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Reflexão do dia

Rui Gomes, em 10.11.19

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O guarda-redes Iker Casillas deixou esta sexta-feira uma sugestão nas redes sociais para melhorar o VAR. No Twitter, o espanhol do FC Porto propõe o seguinte:

"Além do árbitro que por norma analisa as imagens, haja também um ex-jogador de futebol. Seria bom este dar a sua opinião de acordo com as jogadas que possam ocorrer durante um jogo".

É uma sugestão a ponderar, de facto, mas muito leva a pensar que em Portugal o VAR será sempre um problema, por razões que merecem uma análise profunda, que não serão para este post, porventura.

Neste contexto, não assisti ao jogo mas li os comentários de João Henriques, treinador do Santa Clara, que questionou, e com razão, diga-se, a comparticipação do VAR no lance que leva ao primeiro golo do Benfica, em que é precedido por uma falta clara sobre um jogador do Santa Clara.

publicado às 04:17

Reflexão do dia

Rui Gomes, em 17.10.19

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A Liga holandesa anunciou, esta quarta-feira, uma medida que revoluciona o uso do vídeo-árbitro, que irá ser colocada em prática já este fim de semana, num jogo em que os árbitros terão de revelar as suas decisões através dos ecrãs dos estádios.

Segundo avançou o Mundo Deportivo, com esta mudança, os adeptos poderão conhecer as razões da intervenção e a explicação da decisão adoptada pelos árbitros que os levam a recorrer ao VAR.

Um dos pontos de melhoria, segundo o comunicado da Liga holandesa, é que, durante a primeira temporada do VAR na Eredivisie, o público queria estar informado e muitas vezes não sabia porque era necessário recorrer ao vídeo-árbitro.

Uma medida a considerar implementar no futebol português?

publicado às 03:48

 

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O Conselho de Arbitragem da FPF fez um balanço da prestação do video-árbitro (VAR) nas primeiras 11 jornadas do campeonato, equivalentes a 99 jogos, e detectou nove avaliações erradas.

 

Nas primeiras 11 jornadas, o VAR analisou 639 lances (295 casos de golo, 152 de possível cartão vermelho, 187 de possível penálti e cinco de erro de identidade) e errou em nove. Ou seja, o video-árbitro enganou-se em 1,4% das avaliações que fez.

 

Desses 639 lances, resultaram 33 revisões. No seguimento disso, oito decisões iniciais do árbitro mantiveram-se e 25 foram alteradas. Também dessas 33 revisões, 23 levaram o árbitro a visionar o monitor no relvado, tendo o juiz optado por alterar a decisão inicial em 16 casos.

 

publicado às 04:02

 

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Ainda não há confirmação oficial sobre a utilização do video-árbitro no Campeonato do Mundo da Rússia, que se realiza em Junho e Julho. Contudo, o International Board deu nota muito positiva ao VAR e na reunião do dia 2 de Março tudo indica que a FIFA confirmará oficialmente este mecanismo no Mundial 2018.

 

"O International Board está convicto de que as experiências têm sido exaustivas e os resultados em mais de 800 jogos com VAR têm sido positivas e encorajadoras", lê-se no comunicado, onde era confirmado também que em mais de 800 lances analisados pelo video-árbitro este teve um acerto de 98,9%.

 

Apesar de ainda não haver uma confirmação sobre a utilização do VAR no Campeonato do Mundo 2018, a verdade é que a própria FIFA já confirmou que está em negociações com empresas de tecnologias para recorrer então ao video-árbitro nos jogos do Mundial.

 

"Estamos a falar com várias empresas de tecnologia que estão muito interessadas no que nós estamos a fazer", revelou Philippe Le Floch, director comercial da FIFA.

 

publicado às 04:16

 

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O vídeo-árbitro (VAR) analisou, esta época, 991 situações de dúvida em jogos da Primeira Liga, em ano de estreia do polémico meio de auxílio tecnológico aos juízes. Das quase mil ocorrências, apenas se registaram 41 revisões, das quais 28 resultaram em decisão corrigida.

 

Os dados constam do balanço feito pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol junto dos clubes da Primeira Liga, num encontro realizado esta quinta-feira, em Fátima e que contou com 16 dos 18 emblemas.

