto de termos um Presidente inexperiente, cheio de si, que fará o que for preciso para se aguentar mais tempo onde está que é a sua unica obcessão (curiosamente não teve coragem para pedir já o aumento da sua remuneração) e ainda termos um anestesiamento da massa associativa que se desculpa devido ao nosso passado recente, aliada à ajuda da parte da comunicação social dominada pelo Álvaro Sobrinho para fazer (ainda mais) o que querem do Sporting.
A ideia veiculada há anos pelo Eduardo Barroso do Sporting poder servir como veículo para actos criminosos: “quero lá saber que sejam russos, angolanos, chineses ou lavagem de dinheiro” é infelizmente bem capaz de ser hoje uma realidade. Confesso a minha ingenuidade em relação a estas matérias e agradeço aos que me têm elucidado quanto à mesma, que só me faz ficar ainda mais triste com o que se passa no nosso clube.
Sei que não seremos os únicos mas sempre me habituei a sermos melhores do que os outros. Hoje imitamos os rivais em tudo o que é mau e nem assim parece-me que consigamos ganhar campeonatos, tal o amadorismo de quem nos dirige.
Em relação ao José Maria Ricciardi soube que em situações bem aflitivas já ajudou o Sporting mas infelizmente cobrou muito, seja em comissões para o seu banco ou em influência na escolha de treinadores, jogadores, colaboradores etc.
A sensação que tenho é que o apelo desesperado de ontem do Bruno Carvalho “não me deixem cair senão eu caio” é em grande parte dirigido ao José Maria Ricciardi e ao “grande sportinguista” Álvaro Sobrinho. Será que o deixarão cair ?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.