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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Os candidatos Carlos Severino e José Couceiro participaram ontem num debate a dois em Mafra, organizado pelo Núcleo Sportinguista local, onde foram convidados a esclarecer as suas posições relativamente às suas principais ideias para o futuro do Clube. Segundo as informações, a audiência não era numerosa, mas muito interessada e participante, apresentando diversas perguntas aos candidatos.
A sessão encontrou um ponto comum nas críticas a Bruno de Carvalho por andar a esconder-se da participação em debates televisivos. Isto vem ao encontro das informações - com conhecimento de causa - que me foram dadas já há uns dias e reiteradas mais recentemente. Contrário ao que tem propagado por outros meios, Bruno de Carvalho tem vindo a impedir a realização deste fórum de diálogo entre candidatos por recear que «in loco» e com confrontação directa, a sua imagem de vendedor da «banha da cobra» venha a ser confirmada perante uma audiência nacional. Atrevo-me a sugerir que a sua viagem a Moçambique esta semana, a (simulado) pretexto de «estabelecer contactos com possíveis parceiros económicos» serve uma estratégia cuidadosamente elaborada em que um dos objectivos é impossibilitar a realização de debates. A sua zona de maior conforto é enunciar a sua demagogia através da comunicação social e perante pequenos aglomerados de sócios e adeptos sportinguistas, onde nunca lhe será exigido respostas difíceis para a resolução dos problemas do Sporting.
A exemplo da entrevista hoje publicada no Jornal do Sporting - ao qual facultámos o acesso aos leitores no prévio post - as mesmas 30 perguntas foram apresentadas aos três candidatos:
P: Sendo todos defensores da aposta na formação, como será possível conciliar essa aposta com a ambição de conquistar títulos ?
BdC: Sim, sem dúvida. É necessário incutir uma nova mentalidade vencedora, rigor e ambição, muito querer, organização e uma liderança competente e forte.
P: Haverá alterações à estrutura do nosso futebol de formação e qual o papel da Academia no seu projecto ?
BdC: A Academia terá um papel reforçado, bem como a aposta na formação e as alterações decorrem do modelo enunciado em pergunta anterior.
Duas perguntas directas e claras com respostas demagogicamente bem adornadas mas sem explicação concreta alguma. E, em resposta à segunda, refere o entrevistador - e o leitor - à primeira, ficando todos a saber o mesmo, absolutamente nada.
Se estou a ser excessivamente crítico com esta minha análise, agradeço que me apontem onde estou equivocado.
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