 

A tabela apresentada pelo órgão presidido por José Fontelas Gomes permite concluir que a maior parte das análises do VAR foram a golos, num total de 441 lances deste género que mereceram escrutínio do VAR.

 

No total, em 153 jogos realizados até à 17ª jornada do campeonato (primeira volta), houve as tais 41 revisões, com 28 correcções de decisão. E, dessas reversões, 17 são referentes a golos, 10 a cartões vermelhos e 14 a pénaltis.

 

Para além dos dados divulgados, o CA da FPF manifesta-se ainda favorável à introdução das linhas de fora-de-jogo, para apoio do VAR, sempre e quando tal solução seja possível em todos os estádios e que a própria tecnologia seja devidamente validada.

 

publicado às 14:45

 

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À margem de um "workshop" que reuniu representantes da Alemanha, Austrália, Bélgica, China, Coreia do Sul, Espanha, E.U.A., Holanda, Inglaterra, Itália, Polónia, República Checa e Portugal, Lukas Brud, secretário do International Footbal Association Board (IFAB) - órgão que regula as leis do jogo no futebol -, adiantou algumas considerações sobre o vídeo-árbitro (VAR), reconhecendo que o início do sistema está a ser difícil, nomeadamente no que diz respeito ao não se saber ainda muito bem quando é que o árbitro assistente deverá intervir:

 

"Estamos a tentar algo novo. Como nenhum árbitro quer cometer um erro, eles preferem consultar novamente o assistente de vídeo, mais do que uma vez. Temos de trabalhar na harmonização internacional, é uma questão de treino e de experiência.

 

O vídeo-árbitro tem sido chamado a intervir demasiadas vezes, com a regulação da sua intervenção a ser mudada em breve, para inverter uma decisão clara e obviamente errada.

 

Relativamente ao acesso às imagens dos lances por parte do espectadores presentes nos estádios, a IFAB vai implementar uma pequena mudança, de modo a permitir a difusão dos lances polémicos nos ecrãs dos recintos de futebol".

 

O sistema de vídeo-árbitro foi implementado esta época em Portugal, Alemanha e Itália, tendo o antigo chefe do centro de controlo do VAR na liga alemã, Hellmut Krug, sido despedido em Novembro, por alegadamente ter favorecido o Schalke 04. A Liga espanhola também já anunciou a utilização do sistema a partir da próxima temporada.

 

publicado às 04:59

 

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"O VAR funcionou no domingo em Braga, anulando bem o que teria sido um dos golos do campeonato, marcado por Hassan. Perdeu-se uma pequena obra de arte, mas ganhou-se verdade desportiva e provou-se, mais uma vez, que o videoárbitro é uma ferramenta que funciona, desde que seja usada. O que só faz aumentar a perplexidade com o número de vezes em que tem sido pura e simplesmente ignorada pelos árbitros.

 

Árbitros agredidos, invasões de campo, jogos interrompidos. Pode dar jeito a alguns discursos dizê-lo, mas o problema não começou nem vai acabar neste fim de semana. E ninguém pode atirar pedras ao vizinho".

 

Jorge Maia, jornal O Jogo

 

Entretanto, o vídeo-árbitro voltou a assumir papel decisivo no Estoril-Portimonense desta segunda-feira. Aos 55 minutos, a equipa algarvia marcou e, numa fase inicial, o árbitro Bruno Paixão validou o golo.

 

No entanto, o juiz recorreu ao VAR para verificar a legalidade do lance e, verificando que um jogador do Portimonense se encontrava em posição irregular, reverteu a decisão, anulando o golo e mantendo o nulo no marcador.

 

Pelos vistos, nem todos os árbitros ignoram o vídeo-árbitro, mas como refere Jorge Maia, o problema não começou nem vai acabar este fim de semana.

 

publicado às 04:37

 

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Curiosamente, foi concedido uma "descanso" ao vídeo-árbitro na Taça da Liga, com o sistema, pelos vistos, a ser somente utilizado nos jogos do campeonato.

 

Consequentemente, Manuel Mota e os seus auxiliares não terão acesso a esse recurso no jogo de hoje entre o Sporting e Marítimo.

 

O juiz da Associação de Futebol de Braga dirigiu pela última vez um jogo do Sporting, na 28ª jornada da época passada, em que se verificou uma vitória leonina sobre o Boavista, por 4-0.

