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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Campeões Europeus a caminho de Portugal
Com as polémicas em torno do vídeo-árbitro no Mundial de Clubes em mente, Pierluigi Collina, o principal responsável pela Comissão Arbitral da UEFA, deu a sua versão dos factos relativamente à nova tecnologia, ainda em fase de teste. Para o antigo árbitro, a mesma será importante no desenvolvimento do futebol mas recordou que o desempemho humano continuará a ser fundamental, especialmente no que diz respeito à fluidez do jogo:
«O futebol manter-se-á como um desporto onde a continuidade do jogo estará garantida. É um ponto-chave que o ritmo dos jogos possa fluir, embora a prioridade no que respeita ao vídeo-árbitro seja o acerto da sua decisão e não a rapidez - embora também a procuremos, está claro.
Muito embora o vídeo-árbitro possa vir a ser utilizado para validar ou não golos, para analisar lances de possível penálti, decidir vermelhos directos e ainda confirmar se as punições disciplinares foram aplicadas aos jogadores certos, não pode ser utilizado para julgar a intensidade de uma falta ou a intencionalidade de uma mão na bola, pois o movimento em 'slowmotion' acaba por desvirtuar a avaliação».
Leia aqui o conteúdo da carta revelada por Santos Neves em "A Bola".
... Que Bruno de Carvalho anunciou a sua recandidatura esta quinta-feira. Deixa-me rir !
Peço desculpa, mas o riso não visa ser desrespeitoso, mas nas circunstâncias era quase impossível de evitar. Ele ou algum dos que o rodeiam terão finalmente chegado à conclusão que a pausa teatral até agora em curso não estava a dar o resultado desejado. Primeiro, porque não criou suspense algum, tendo sido, em boa medida, o segredo mais conhecido da terra. Segundo, o ego do Bruno estava a travar uma enorme luta com o seu proprietário e, como era inevitável, ganhou a batalha.
Confesso que ainda não tive ocasião para ler o que ele teve para dizer, mas não havendo surpresas 'bombásticas', sinto-me confortado pelo reconhecimento que já li/ouvi tudo a respeito das "proezas" do ainda presidente do Sporting.
E... se me esqueci de algum dos seus feitos, decerto que os seus devotos me vão recordar... repetidamente.
Bem haja o Bruno !?!
Jorge Jesus declarou que João Pereira já não está com o Sporting, confirmando, portanto, a notícia de ontem, de que estava a ser negociado com o Tranzonspor da Turquia.
Há algumas indicações que para colmatar esta saída o técnico pondera chamar Mauro Riquicho da equipa B. No entanto, recorde-se que ainda há Ricardo Esgaio e Ezequiel Schelotto no plantel principal. Desconheço se este último já está clinicamente recuperado.
Meados de Abril, em 2000, com o Dr. José Roquette
Quem sabe, um dia.
No dia em que ocasionalmente conheci o Dr. Roquette (no dia em que a foto acima foi tirada, em Abril de 2000), entre outros assuntos de natureza profissional, falámos muito sobre o nosso Clube. Preocupações de ambos acerca do presente e futuro eram demais evidentes, mas com a certeza de que só com um caminho racional e sustentado, coisas boas aconteceriam. Teria de se gastar dinheiro sim, e esse dinheiro teria de vir de algum lado seguramente – nada de Banca. Ficou a promessa de que nos voltaríamos a rever, se nesse ano o Sporting se sagrasse campeão. Nesse dia, o Sporting vence na Madeira, e 15 dias depois vence o campeonato. A palavra do Presidente manteve-se, e 10 dias mais tarde são-lhe exclusivamente apresentados pessoalmente, 5 profissionais de primeira categoria em diversos sectores, do meu conhecimento e confiança, cumprindo igualmente a promessa que eu tinha feito. Um português, quatro estrangeiros, e nenhum deles era suspeito – ali estavam os pulmões do maior projecto desportivo em Portugal, com profissionais de extraordinário gabarito, assim como a garantia de um futuro independente.
Mas no realismo de uns, sobrava a ansiedade e muita inveja de bastidores, de nomes que um dia terei o prazer de escrever sobre eles, quando tal for oportuno. Estes, infelizmente, dominavam uma ala no Clube e sabotaram a independência do Presidente, contando com o apoio de elementos organizados. Assim, tal os adeptos quiseram e Roquette saíu do Sporting. Os parceiros questionaram a integridade dos que por lá ficaram, furtando-se a designar vínculos com a demagogia. Perdeu o Sporting seguramente. 16 anos mais tarde, chegamos a esta conclusão: dos 5 parceiros colocados à disposição do projecto, um deles lidera actualmente destinos de um clube rival na sua internacionalização. Outro, apoiou a direcção desportiva no Chelsea de Abramovich na sua génese, até se incompatibilizar com Mourinho (Mourinho saiu, ele ficou, porque em Inglaterra a estrutura é uma coisa séria). Outro, viria a investir num clube em Espanha, anos mais tarde. O Sporting, esse, continua adiado, sem se entender que mais valem 5 anos a tentar do que 40 anos a chorar.
