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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O regresso ao Sporting de Fredy Montero é a grande novidade da semana no universo leonino, não sendo, no entanto, um precedente na era Bruno de Carvalho. Se começa ou não a existir um padrão, é caso para debate, mas a realidade é que o avançado colombiano é a quinta contratação desde 2013 de um jogador que já alinhou de 'leão ao peito'.
O primeiro de todos foi Nani, após sete anos ao serviço do Manchester United. O extremo formado no Sporting esteve na época 2014-15 em Alvalade, cedido pelos "Red Devils", ao abrigo da transferência de Marcos Rojo. Com Marco Silva no banco venceu uma Taça de Portugal, a segunda da sua carreira. Depois rumou ao Fenerbahçe, tendo depois passado pelo Valência antes de se vincular à Lazio, onde se encontra neste momento.
Em 2015-16, Jorge Jesus, adepto de jogadores experientes, pediu a contratação do lateral João Pereira, que já tinha orientado em Braga. O defesa, que já tinha representado o Sporting de Janeiro de 2010 a Junho de 2012, realizou 44 jogos, venceu uma Supertaça, cumpriu um ano e meio do contrato e depois saiu, tal como Nani, rumo à Turquia para defender a camisola do Trabzonspor, onde ainda permanece.
Na época passada, mais dois regressos. O guarda-redes internacional Beto, que tinha sido formado em Alvalade, materializou o sonho de representar a equipa principal dos leões, um objectivo que o seu pai, entretanto falecido, não presenciou. Foram nove jogos a substituir Rui Patrício, sem comprometer em nenhum deles e com exibições decisivas à mistura. No final da época, perante a possibilidade de poder estar presente no Mundial, sensibilizou Jorge Jesus e Bruno de Carvalho e estes deixaram-no sair. Curiosamente, Beto seguiu as pisadas de Nani e de João Pereira e transferiu-se para a Turquia, onde representa o emergente Göztepe.
Elias entrou depois de Beto, mas saiu antes - em Janeiro de 2017. Não durou mais de seis meses, apesar de ter sido um pedido de Jorge Jesus, que já o desejava no Benfica. O seu regresso acabou por ser o mais surpreendente de todos, tendo em consideração que um dos primeiros actos de gestão de Bruno de Carvalho foi vender o activo herdado do consulado de Godinho Lopes.
Em 2014, após o final do impasse que o impedia de jogar, o internacional brasileiro adjectivou o líder leonino com palavras pouco meigas: "Queria muito ter voltado para o Flamengo. Acho que foi birra porque o presidente do Sporting é meio maluco. Ele próprio diz isso sobre si...", disse Elias.
Mas a verdade é que o médio regressou mesmo em 2016, contudo a sua contratação foi feita para acautelar a saída de Adrien para o Leicester, que não chegou a verificar-se. E, na comparação com o campeão europeu, Elias saiu sempre a perder. Por isso, seis meses depois voltou ao Brasil para representar o Atlético Mineiro, no qual é peça nuclear.
Em dias mais recentes, e muito antes do anúncio de Fredy Montero, esperava-se um outro regresso que acabou por não se concretizar, muito provavelmente pelo elevado salário do jogador: Islam Slimani. Claro, é de admitir que caso o ponta de lança argelino tivesse regressado a Alvalade, mesmo apenas por empréstimo do Leicester, Montero não teria sido contratado.
Veremos qual é o próximo a regressar ao Clube do Visconde. Sabemos qual é o maior desejo, mas não passa de um sonho de impossível concretização.
***Texto com parcial referência ao artigo de Bruno Pires, Diário de Notícias
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