Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
São notáveis as diferenças entre os clubes de futebol cuja liderança e gestão é da pertença exclusiva de quem investe o capital e tem de assumir a responsabilidade pelas decisões tomadas e aqueles assentes em associativismo, onde o sócio dá a sua opinião e vota em assembleias gerais e depois vai para a bancada aplaudir quando tudo está bem e deitar abaixo quando as coisas não decorrem ao seu agrado. No futebol - desporto/indústria - moderno, cada vez é menos o espaço para este último modelo.
Apenas como exemplo, consideramos o caso do Chelsea: Fafael Benitez é contestado pelos adeptos desde o dia que Roman Abramovic o contratou para a liderança técnica da equipa - até sinto alguma empatia, porque nunca gostei dele, mesmo quando foi campeão europeu pelo Liverpool - e esse desagrado só tem aumentado com o passar dos dias e dos resultados: o Chelsea foi relegado da Champions para a Liga Europa, ontem empatou para a Taça de Inglaterra com o Brentford - que compete na «League One» (terceira divisão) - e na «Premier League» situa-se em 3.º lugar, 11 pontos atrás do líder Manchester United, com 13 vitórias - 6 empates - 4 derrotas, 47 golos marcados e 22 sofridos. Quanto tempo permanecerá no cargo logo veremos, mas a essência da questão é que quem decide é quem assume a responsabilidade e dispõe os milhões - neste caso, centenas de mihões - para sustentar a equipa. O adepto pode protestar - está no seu direito - mas, no final das contas, apoia sempre, porque não consegue resistir à sua paixão pelo futebol e pelo clube.
Já em outros escritos citei o caso do lendário Sir Alex Ferguson, que se tivesse tido a infelicidade de ter vindo parar ao Sporting - à lá Sir Bobby Robson que foi demitido com a equipa em 1.º lugar - teria sido afastado do clube, pelos adeptos, logo na sua primeira época no Manchester United, quando se classificou em 11.º lugar e, se tivesse resistido essa, de certo que não teria resistido a terceira, quando também não passou dessa posição.
É sempre mais fácil quando não se tem de ir ao bolso gastar o nosso próprio dinheiro e criticar decisões sobre um leque de questões, relativamente às quais nós não temos competência para verdadeiramente compreender e fazer melhor.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.