O Presidente que eu gostava.
Se me fosse questionado que Presidente gostaria de ver no meu Sporting, teria alguma dificuldade em responder. Mas seguramente, um ideal de independência orgânica assente em matrizes corporativas, mais do que emotivas. Um pouco de John Maynard Keynes, um pouco de Joseph Schumpeter. Talvez um pouco de João Rocha, com um pouco de José Roquette. Se funcionaria, não sei. Mas acredito que funcionaria. Se me perguntassem como gostaria que fosse o Sporting, como Clube, a minha resposta seria sempre a mesma: aquilo que ele é. As instituições sobrevivem sempre às pessoas, independentemente do que as pessoas considerem como sendo o melhor para as instituições. Sendo que o Clube existe desde a sua fundação, caberá a cada um daqueles que acredite fazer a diferença, expor o que considere fundamental incrementar com o seu conhecimento e sensibilidade. O Clube sai sempre a ganhar quando a excelência é colocada ao serviço dos seus destinos.
Schumpeter e Keynes foram os dois economistas que mais admirei. Se Schumpeter fosse, um dia, presidente do Sporting, diria que um dos maiores problemas do Clube debate-se com o Monopólio existente na planície competitiva portuguesa. Para ele, seria a falta de criação de um percurso financeiramente autónomo que não mais do mesmo nos últimos 40 anos – a principal razão pela qual o Sporting, pela falta de métodos, ficou ultrapassado pela concorrência. Já Keynes, no mesmo cargo, diria que perante a incerteza do futuro, teria o Sporting de gerar correlações com todos os agentes desportivos e financeiros à sua disposição na indústria (e mesmo fora dela, diria eu), afim de proteger a sua durabilidade como emblema competitivo a longo prazo, evitando a disfuncional perda de capacidade competitiva alheia à sua vontade. Ambos teriam razão. Schumpeter, inovador como Rinus Michels, o criador do Futebol Total. Keynes, como Cruyff, o expoente que materializaria tal conceito.
Entre a placidez de uma maternidade e a insanidade de um hospício, Alvalade (às vezes) é assim.
Continuaremos a adiar o Sporting, enquanto a discussão eleitoral estiver apenas e só centralizada no “esqueleto” da serpente, e não na sua adaptabilidade ao meio. Esteve Bruno de Carvalho, a bem da instituição que lidera, alguma vez adaptado ao mundo do Futebol como ele é? Estará algum dia Pedro Madeira Rodrigues apto ao mesmo desafio? Definitivamente que não. Provavelmente nunca nenhum de nós estará. Porque parece que ninguém ainda entendeu que do modo como continuamos a discutir e a entender o futebol, todas as teorias/projectos se esgotarão, mais cedo ou mais tarde, nas quatro linhas de jogo, onde quem determina o destino nunca são os presidentes. Porquê? Porque ninguém tem capacidade nem coragem de fazer um projecto em condições, enquanto todos ralharem sem razão.
Caberá a um Presidente digno desse nome, a criação de uma atmosfera fértil em soluções humanas, corporativas e económicas, que privilegiem a materialização de algo que se consiga efectivamente debater. Senão, andaremos todos a discutir nada mais do que promessas, como tem sido apanágio ao longo destes 40 anos. Se um candidato tivesse, algum dia, coragem de admitir a verdade – que o Sporting não tem ainda andamento para ganhar títulos maiores em Futebol – e cujo interesse da sua candidatura nada mais é do que trazer para o Clube as pessoas, parcerias e instituições que tornem o emblema mais poderoso, esse candidato teria o meu voto. É honesto associarmos apenas à gentileza de um sorriso a certeza de futuras conquistas? Se a intenção é desenhar condições para que os Sócios acabem invariavelmente desiludidos, então que se continue assim.
Com humor, para finalizar. Vamos lá Sporting!
Cândido como sempre, ao bom Futre faltaria um pouco mais de instrução na ternura da sua mensagem. Antes de partir em direcção ao Oriente, em formato Lonely Planet e de Go Pro em punho em busca de Pokemons, o Sporting e os sportinguistas têm de conciliar primeiro passado, presente e futuro – juntar aqueles que fantasiam como Sousa Cintra com os que materializam como João Rocha. Acutilantes como Henrique Medina Carreira como congregadores como Alexandre Soares dos Santos. Tem de se unir na mesma mesa, aqueles que pensam como José Roquette como os que sonham como Bruno de Carvalho. Porque todos são sportinguistas, e todos podem, ao seu jeito e ao serviço do Sporting, contribuir com algo que nos torne mais fortes.
