Lamento verificar que o candidato Carlos Severino insiste num discurso derrotista e injurioso que não beneficia a sua pessoa e, muito menos ainda, o Sporting. Uma coisa é adiantar críticas com conhecimento de causa e com factos concretos à mão, outra, deveras degradada, é percorrer os corredores da campanha eleitoral com insinuações muito graves sobre as acções de dirigentes do Clube, baseadas, meramente, no seu intuito de angariar votos. Este tipo de conduta não se enquadra no perfil desejado de um presidente do Sporting e ilude completamente o sentido de pudor e bom senso.
«Essa questão (as contas) não foi colocada só por mim, já veio em notícias em diversos órgãos de comunicação social. A informação que temos é que os 14 milhões de euros que o Sporting recebeu recentemente resultam de vendas a fundos. Não sei, nesta altura, se Rui Patrício é jogador do Sporting ou de um fundo. É uma realidade que vou tentar saber.»
«Os dirigentes do Sporting dos últimos anos têm feito políticas tipo BPN, ou seja, arrecadam dinheiro que vem dos bancos, esse dinheiro desaparece e o Sporting está nas lonas em termos de contas. Têm de explicar onde para esse dinheiro.»
Triste e lamentável: «É uma realidade que vou tentar saber»; não sabe mas afirma que é uma realidade. Se estiver em poder de dados concretos deve-os denunciar, caso contrário deve-se abster de lançar acusações graves. Além do mais, a venda de percentagens de passes de jogadores a fundos não é mistério algum, resultado inequívoco da gestão desportiva e financeira que se conhece, já a sua afirmação «o dinheiro desaparece», tem uma outra dimensão que não deve ser enunciada sem comprovativos. Não dá para perceber como é que ele pensa que esta sua plataforma beneficia o Sporting na resolução dos seus problemas.