Já é do conhecimento público que Cristiano Ronaldo, com o seu 38.ª golo pela equipa das quinas frente a Marrocos, ficou apenas três atrás do lendário Eusébio (41) e a nove de Pauleta (47). Analisando o registo dos dez melhores de sempre, é interessante verificar que apenas quatro - Pauleta, Nuno Gomes, Hélder Postiga e, de certo modo, Eusébio - são pontas de lança. Os restantes - Ronaldo, Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto, Nené e Simão Sabrosa - eram médios ou extremos. Quando lamentamos a falta de avançados goleadores portugueses, estas estatísticas dão para perceber que poderá ser uma questão de ADN, já que eles nunca abundaram, especialmente no futebol moderno.
Luís Figo continua a liderar com o maior número de internacionalizações - 127 - enquanto que, entre os ainda activos, Cristiano Ronaldo conta com 101. Eusébio marcou os seus 41 golos em 64 jogos, entre 1961 e 1973 - Pauleta, 47 golos em 88 jogos, entre 1997 e 2006 e Luís Figo, os seus 32, também entre 1997 e 2006. Entre os referidos dez, João Vieira Pinto, com 23 golos, foi o que menos jogos realizou, 58.
Parece inevitável que o português do Real Madrid venha a chegar ao topo dos melhores marcadores de sempre e também ao maior número de internacionalizações, considerando que com 28 anos ainda terá pela frente o balanço do apuramento para o Mundial 2014, a fase final, em si, partindo do princípio que Portugal se apurará, o Euro 2016 e, muito provavelmente, ainda o Mundial 2018, que o levará aos 33 anos. Se foi necessário mais de 30 anos para bater o registo de Eusébio, a eventual conta de Cristiano Ronaldo dificilmente será ultrapassada nas próximas décadas, se jamais.