As míticas sondagens

Rui Gomes, em 05.03.13

Cada um é livre de tirar as suas próprias ilações destas supostas sondagens mas, pessoalmente, não acredito na sua exactidão. Será igualmente imprudente os candidatos avaliarem as suas posições, neste momento da campanha eleitoral, nos números citados. Fica a ideia de que o objectivo da comunicação social, como quase sempre, é fomentar sensacionalismo. Com tudo isto em mente, acredito que exista uma boa percentagem de indecisos, pela ausência de informação concreta sobre ideias e programas. Rui Oliveira e Costa é administrador da empresa «Eurosondagem», mas desconheço os administradores da outra empresa, «Euroexpansão». Como já comentou aqui um leitor num outro post, e bem, o jornal Record deveria ter efectuado uma terceira sondagem com Carlos Severino a liderar a corrida. Desse modo, ficaria tudo equilibrado !

Tags:

publicado às 11:24

Comentar

Para comentar, o leitor necessita de se identificar através do seu nome ou de um pseudónimo.

navegação

2 comentários

De MM a 05.03.2013 às 11:43

Caro Rui Gomes,

Sem qualquer interferência de sondagens e aquilo que mostram, por mera 'impressão' e nada mais: acharia (eu) normal que Bruno de Carvalho liderasse as intenções de voto nesta altura, seguido de próximo por José Couceiro. Ou seja acredito (sem nada que o fundamente) na sondagem do 'O Jogo', mas com os números virados do avesso. Acho que a José Couceiro caberá na eleição o papel que na última coube a Bruno de Carvalho: o candidato olhado com suspeição como se tivesse de provar toda e qualquer coisa desde a mais ridícula à mais importante, candidato que corre por fora e é alvo de campanhas negativas às quais já temos (neste momento) oportunidade de assistir.

Espero e desejo que possam em simultâneo trocar ideias, impressões, dizer o que pretendem fazer e como pretendem fazer. E desejaria também - não é muito bonito mas vá - que pudessem fazê-lo pelo menos uma vez sem a participação em debate de Carlos Severino, para que não se perdesse tempo de antena com desvios e fosse discutido - entre os 2 - o essencial.

Desejo ainda que a campanha negativa de que é alvo não penalize muito José Couceiro. Tal como em 2011 para Bruno de Carvalho, seria triste que um candidato perdesse uma eleição com base nesses artifícios: rótulos, «medo», «papão». É Couceito quem os leva, hoje, naquilo que já se conhece da discussão de «continuidade».

De Rui Gomes a 05.03.2013 às 12:43

Caro MM,

Como já indiquei, não acredito na exactidão destas sondagens que, como bem sabemos, podem ser habilmente manipuladas.
Dito isto, não discordo da sua análise quanto ao estado geral das coisas.

Escrevi ontem - por fonte directa e fiel - que Bruno de Carvalho anda a tentar evitar os debates. O seu silêncio, até agora, perante as acusações dos outros candidatos, nesse sentido, servirão de confirmação. Também já me constou que a haver esse fórum de discussão de ideias e programas, a sua preferência é a rádio. Uma questão estratégica, penso seu.

Será impossível excluir Carlos Severino desse cenário, não esquecendo, ainda, a quarta lista independente para o Conselho Fiscal.

Penso que José Couceiro tem vindo a reagir bem às acusações, embora seja impossível para com os rótulos de isto ou daquilo, à conveniência. O que a campanha está a necessitar, urgentemente, é de um ou mais debates para permitir a especificidade das contendas. Até lá, vamos ouvir o «eu digo» e o «tu dizes» que não ilucida os sócios.

Um abraço