«Dificilmente Bruno de Carvalho terá um adversário à altura, porque tem a seu crédito um mandato muito importante para o clube, de salvação do clube. Quando ele chegou o clube estava em falência técnica, é preciso que as pessoas não se esqueçam disso. O clube estava a meio da tabela, mais abaixo do que para cima no que diz respeito ao futebol, o estádio estava vazio, não havia ninguém.
Houve, ainda, o imenso trabalho de reorganização, de reestruturação para tornar o clube mais eficiente, e fazer mais com menos dinheiro, pelo que Bruno de Carvalho ganhará com facilidade e com muita justiça as eleições de Março de 2017».
Assim que comecei a ler as declarações de Bacelar Gouveia à Rádio Renascença, fiquei prontamente à espera que ele afirmasse que Bruno de Carvalho é responsável pelo nascimento do Sporting Clube de Portugal em Março de 2013. Deverá ter sido necessário um enorme autocontrolo para evitar essa proposição.
De qualquer modo, segundo as impressões do jornalista que conduziu a breve entrevista, o presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar não deu indicações algumas que Bruno de Carvalho pondera não recandidatar-se, pelo contrário. Não é que seja surpresa alguma, mas para preservar a postura teatral do actual presidente, teria sido aconselhável.
Não acredito que essa do "mais com menos dinheiro" tenha sido em referência à época em curso, na qual, até ao momento, é um caso de menos com mais dinheiro e muito pouco à vista. Evidentemente, tendo em conta o contexto elogioso da entrevista, não passa de uma "pequena" consideração melhor deixada omissa.
É em ocasiões como esta que eu pergunto por onde anda Rogério Alves !
«Não é dentro do clube que estão os adversários ou inimigos. Esses estão lá fora e, por muito que tentem, não vão criar instabilidade aqui dentro. Não vamos dar trunfos para que nos possam efectivamente atacar».
Declaração de Jaime Marta Soares, esta quarta-feira, durante uma breve conferência de imprensa para anunciar que o próximo acto eleitoral do Sporting terá lugar no dia 4 de Março.
Tendo em consideração o contexto do momento, esta declaração deixa-me algo perplexo. Terei de consultar um intérprete.
(Foto: Angel Martinez/EPA)
A quarta Bola de Ouro para Cristiano Ronaldo
O Sporting anunciou esta quarta-feira que chegou a um entendimento com os japoneses do Kobe para a transferência definitiva de Junya Tanaka, que estava cedido aos nipónicos desde a temporada passada.
No comunicado, o Sporting informou que ficou estipulado no acordo que o clube teria direito a 50% de uma futura venda do avançado japonês. Mas não revelou os valores do acordo celebrado com o Kobe.
Recorde-se que Tanaka chegou a Alvalade em Junho de 2014, proveniente do Kashiwa Reysol, a um custo de cerca de 750 mil euros, tendo assinado um contrato válido por cinco anos.
Embora não tenha jogado na final, ainda participou na conquista da Taça de Portugal na época de 2014/15, com Marco Silva então ao leme do Sporting.
O próximo acto eleitoral do Sporting Clube de Portugal já está com data marcada - dia 4 de Março - e o candidato Pedro Madeira Rodrigues já se manifestou sobre a ocorrência:
«Constatamos que as eleições foram marcadas com o menor prazo possível dentro do previsto nos Estatutos (entre 1 de Março e 30 de Abril). É um calendário curto mas é o calendário que o Presidente da Assembleia Geral decidiu escolher. É uma decisão que acolhemos com naturalidade, pois tal como já disse, esta é uma candidatura forte, unida e devidamente preparada para ir até ao fim deste processo. Queremos ganhar as eleições e sabemos que há uma larga maioria de sportinguistas que não se revê neste estilo de liderança e que terá no nosso projecto uma alternativa de confiança para voltar a ter o Sporting sempre na frente.
Este é o momento para nos rodearmos de grandes sportinguistas, fecharmos as bases do nosso programa que irão dar corpo à visão de futuro e de crescimento que temos para o nosso Clube e de constituir uma equipa sólida e competente que possa afirmar o Sporting de forma transversal, com especial enfoque no futebol profissional e na formação, nas modalidades, bem como no reforço do associativismo e participação dos sócios na vida do Clube. Nos primeiros dias de Janeiro começaremos a apresentar as linhas mestras do nosso programa bem como as pessoas que irão presidir aos órgãos sociais do Sporting».
