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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Com algumas ideias a serem testadas actualmente, como o vídeo-árbitro, as quatro substituições e um novo sistema no desempate por grandes penalidades, a FIFA já estuda novas medidas a implementar no futebol de forma a torná-lo mais fluído e goleador.
O International Board, que gere as regras do jogo, tem seis propostas em mãos que serão analisadas em Março de 2018 e algumas delas configurariam uma autêntica revolução ao futebol que conhecemos, a começar pelo tempo de jogo.
1. Partidas de 60 minutos de tempo útil. Em vez dos actuais 45 minutos por cada parte do jogo, seriam contabilizados apenas 30 minutos, mas de tempo útil. Ou seja, o cronómetro estaria parado em cada interrupção do jogo, bolas fora, faltas ou golos, à semelhança do que acontece no hóquei em patins, por exemplo.
2. Fim ao tempo de compensação. Se a primeira medida for avante, deverá terminar o tempo de compensação. Assim que terminar o tempo cronometrado, o árbitro dará por terminada a partida à primeira interrupção no jogo, ou seja, quando houver uma falta, a bola sair de campo ou, eventualmente, um golo.
3. Golo em vez de penálti. Caso um defesa evitasse um golo certo ao cortar a bola com a mão dentro da área, o árbitro daria de imediato golo em vez de marcar penálti.
4. Penálti por atraso ao guarda-redes. Actualmente os atrasos ilegais ao guarda-redes são penalizados com livres indirectos. Nas novas regras, passariam a ser punidos com grandes penalidades.
5. Bola corrida nas faltas. Para a marcação de uma falta a bola deixaria de ter de estar parada, o que poderia aumentar a velocidade com que as faltas são marcadas e aumentar o efeito surpresa, criando jogadas perigosas.
6. Mudança na marcação das faltas ou cantos. Um jogador poderá sair a jogar numa marcação de faltas ou cantos. Acabaria a necessidade de passar a bola a um colega.
Por este caminho e com a introdução do vídeo-árbitro - que já está a dar que falar pela negativa - chegará o dia em que a essência do jogo será completamente alterada. Acho que é um autêntico exagero, até porque não faz sentido algum alterar o que funciona em pleno, há muitas décadas, pese algumas imperfeições.
A única potencial medida que subscrevo - e isto porque a argumento há muitos anos - é a paragem do cronómetro sempre que a bola estiver parada. Após um período experimental, se se chegar à conclusão que fazendo isto o jogo torna-se excessivamente longo, assente nos actuais 90 minutos, então ponderar reduzir para duas partes de 30 minutos cada. A realidade, já de há uns bons anos, é que o tempo útil de jogo, em média, raramente é superior a 45 minutos.
Todas as outras medidas aqui apresentadas não fazem sentido algum e só resultarão na adulteração do jogo.
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