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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Embora não me encontre na minha «sede» principal, fui esta manhã informado por amigos que os boletins de voto ainda não chegaram àqueles sócios distantes de Lisboa e no estrangeiro, isto a 7 dias do acto eleitoral. Uma situação totalmente inadmíssivel que muito embora seja do processamento dos serviços do Sporting, é da responsabilidade dos elementos da Mesa da Assembleia Geral.
Já aqui escrevi e até dediquei a minha coluna da semana passada no Jornal do Sporting a comentar o arcaico processo que é o voto por correspondência. Este acto eleitoral oferece um novo cenário - o voto electrónico - que às primeiras impressões aparenta ser inovador, mas que na realidade só dificulta o voto a um maior número de sócios. Por ser presencial, impede com que os sócios sediados no Norte ou no Sul do país se desloquem a um Núcleo para exercer o seu direito de votar, porque estes não estão preparados com o equipamento electrónico necessário. Seria melhor, então, recorrer ao voto não electrónico para facultar o acesso às urnas por um número de sócios muito mais alargado.
Perante o cenário actual, para os meus amigos no estrangeiro, vai ser quase impossível poder votar e o único raio de esperança reside com a chegada dos boletins amanhã, que lhes permita ir a um notário para reconhecer presencialmente as suas assinaturas, fazer então uma visita à autoridade consular portuguesa para a respectiva autenticação e depois aos correios para o envio pelas vias mais rápidas e despendiosas. A exigência estatutária requere que os boletins cheguem ao Sporting até sexta-feira, dia 22 de Março.
Não resisto direccionar uma crítica à MAG que assume a superintendência do todo deste processo. Ou será, como já também indiquei, que «dar a palavra aos sócios» significa, na realidade, dar a palavra somente a alguns sócios ?... O Sporting não é só Lisboa e Lisboa não é só o Sporting !!!
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