 

Refira-se, ainda, que os delegados ao jogo serão Faustino Santos e Rui Manhoso, este último que foi visado por Bruno de Carvalho após os incidentes no ‘caso do túnel’, referente ao Sporting-Arouca de 2016/17.

 

publicado às 04:08

 

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Sérgio Conceição abordou a actuação do vídeo-árbitro na Liga até ao momento, no final da partida entre FC Porto e Chaves, acentuando o que ocorreu no jogo entre Benfica e Portimonense, onde os algarvios viram um golo anulado aos 88 minutos por indicação do video-árbitro, e não esquecendo a visita do SC Braga ao Estádio da Luz:

 

«Estava a ouvir ontem o Vítor Oliveira no fim do jogo e é verdade, tem que haver um critério bem definido para aquilo que são decisões do videoárbitro. Falo sem problemas nenhuns do Benfica. No golo do Braga (invalidado na Luz) não houve video-árbitro, não houve linha, e neste jogo já houve. Lá está, são critérios diferentes nesse sentido. Acho que o video-árbitro tem que melhorar.

 

Somos pioneiros neste sentido e, como sabem, quando se começa há sempre estes erros. Mas de qualquer das maneiras não fico satisfeito, especialmente quando toca à nossa equipa. Já ficaram por marcar quatro penáltis claros desde o início da época e não houve sequer dúvida para intervenção do video-árbitro».

 

publicado às 03:51

Uma voz contra o vídeo-árbitro

Rui Gomes, em 31.08.17

 

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Um dos temas mais discutidos no Fórum de Treinadores de Elite da UEFA foi a utilização do vídeo-árbitro e um nosso velho conhecido não hesitou em revelar-se contra esta tecnologia. Eis o que o lendário Peter Schmeichel teve para dizer:

 

«Na minha opinião não é bom para o futebol. O árbitro tem de estar numa posição superior e tem de lá estar e tomar as decisões. No painel vimos o jogo da Juventus onde foi assinalada uma mão após um canto, e depois estiveram quase três minutos até ser dado o penálti. Para alguns foi a decisão correcta, mas para mim nem foi penálti.».

 

publicado às 07:10

 

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O vídeo-árbitro do Sporting-Estoril esteve em destaque, ao dar (bem) a indicação de fora de jogo em dois golos marcados na fase final da partida, um em cada baliza. Por isso, a FPF divulgou através da conta oficial de Twitter do projecto vídeo-árbitro as explicações de Tiago Martins, que ficou "muito satisfeito" com o desempenho de todos.

 

"Ao ver os lances pareceu-nos logo que poderia haver fora-de-jogo e marcámos as jogadas, para observarmos caso dessem golo, o que aconteceu", começou por afirmar, explicando desde logo aí a rapidez com que as decisões foram tomadas. "Com este procedimento foi rápido pedir ao operador para rever os lances e verificar que os jogadores estavam em posição de fora-de-jogo".

 

Como ambos os lances "são claros", o que tornou o trabalho "mais fácil". "Foi feito em 10 a 15 segundos", assegurou, aplaudindo também a decisão dos árbitros assistentes em deixar jogar. "Fizeram o que lhe foi pedido: em caso de dúvida deixar o jogo seguir pois em caso de fora-de-jogo o VAR intervirá."

 

Quem acompanha o Camarote Leonino sabe que não sou a favor do vídeo-árbitro. As razões são várias, mas a principal é porque temo que venha a afectar a fluidez do jogo. Estes casos no Sporting-Estoril até foram decididos muito rápidos - mérito para os intervenientes - mas nem sempre é assim.

 

Ainda há poucos dias li umas declarações do lendário guarda-redes da Juventus - Gianluigi Buffon - em que ele se manifesta contra o uso da tecnologia, nomeadamente porque no caso em questão o VAR parou o jogo em três ou quatro ocasiões por mais de três minutos cada. Diz Buffon, não sem razão, que o futebol não deve ser assim interrompido, mesmo para apurar a veracidade de um outro lance duvidoso.