(Foto: Max Rossi/Livepic/Reuters)
Pedro Madeira Rodrigues e Família
(Publicado num pseudo-blogue ao serviço do Bruno)
É este o Sporting que vivemos de momento.
Será este o Sporting que pretendemos para o futuro ?
A foto é elucidativa. A expressão corporal e, sobretudo, a cara, dizem tudo. Um misto de sobranceria, arrogância e altivez. Para quem se diz próximo dos adeptos, os olhos no além não mentem. Pertíssimo dos adeptos, longíssimo dos mesmos, transformados estes, hoje como no passado, em meros instrumentos de manutenção no poder. Custe o que custar.
Eis a postura clássica de Bruno Azevedo de Carvalho.
João Pedro Paiva dos Santos, sócio do Sporting e accionista da SAD, que chegou a ser candidato às eleições do Sporting em 2013, solicitou uma auditoria de gestão à SAD do Sporting no mandato de Bruno de Carvalho, há cerca de uma semana, disponibilizando-se a pagar a operação, e ainda espera resposta.
Entretanto, reagiu às acusações que Bruno de Carvalho publicou no Facebook, acusando-o de não ter ido a uma Assembleia Geral nos últimos anos e de o mesmo apenas procurar uns minutos de fama:
«Não quero nem procuro fama. Graças a mim pudemos não apenas manter uma equipa de futsal como a tornar campeã vários anos. Na altura não havia dinheiro para manter a equipa e eu contribui para a solução. A única vez que conquistámos uma competição europeia de andebol fui eu quem ajudou a pagar a organização da final. O jogo de homenagem a Iordanov só se realizou graças ao meu investimento. E podia continuar por aqui fora. Se quisesse fama teria usado essas e muitas outras oportunidades para o fazer.
Os tribunais portugueses já analisaram o uso da expressão "palhaço" contra cidadãos e não a consideraram ofensiva da honra e dignidade. A jurisprudência portuguesa vai no sentido de afirmar que "a expressão palhaço não excede o âmbito da mera falta de educação, nem tem aptidão para ofender a honra e consideração do visado”. Dito isto, o termo acaba por ser indiferente para quem, ao fim e ao cabo, não tem honra nem dignidade.
Minutos depois do anúncio oficial da candidatura de Pedro Madeira Rodrigues, Bruno de Carvalho reagiu, como já era esperado, com uma sorumbática performance de circo, cujo objectivo só pode ter sido de satisfazer questões de ego... o seu. Isso e o cumprimento da estratégia delineada de manter o suspense da sua recandidatura até ao último minuto.
Entretanto, os seus lacaios de intelecto reduzido e princípios nulos contaminam tudo quanto é espaço relevante nas redes sociais e blogosfera, ao ponto de um pseudo-blogue publicar uma foto da família de Pedro Madeira Rodrigues e a sua genealogia completa, inclusive de pais, mulher e filhos. O facto da informação estar disponível em portais especializados, não anula a total nojice destas acções. Lamenta-se que os répteis cobardes que operam este espaço o façam ao abrigo do anonimato, tal o nível primitivo do seu rastejamento.
Eis o que o ainda presidente do Sporting teve para dizer, numa mera indicação preliminar do que promete ser a campanha eleitoral mais sórdida da história do Clube:
«Enquanto presidente, e sem paternalismos, quero dar as boas-vindas ao dr. Pedro Madeira Rodrigues. Conforme sempre disse e prometi, não quero que ninguém volte a passar neste clube aquilo que eu passei quando concorri às eleições.
As pessoas que se querem candidatar, que não tenham receio nenhum. Se acharem que têm o perfil, avancem, sigam os seus sonhos, sigam as suas emoções, que o Sporting cá estará de braços abertos para os receber. Quem quiser tem aqui o auditório, não precisa de alugar salas em hotéis.
É muito distinto ser candidato ou ser presidente. As pessoas não têm a noção do quão diferente é. Mas há uma coisa de que tenho certeza absoluta: o choque é muito menor o que foi há quatro anos. Neste momento há um clube respeitado, com mais de 150 mil sócios, reconhecido pelo mundo inteiro, que tem voz, que é candidato ao título em tudo aquilo que faz.
Vai ser muito mais fácil agora, pois quando entrei não tinha um único centavo na conta. Não é fácil ser presidente de uma instituição desta dimensão, mas um é orgulho, uma honra e um privilégio imenso. Neste momento, é um clube forte, dos três grandes é o que deve menos, que cumpre fair-play financeiro e a reestruturação financeira.
Já disse que estou aqui como presidente e estou, desde o primeiro dia, em reflexão constante. Tem de ser uma das regras fundamentais da liderança e de termos a noção clara da grandeza da instituição que servimos. É lógico que a cada dia que passa estou numa reflexão constante enquanto presidente do Sporting e não mais do que isso.
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