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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Jaime Pacheco, treinador e antigo jogador tanto do Sporting como do FC Porto, foi instado a comentário o clássico de sexta-feira. Considerações interessantes que nos apresenta:
"António Sousa, antigo jogador do FC Porto, do Sporting e da Selecção Nacional, é o protagonista da história dos bons teimosos. O Sousa era um fora de série, um dos melhores portugueses. Ele jogava a interior-esquerdo; como interior-direito, não jogava nada. Devia ser idêntico, mas não era. A história até parece não ter muito propósito, mas é metafórica e acaba por responder à pergunta se depois de três clássicos, ainda será possível Jorge Jesus e Sérgio Conceição surpreenderem-se um ao outro.
Se um treinador quiser surpreender o outro, vai é criar surpresa no próprio grupo. A história dos bons teimosos entra aqui. Qualquer treinador pensa em fazer isto ou aquilo, mas depois pode fragilizar as próprias equipas. É uma dúvida que se cria, eu já a tive. Começamos a pensar em criar surpresa logo no início da semana, mas com o desenrolar do próprio treino, começamos a perceber que a equipa fica pior, que os jogadores se sentem desconfortáveis e perdidos com as alterações. A diferença dos jogadores passa pela capacidade técnica e tática, mas mais pela cabeça. E há jogadores que se mudarem um bocadinho, é complicado. É como a história do Sousa. Daí que se explica a falta de crença em alterações profundas por parte de dois treinadores tão experientes.
É possível que haja alguma espécie de 'mind games' com a questão dos lesionados, ainda que com a certeza de que há casos pequeninos em que um dia a mais ou menos pode fazer diferença e que mesmo só no próprio dia se pode ter a certeza absoluta. Até porque depende da cabeça, pois alguns jogadores têm dor mínima e sentem como uma grávida, e a outros dói muito mas não sentem nada".
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) vai ponderar se "há espaço" para a continuidade das equipas B no campeonato da II Liga.
O organismo era para discutir e votar alterações aos regulamentos das competições sobre temas que abrangem as cinco formações B que alinham no campeonato da II Liga, mas o ponto acabou por ser suspenso, para que o assunto possa ser alvo de uma reflexão.
Sónia Carneiro, directora executiva da LPFP, lembrou que está em discussão, no seio da Federação Portuguesa de Futebol, a criação de um campeonato sub-23:
"A eventual criação desse campeonato poderá levar a alterações do modelo competitivo da II Liga. Os clubes e a direcção da Liga consideraram que seria pertinente saber como vai ser esse campeonato e perceber até que ponto continua a haver espaço para as equipas B (na II Liga). Se não existir, teremos de remodelar o figurino da competição. No próximo mês de Março a Federação Portuguesa de Futebol vai fazer um 'workshop' sobre os contornos desse campeonato, e que a partir de então os clubes e a Liga poderão tomar uma decisão.
Esta competição teve desde sempre a capacidade de se regenerar, e facilmente poderá encontrar um modelo para que a II Liga tenha a mesma vitalidade, talvez mais próxima das populações, com equipas de natureza de II Liga. Os clubes têm essa capacidade de encontrar as soluções mais construtivas".
Actualmente, a II Liga é composta por 20 equipas, sendo que cinco são as formações B de Sporting, Benfica, FC Porto, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães.
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