 

Outro aspecto que me preocupa e já está a surgir - aliás, a própria FPF declarou que é o que está a ser pedido aos árbitros-auxiliares - é que o poder de decisão poderá vir a ser retirado completamente aos juízes de campo. Ou seja, irão cada vez mais "deixar andar", contando com a intervenção do VAR caso haja problemas. A função deles é tomar decisões e não "passar a bola" para terceiros, apenas e tão só por ser mais conveniente. E, claro, a exemplo de casos que até estão a ser alvo de discussão, temos aquelas situações em que o próprio VAR também "deixou andar".

 

 

 Um dos casos flagrantes em que o VAR "deixou andar"

 

publicado às 13:47

 

 

É por de mais óbvio que ainda existe alguma confusão entre adeptos relativamente ao todo do sistema de vídeo-árbitro. Surgiram aqui algumas considerações conflituosas que me levaram a indagar a informação necessária. Aproveito para esclarecer, desde já, que contrário à ideia de alguns leitores, o sistema recorre às mesmas câmaras que são usadas na transmissão televisiva dos jogos, embora seja possível - depreende-se em casos excepcionais - usar câmaras adicionais. Isto significa que os telespectadores têm acesso às mesmas imagens que estão disponíveis a quem está perante os respectivos monitores.

 

- Quem vai desempenhar as funções de vídeo-árbitro? 


Podem exercer as funções de vídeo-árbitros os juízes de primeira categoria que estejam no activo e aqueles que tenham terminado a carreira há pouco tempo. Neste segundo caso, só podem ser escolhidos árbitros que tenham apitado na categoria dos jogos que vão analisar. A FPF segue, neste caso, as normas do IFAB (International Board), o órgão independente que estipula as leis do futebol.


- Onde está o vídeo-árbitro em cada jogo?


O projecto da Federação Portuguesa de Futebol prevê a instalação de um centro de vídeo-arbitragem na cidade do Futebol, junto ao Estádio Nacional, em Oeiras. A ideia é que as imagens sejam transmitidas dos estádios para este centro, onde ficarão colocados os vídeo-árbitros. Estes vão estar em contacto áudio permanente com os colegas que apitam no relvado. Os testes realizados até agora permitem esperar que haja um intervalo máximo de 1,7 segundos entre o lance e a chegada das imagens respectivas ao centro. Numa primeira fase, é possível que sejam usadas carrinhas móveis, com a presença física do vídeo-árbitro no estádio onde o jogo decorre. Sobretudo no caso de estádios onde o sistema de transmissão por fibra não esteja ainda em pleno funcionamento.

- Que lances vão ser analisados?


O vídeo-árbitro vai dar indicações ao juiz da partida na validação de golos, amostragem de cartões de vermelhos, expulsões de jogadores e na identificação de infracções disciplinares que possam não ter sido detectadas durante o jogo. A qualquer momento, o árbitro pode solicitar o apoio do vídeo-árbitro ou, ele próprio, consultar as imagens dos lances através de monitores colocados no lado oposto ao do banco dos suplentes.

No caso dos golos, o vídeo-árbitro vai analisar a jogada desde o seu início, esclarecendo se houve ou não alguma falta, fora de jogo ou outra irregularidade desde o início do lance. Nos casos disciplinares, a intervenção do vídeo-árbitro visa, sobretudo, esclarecer dúvidas sobre a correcta identificação dos infractores e dos factos que dão origem ao castigo.

 

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- A indicação do vídeo-árbitro sobrepõe-se à do árbitro?


Não. A decisão final sobre o lance em causa cabe sempre ao árbitro da partida. Aliás, o árbitro de jogo tem sempre de tomar uma decisão durante o jogo e só depois pode pedir a opinião do vídeo-árbitro. Não pode parar o jogo para decidir, tem de decidir primeiro e verificar depois. 

 

- Que câmaras vão ser usadas?


O sistema recorre às mesmas câmaras que são usadas na transmissão televisiva dos jogos. Caso seja necessário, poderão ser usadas câmaras adicionais.

 

- Qual o primeiro jogo a recorrer ao vídeo árbitro?


Já houve várias experiências de utilização de vídeo-árbitro em jogos do campeonato e da Taça de Portugal, mas sempre em modo off-line, ou seja, sem que houvesse intervenção deste na partida. A final da Taça de Portugal entre o Benfica e o Guimarães, realizada a 28 de Maio, foi a primeira vez que se usou o sistema com a possibilidade de ter influência no jogo. Esta operação foi feita com uma carrinha de exteriores colocada junto ao Estádio do Jamor.

