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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Na realidade, o Sporting, no meio da desgraça que está a viver, acaba por se transformar numa lição para o País. Os sócios não aceitaram o discurso de «ou eu ou o caos». Recusaram a chantagem que os queria transformar em reféns dos credores. E não permitiram que o futuro financeiro da instituição fosse decidido nas suas costas. A sua indignação teve efeitos práticos e foi-lhe devolvida a voz. Fossem os cidadãos portugueses tão activos na defesa do que é seu, fossem os eleitos tão respeitadores da sua vontade, e o desalento não teria tomado conta de toda a sociedade. O Sporting, pelo menos ele, continua a merecer os sócios e adeptos que tem. Agora vamos a votos. Ouvir o que cada um tem para dizer e tentar escolher o melhor possível.»
Daniel Oliveira, jornalista e adepto sportinguista, deixa a sensação de estar a desfolhar um discurso demagógo em plena campanha eleitoral, com a aproximação a alguma razão mas muito mais virado para a frágil promessa de um futuro desconhecido. O Sporting é, em muitos aspectos, o espelho do País, e nada nos garante que a voz do sócio vai agora encontrar soluções para a quase trágica situação em que o clube se se encontra. Tudo parte da ilusória premissa de que irão surgir alternativas credíveis e plausíveis e que estas, mesmo sendo merecedoras de respeito e confiança, têm ao seu alcance a solução que se exige. O «melhor possível» poderá provar vir a ser muito pouco, especialmente considerando que o Clube já é e vai continuar a ser «refém» dos credores, indiferente de quem vier. O que Daniel Oliveira, entre outros, recusa reconhecer, é que o todo deste processo, mesmo admitindo a sua eventual inevitabilidade, à raiz, foi conduzido por meios impróprios e obscuros, sendo discutível se o intuito foi somente, em contexto, «devolver a voz ao sócio».
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