Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sporting e FC Porto, cada vez mais afastados do líder Benfica – são já 8 e 6 pontos, respectivamente –, assestaram em definitivo as baterias nos erros de arbitragem, tão velhos quanto o próprio futebol. E é justo reconhecer-lhes o direito à revolta, pelo muito que têm sido prejudicados por árbitros canhestros, destacados para dirigir desafios para os quais não dispõem de capacidade técnica, autoridade ou sequer bom senso. Trata-se de uma situação que resulta de anos de escolha dos piores caminhos para a preparação e selecção dos juízes de campo, embora assistindo, por exemplo, a jogos da liga espanhola, se vejam arbitragens ainda piores do que aquelas que temos em Portugal.
O que não vemos é badernas no final das partidas, como sucede por cá. Nisso, a primeira responsabilidade cabe aos árbitros, como se viu no Bonfim, quando Rui Oliveira apontou para a marca de penálti: Jeferson protestou aos berros, encostando a cara e o peito ao árbitro, sem que visse o devido cartão vermelho. Foi, aliás, tão bem sucedido que Coates imitou a graça, ficando também impune.
E tudo isto acontece porque os jogadores sentem cobertura para o seu comportamento, como se confirmou a seguir, com o treinador e o presidente a ajudarem ao triste fim de festa. Houvesse coragem e vergonha em quem manda e nada disto se repetiria, por muita razão que assista ao Sporting.
Quanto aos dirigentes do apito, à nora no bananal, dou-lhes um conselho: se não sabem resolver o problema, perguntem ao Coroado.
Artigo publicado no jornal Record da autoria de ALEXANDRE PAIS.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.