 

- As imagens podem ser vistas à posteriori para efeito de castigos disciplinares?


A questão ainda está a ser analisada. Em princípio, tal não deveria acontecer, mas uma vez que as imagens do vídeo-árbitro  são as mesmas da transmissão televisiva, é natural que possam ser usadas depois dos jogos, para avaliar situações que impliquem sanções disciplinares.

 

- Como se vai proceder quando houver vários jogos em simultâneo?


A FPF pretende centralizar o sistema na cidade do futebol, mas está previsto o uso de carrinha de exteriores em estádios que não garantem uma ligação rápida a Oeiras. As mesmas carrinhas deverão ser usadas quando houver vários jogos em simultâneo – sobretudo no caso da última jornada do campeonato, em que adversários directos jogam à mesma hora.

 

- Quanto custa o sistema?


A Federação avançou com o número de 1 milhão de euros para pagar todo o sistema, mas é provável que este valor seja largamente ultrapassado. Até porque, numa primeira fase, o recurso a carrinhas – com as despesas de deslocação de árbitros e técnicos -  deverá ser necessário.

 

- Quanto recebe cada vídeo-árbitro?


O valor ainda não foi divulgado pela Federação, mas deverá rondar os 400 euros por jogo.

 

- As equipas podem solicitar a intervenção do vídeo-árbitro?


Para já, essa possibilidade não está prevista, mas fonte da Federação revela que esse cenário foi ponderado e poderá acontecer no futuro. Por agora, apenas o árbitro da partida pode pedir para ver as imagens. Os ecrãs em que o juiz do jogo pode ver as imagens serão propositadamente colocados no lado oposto ao dos bancos das equipas, para evitar que se instale a confusão enquanto o juiz toma uma decisão.

 

publicado às 03:47

E que tal o vídeo-árbitro ?

Rui Gomes, em 10.08.17

 

 

Abel Ferreira: "É um facto que o Benfica não precisa de muitas oportunidades para marcar um golo, tem muita qualidade na frente. Mantivemos o jogo aberto com o 2-1 e acabámos a primeira parte a lutar pelo resultado. Na segunda parte o Benfica fez o 3-1, nós fizemos mais dois golos... Mas se o videoárbitro está aqui pela veracidade do jogo... Um desses golos é limpo. O Seferovic está a colocar o nosso jogador Ricardo Horta em jogo. Não sei se ganharia o jogo, mas pelo menos voltaríamos ao jogo".

 

Rui Vitória: "Já tivemos mais jogos com o videoárbitro... A Taça o ano passado, a Supertaça, jogos particulares e não falei. E, se calhar, tive lances para o fazer. Não vamos agora analisar o que já foi analisado. Se vamos por aí, podemos entrar no lance do Jardel, ao acabar a primeira parte, e logo ali era o 3-1".

 

publicado às 06:20

 

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Os três jogos que servirão de teste à implementação do vídeo-árbitro na I Liga vão ter alternância no árbitro principal, mantendo-se os quatro árbitros no visionamento do vídeo.

 

"Na sequência da introdução do vídeo-árbitro nos jogos da I Liga 2017/2018, três jogos da pré-epoca vão servir de preparação para a introdução do vídeo-árbitro na principal competição profissional", pode ler-se na notícia colocada na página da FPF.

 

Segundo o organismo, os jogos Sporting-Mónaco e Benfica-Hull City (ambos no sábado) e Vitória de Guimarães-FC Porto (domingo) vão ter equipas alargadas de quatro vídeo-árbitros a auxiliar as equipas de arbitragem.

 

Ainda de acordo com a FPF, "a intensificação da preparação para o vídeo-árbitro trará igualmente inovação no que diz respeito aos árbitros principais. Assim, estes três encontros particulares alterarão o árbitro principal ao intervalo da partida, como forma de testar a comunicação entre os quatro vídeo-árbitros e o chefe da equipa", sendo que "os testes realizados serão em modo 'live', com comunicação em directo com o árbitro principal".

 

No sábado, no jogo entre o Sporting e o Mónaco, serão vídeo-árbitros Manuel Mota, Manuel Oliveira, João Pinheiro e Vasco Santos, sendo que Artur Soares Dias dirigirá a primeira parte e Hugo Miguel a segunda.

