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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Bruno de Carvalho tem o sonho de ser presidente do Sporting. Esteve dois anos a preparar-se na sombra e estranha-se que o projecto do futebol esteja tão cru. Muitos nomes, mas falta de noção do que vai fazer cada um é algo que espanta. Mas beneficia do cansaço que muitos têm da linha a que se designou chamar continuidade e é visto como o salvador da pátria por quem está farto de insucessos desportivos. Ganhe quem ganhar, união é palavra vã. É isso que pode matar o Sporting.»
- Bernardo Ribeiro -
«Como costuma acontecer depois da pilhagem - e o Sporting anda a ser pilhado há quase 20 anos -, poucos são os líderes que querem pegar no clube. Um é tolerado pelos principais responsáveis por este estado das coisas e defende o indefensável: a perda da maioria da SAD, o que significa que os sócios deixarão de ser donos do destino do Sporting. Outro promete milagres de Moscovo e assusta pela opacidade do seu passado e do seu futuro. A este falta a credibilidade para dirigir um clube com a dimensão que o Sporting ainda tem. Estou como a maioria dos sportinguistas: dividido entre a insegurança da aventura e a certeza de que pouco mudará. E, no entanto, sei, como sabemos todos, que desta vez não vamos poder falhar.»
- Daniel Oliveira -
Bernardo Ribeiro escreve, por palavras ligeiramente diferentes, o que eu escrevi num post logo após o último debate eleitoral. Concordo na íntegra com a sua opinião, embora desconheça se é sportinguista ou se tem preferência por qualquer dos candidatos.
Daniel Oliveira votou em Bruno de Carvalho no último acto eleitoral e não obstante este seu escrito, atrevo-me a sugerir que assim fará amanhã. Concordo com algumas das suas considerações mas lamento verificar que é mais um que simplesmente não alcança a totalidade do enquadramento em que o futebol moderno - desporto e indústria - subsiste. Já venho a insistir na necessidade de adaptar aos tempos esta modalidade de alta competição há longa data e em nada se relaciona com José Couceiro partilhar do mesmo parecer. Para começar, o modelo não é tão simplístico como Daniel Ribeiro descreve, em que existem variáveis. Mas o escopo do meu argumento - e mais tarde ou mais cedo os sportinguistas vão ter de encarar esta incontornável realidade - é que as exigências tornaram-se de tal modo elevadas, complexas e rigorosas, que não é realístico subjugar a gestão de uma SAD e do futebol ao parecer populista do associativismo, a exemplo do que está a acontecer no Sporting. Para se poder competir, desportiva e financeiramente, terá de existir uma estrutura sólida de raiz que não oscilará com os egos e os belo prazeres de quem é eleito popularmente. Perante o cenário que confronta o Sporting hoje, é uma incógnita total o que vai ser a SAD leonina e a estrutura do seu futebol daqui a seis meses. Muito por isto, o futebol do Sporting tem sofrido e continuará a sofrer pelas constantes mudanças de liderança. Cada cabeça uma sentença !
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