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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Enquanto o(s) Estado(s) permitir(em) que uma actividade que move tanto dinheiro e que mexe com tantas emoções permaneça na marginalidade, com leis e regras próprias, nada mudará.
Hoje em dia os clubes não passam de albergues de malfeitores, do topo à base. A violência é transversal, sendo que é na base em que a mesma se torna mais física, fruto não de um tribalismo exacerbado mas por ser aqui que se concentram em número considerável um conjunto de indivíduos sem estrutura, desprovidos de valores que nos são, a quem tem alguma educação e respeito pelo próximo, queridos.
É um problema social, do qual o Estado se demite, que os Clubes se vêm na obrigação de gerir, fazendo-o mal, pois não é esse o seu papel.
As bancadas “ultra” dos principais clubes estão hoje repletas de marginais e poucos são os que ali se juntam por amor aos seus clubes. É uma forma de sobrevivência.
“Organizar viagens, distribuir bilhetes, comprar e vender merchandising, negociar intimidações ou oferecer segurança torna-se uma forma de vida que dispensa o incómodo dos impostos, dos horários, do esforço, do mérito ou do talento. Para se chegar lá basta a obediência a um grupo na escola ou no bairro e esperar que um dia as portas do núcleo duro oficial se abram. Depois, há que obedecer, ser mau como os piores, aprender a viver nas fronteiras da lei ou fora dela, emular a dureza, a esperteza e a ausência de escrúpulos. Um dia, talvez haja dinheiro a rodos para comprar carros caros ou viagens em hotéis de luxo. Como os chefes.” (Manuel Carvalho – Público).
Tudo isto com a complacência do Estado. Do MAI em particular.
Com isto dizer que não são os agentes desportivos (que vago…) que devem ser responsabilizados. Quem tem que intervir é o Estado, que tem que regular no sentido de tornar o desporto numa actividade estopante, repelente mesmo, para a canalha que faz dela a sua forma de vida».
Leitor: TITTO
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