 

No mesmo dia, o Benfica enfrenta o Hull City, tendo como vídeo-árbitros Bruno Esteves, João Capela, António Nobre Bruno Paixão, enquanto Hélder Malheiro vai dirigir a primeira parte e Nuno Almeida a segunda.

 

No domingo, o FC Porto desloca-se a Guimarães, jogo em que o sistema de vídeo-árbitro ficará a cargo de Luís Ferreira, Vítor Ferreira, Carlos Xistra e Rui Costa, ficando a arbitragem a cargo de Jorge Sousa na primeira parte e de João Pinheiro na segunda.

 

O recurso ao vídeo-árbitro vai entrar em vigor na edição 2017/18 da I Liga de futebol.

 

publicado às 05:01

 

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Assisti a partes da final da Taça das Confederações - entre a Alemanha e o Chile - num restaurante com um amigo. Por mera casualidade, estava a prestar atenção quando o lance ilustrado na foto ocorreu, sensivelmente aos 64' do jogo.

 

Perplexo pela não acção do árbitro da partida - o sérvio Milorad Mazic - comentei para o meu amigo que aquilo tinha sido uma agressão flagrante, claramente merecedora de expulsão. Entretanto, fomos notificados que o lance estava a ser revisto pelos "técnicos" do vídeo-árbitro, um deles o português Artur Soares Dias.

 

Após a respectiva consulta das imagens, o árbitro regressou ao relvado e deu o cartão amarelo ao agressor, o jogador chileno Jara. Absolutamente incrível, especialmente considerando que nem devia ter sido necessário recorrer à tecnologia para ajuizar correctamente este lance. Se a decisão foi exclusivamente do árbitro ou se houve sugestões por parte dos operadores do VAR, não é claro.

 

Outro aspecto que se está a começar a verificar com acrescida frequência - e isto é só o princípio - é jogadores a pedir ao árbitro para rever lances. Se tudo isto ocorre em uma competição da FIFA, dá para imaginar o que nos espera no campeonato português.

 

publicado às 03:47

 

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O presidente da UEFA ainda não está convencido das virtudes ou preponderância do vídeo-árbitro, que será utilizado de modo oficial na Primeira Liga portuguesa, na próxima época.

 

Para Aleksander Ceferin, a utiliidade do meio de auxílio tecnológico à arbitragem terá de ser devidamente comprovada com mais testes. "Muitos testes", enfatizou o esloveno, em entrevista ao jornal Mladina, do seu país:

 

«Não rejeitamos a tecnologia mas a UEFA não tem planos de implementar o vídeo-árbitro. Não podemos destruir o ritmo do jogo, permitindo que a acção seja parada por vários minutos a cada 10 minutos. A tecnologia da linha de golo evoluiu muito bem, apesar dos seus muitos críticos, mas claramente que não é esse o caso com o vídeo-árbitro, pelo menos nesta altura».

 

Preza-me verificar que há quem esteja avesso à utilização do vídeo-árbitro, com uma linha de pensamento muito semelhante à minha. Se a Taça das Confederações serve de exemplo, o benefício, para o jogo, desta tecnologia, ainda está para se ver. Sobretudo, como já tive ocasião de referir em outros textos, não elimina critérios de arbitragem menos justos. Muito além das paragens de jogo, na referida prova assistimos a lances que deviam ter ido a revisão, mas que não foram, situação que nos deixa a questionar a competência e objectividade de quem está em posição para decidir.

 

publicado às 11:58

Fernando Santos e o vídeo-árbitro

Rui Gomes, em 21.06.17

 

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Fernando Santos não deverá voltar a tecer considerações sobre o delicado processo da utilização do vídeo-árbitro na Taça das Confederações, admitindo, porém, que o sistema não é "perfeito" e que poderá haver necessidade, da parte da FIFA, de fazer um aprofundado balanço sobre o tema, após a competição.

 

O seleccionador nacional, após a ligeira polémica que um golo anulado a Pepe, com recurso ao vídeo-árbitro, acabou por ter influência no empate com o México (2-2), recorreu até à fé cristã que nunca se coíbe de esconder para abordar a situação.

