Serei o último defensor da banca, mas quer se queira quer não, esta faz parte integral e indispensável da sociedade global. Muito por isso, sinto imensa dificuldade em compreender esta moda em voga de a diabolizar, apenas porque o Sporting está em péssimas condições financeiras. A banca está no negócio da compra e venda de dinheiro pelos veículos à sua disposição, tão simples como isto. A situação do Clube deve-se à sua má gestão e não pelas acções dos seus credores. Aliás, sem estes, onde estaria agora o Sporting ?
Daniel Oliveira, cronista sportinguista do jornal Record alega que ainda não sabe em quem votar porque «a decisão afigura-se difícil», mas faz um ataque velado a José Couceiro porque, no seu parecer, este é credível perante a banca e tem a sua aprovação, e que, por esta (des) ordem de ideias, o Clube vai ter não quem o represente perante os credores mas sim quem represente os credores dentro do Clube.
É um raciocínio estranho e que me ultrapassa completamente, levando-me a pensar que Daniel Oliveira irá votar na mesma pessoa em quem votou no último acto eleitoral e somente não tem a honestidade de admitir tal, nomeadamente quem já se pronunciou como «inimigo» da banca. E é por estes meios que se pretende resolver os problemas do Sporting !!!
Por fim, não obstante a sua alegada indecisão, escreve que José Couceiro é candidato porque tem a aprovação daqueles sócios mais antigos que, directa ou indirectamente, estiveram ligados a algumas das gestões que conduziram o Sporting ao seu actual estado, insinuando que por mera linhagem social, este deixa de ser homem com mérito próprio e sem condições para liderar. Esta demagogia será conveniente para distrair alguns, mas não corresponde, minimamente, à realidade, e muito menos ainda contribui para a resolução dos graves problemas que confrontam o Sporting.