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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sou o primeiro a admitir que me estou a tornar excessivamente repetitivo - incómodo, até - com as minhas teorias sobre o sistema de jogo do Sporting, mas além de ser um muito persistente treinador de bancada, a segunda parte do "derby" da Taça motivou-me a reforçar os meus argumentos.
Quem acompanha o Camarote Leonino assiduamente já teve ocasião de ler a minha tese que o rendimento de jogo do Sporting seria maior com a equipa a alinhar num variável do 4x4x2, ou seja, 4x2x3x1 em certos jogos com adversários de topo e a alternativa 4x1x3x2 para os restantes. É por de mais evidente que temos um problema grave no corredor central defensivo, no eixo da defesa, que não temos um criativo no meio campo, um 10, e que Fredy Montero joga quase sempre muito desapoiado. Por tudo isto, entendo que um segundo trinco - Rinaudo - seria o ideal para jogos como o de sábado, não obstante implicar abdicar de um extremo, lacuna que teria de ser compensada pelos médios.
Em determinados momentos de certos jogos ou, em outros logo de início, um trinco seria o suficiente e adicionaria um segundo ponta de lança, Slimani. Esta disposição - exactamente como aconteceu contra o Benfica na segunda parte - permitiria a Fredy Montero jogar um pouco mais recuado, mais livre de marcações e tornar-se no "playmaker" da equipa, já que é o único jogador no plantel com as características adequadas à posição. Não é por mero acaso que Slimani tem entrado e marcado golos, além de outras oportunidades flagrantes que foram criadas.
A jogar contra equipas com jogadores de qualidade no meio campo, o nosso é facilmente anulado, a exemplo do que aconteceu no Dragão e nos primeiros 45 minutos na Luz, com Matic, Rúben Amorim e Enzo Perez a causar os danos. Aliás, bem visto, o Benfica jogou praticamente com um 4x1x4x1 no embate da Taça. Compreende-se a ideia de Leonardo Jardim e decerto que ele saberá mais e melhor do que qualquer treinador de bancada, mas também não será novidade alguma descobrir que o técnico, como a maioria da sua profissão, não estará muito receptivo a mudar de sistema uma vez que já lançou um do seu maior agrado, mesmo quando confrontado com contrariedades.
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