Segundo a informação nos espaços noticiosos, tanto o Conselho Directivo do Sporting como um grupo de sócios que se mostraram contra a realização da Assembleia Geral, já deram ou vão dar a entrada de providências cautelares a fim de suspender a realização da reunião magna ou, se chegar a ser realizada, a pedir a impugnação do acto.
Como acontece com qualquer providência cautelar, a intenção é evitar, com carácter de urgência, que a assembleia geral seja realizada por poder causar danos de difícil reparação no Sporting, assente no pressuposto das irregularidades da sua marcação, da verificação de assinaturas e no argumento de «justa causa», apoiada em pareceres de especialistas nacionais sobre a matéria.
Na estranha conferência de imprensa que a Mesa convocou para hoje, é lógico ouvir acusações de querer fugir aos sócios por parte da Direcção, enquanto esta alegará que além da reunião estar ferida de legalidade, é para evitar que esta venha a afectar, ainda mais, um conjunto de dossiês fundamentais para o futuro do Clube, que estão em andamento e que requerem finalização.
Indiferente das partes e dos argumentos sobre justa causa, um processo, no seu todo, deveras vergonhoso para o Sporting e só é possível lamentar as expressões de «felicidade» pelos apoiantes da oposição que recusam reconhecer que não obstante o futuro do Conselho Directivo actual, tudo isto em nada beneficiará o Sporting, em contrário. Para agravar a situação, estamos perante duas personagens, Eduardo Barroso e Daniel Sampaio, presidente e vice-presidente da Mesa, respectivamente, cuja falta de isenção e imparcialidade, impossibilitam um processo digno e justo, para verdadeiramente ouvir a voz dos sócios que eles clamam representar, mas que não representam, salvo alguns ao abrigo de interessees alheios. A conferência de imprensa marcada para as 18h30, servirá para acentuar, precisamente, este lamentável circo que se instalou em Alvalade.