 

«Esta prova vai disputar-se segundo este modelo. Não vale a pena debater a questão. É isto que temos e é a isto que teremos de estar adaptados. Depois da competição, os responsáveis vão ponderar sobre isto. Na vida, não há nada perfeito. Perfeito, só Deus. Só o futuro o dirá. Depois da prova, os responsáveis falarão sobre isso».

 

Comentário, esta terça-feira, durante a conferência de antevisão do encontro da segunda jornada do Grupo A da Taça das Confederações, frente à Rússia.

 

publicado às 15:00

 

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A final da Taça de Portugal da época foi o primeiro jogo oficial em competições nacionais a contar com recurso ao vídeo-árbitro e para que não hajam equívocos, alertamos, desde já, que este post não visa debater o jogo nem a performance das equipas. Comentários nesse sentido serão prontamente editados.

 

O árbitro Hugo Miguel recorreu duas vezes ao vídeo-árbitro no jogo em que o Benfica venceu o Vitória de Guimarães por 2-1, mas manteve as decisões iniciais.

 

O juiz da Associação de Futebol de Lisboa deparou-se com a primeira situação de consulta do vídeo-árbitro aos 12 minutos, quando o benfiquista Grimaldo cruzou da esquerda e a bola embateu no corpo e depois no braço de Josué no interior da área vitoriana, mas deixou o lance prosseguir tal como o fizera inicialmente.

 

O outro lance que mereceu recurso ao vídeo-árbitro ocorreu na segunda parte, aos 56 minutos, também na área vimaranense, com Josué envolvido: Cervi rematou contra o braço do defesa central, que não se mexeu, mas estava além da volumetria do corpo, e Hugo Miguel manteve, após consulta ao sistema, a decisão de deixar o jogo seguir.

 

Não será surpresa alguma vir a verificar que estas decisões não serão consensuais entre adeptos, sublinhando, para quem tinha dúvidas, que o uso da tecnologia não vai resolver todos os problemas de arbitragem no futebol.

 

publicado às 04:53

 

 

Alvo de muitos debates, o vídeo-árbitro acabou por ter influência na vitória de Portugal sobre o Irão (2-1), triunfo que garantiu a passagem da equipa lusa aos oitavos de final do Mundial de sub-20.

 

Aos 73 minutos, o árbitro assinalou grande penalidade contra a equipa de Emílio Peixe. Perante algumas dúvidas no lance, o juiz recorreu ao vídeo-árbitro para analisar melhor a jogada, acabando por anular a decisão.

 

Por aquilo que é possível compreender, a iniciativa de recorrer ao vídeo-árbitro foi do próprio juiz, perante as dúvidas que sentia sobre o lance. Na realidade, uma vez que tinha dúvidas não devia ter assinalado a falta, sem a necessidade do vídeo-árbitro. Ainda, pela sua posição no terreno, devia ter visto que o jogador português tinha o seu braço junto ao corpo e não fez movimento algum deliberado para a bola.

 

Isto é o que vai acontecer com frequência no futuro e com a inevitável consequência de afectar a fluidez do jogo. Os árbitros vão tomar determinadas decisões, mesmo quando não têm a certeza do lance, conscientes de que poderão de seguida recorrer às imagens televisas para rever o que ocorreu. Com o passar do tempo, veremos a frequência de situações deste género e o seu impacte global no jogo.

 

publicado às 16:31

 

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O vídeo-árbitro está em uso no Mundial de Sub-20 e num jogo este sábado entre a Inglaterra e a Argentina já deu causa para preocupação.

 

Um lance, aos 77', entre Martinez (Argentina) e Tomori (Inglaterra) obrigou a que os juízes da partida recorressem ao vídeo-árbitro. Uma alegada agressão do jogador argentino resultou na sua expulsão, tendo sido necessários quatro minutos para que fosse tomada a decisão (um dos principais pontos para a discussão que se gerou a seguir). A partida terminou com a vitória dos ingleses por 3-0.

 

Este, o meu principal argumento, desde sempre. O uso da nova tecnologia vai afectar, pela negativa, a fluidez do jogo, uma das suas características mais distintas. E o processo está no início, porque com o passar do tempo a dependência na tecnologia vai sofrer um acréscimo e o jogo será ainda mais afectado.

 

publicado às 16:11

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