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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Alguém terá dito, algures, que a tristeza é um livro sábio que se tem no coração e que nos diz centenas de coisas. Dois amigos - devotos sportinguistas - conversavam e partilhavam da tristeza sentida pelo crítico e degradado momento que o seu clube atravessa, menos pelos erros que se têm vindo a cometer na sua gestão, muito menos ainda pelos desastrosos resultados desportivos, mais...muito mais, pela sua incapacidade de encontrar razão para a destruíção que verificam à sua volta e que ameaça a sua existência. O livro poderá ser sábio e nos poderá dizer muitas coisas, mas não consola o coração assolado. Espero que o meu amigo me perdoe por publicar esta sua tristeza sentida:
«Custa-me muito assistir a esta «guerrilha» permanente, que se instalou no nosso clube. Sempre considerei que nós sportinguistas pertencíamos a uma grande família, onde todos se respeitavam, e por isso achava que éramos diferentes dos outros, mas constato, infelizmente, que nos últimos anos temos nos comportado como irmãos desavindos...Esta família já viveu momentos melhores, que espero que volte a viver, que as feridas sarem, e nos juntemos todos à mesa para brindar as grandes vitórias do nosso emblema.»
Revejo-me nos seus sentimentos, mas sinto a dolorosa convicção de que há feridas que nunca curam, apenas cicratizam e se esquecem de doer por algum tempo. A divisão infligida na nação leonina pelos aventureiros sedentes pelo poder a qualquer preço e as manifestações públicas pelos energúmenos que os apoiam, pela sua ignorância, vai deixar feridas demasiado profundas para simplesmente serem esquecidas, porque a razão é incapaz de compreender a tristeza do coração.
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