Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
É uma história fascinante a de Arsène Weger, o francês que é o técnico do Arsenal desde 1996, considerado pelos entendidos como um génio do futebol. Estará agora a atravessar a época mais degradada desde que chegou ao clube de Londres, em que se encontra em 5.º lugar na English Premier Leaugue a 21 pontos do líder Manchester United, já foi afastado de todas as taças domésticas e depois da quase humilhante derrota a semana passada perante o Bayern Munique, também estará de saída da Champions. Para o agravamento do cenário, foi eliminado da Taça da Inglaterra pelo Blackburn Rovers da segunda divisão e da Taça da Liga pelo Bradford City da quarta divisão. Logo após o desaire frente aos alemães de Munique, a primeira acção de Stan Kroenke, o americano que é o accionista maioritário do Arsenal, foi de se apresentar no estádio perante a comunicação social e dar um voto de confiança ao seu treinador. Isto, apesar dos protestos dos adeptos, que já não campeões desde a época de 2003/04. Claro, o clube não depende de votos populistas para a sua gestão e quem manda é quem controla as finanças e, neste enquadramento, o Arsenal é 4.º mais valoroso emblema do Mundo, apenas atrás do Real Madrid, Barcelona e Manchester United.
Wenger, 63 anos, é natural de Strasbourg, França, e depois de uma carreira muito modesta como jogador tornou-se treinador, começando pelo Nancy-Lorraine onde permaneceu três épocas, seguido por sete no Mónaco e uma no Nagoya Grampuds Eight do Japão, antes de viajar para Londres. Já conquistou 3 títulos da EPL em 1997/98, 2001/02 e 2003/04. Quatro Taças da Inglaterra em 1998, 2002, 2003 e 2005 e outras quatro FA Community Shield em 1996, 1998, 2002 e 2004. Nunca venceu uma prova europeia, embora tenha chegado à final da Champions em 2006, onde foi derrotado no notório jogo com a arbitragem a conduzir o Barcelona à vitória por 2-1. Clama o recorde de jogos sem perder na EPL (49), entre Maio de 2003 e Outubro de 2004, incluindo a época invicta de 2003-04. Tem um outro recorde na Champions, época de 2005/06, com dez jogos consecutivos (995 minutos) sem conceder golos. Foi eleito o «Manager» do ano na EPL em 1998, 2002 e 2004 e é autor de um livro sobre gestão de futebol. É notalvelmente reconhecido pelo seu talento no desenvolvimento de jogadores jovens, o mais famoso dos quais tendo sido George Weah. Este, quando subiu ao palco para receber o prémio FIFA Jogador do Ano insistiu que Arsène Wenger o acompanhasse.
Um homem igualmente distinguido pela sua extraordinária visão do jogo e de princípios superiores que, nos anos de glória do Arsenal, apresentou o futebol mais espectacular jamais visto em terras de Sua Majestade.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.