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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Perante o resultado eleitoral, deveria agora escrever uma qualquer «declaração de desinteresse» para manifestar o meu respeito e a minha lealdade para com o novo presidente do Sporting. Como não sou hipócrita e não me escondo atrás de escritos finórios que só denotam a velhacaria do autor - a exemplo de outros - limito-me a reiterar, muito simplesmente, que muito embora Bruno de Carvalho seja o aparente novo presidente do meu clube, não é e nunca será o meu presidente, porque não me revejo na sua indecorosa conduta - a qualquer preço e por todos os meios ao alcance - para assegurar o poder que tanto o obceca.
Começo por ficar intrigado com as suas declarações inaugurais: «Chegámos aqui com o vosso apoio, o Sporting somos nós e eu sempre disse isso. A partir de agora mandamos nós. Para que toda a gente oiça, o Sporting é nosso outra vez.»
Qual é o significado destas suas palavras?... Que «nós» é somente aqueles que o apoiaram?... Que o Sporting na sua história centenária não tem pertencido a sportinguistas?... Ou que agora o poder caiu na rua e quem vai agora governar e mandar no Sporting é a falange militante que o tem vindo a apoiar, fanaticamente, desde 2011 ? Perguntas pertinentes, penso eu.
De qualquer modo, o novo lema aparenta ser a «união». Um sentimento e consideração severamente atraiçoados de há uns tempos a esta parte, pelo próprio, que sempre insistiu em nunca querer compreender os constantes apelos à união. Como agora serve um outro fim, o seu, é por de mais útil que a divisão entre sportinguistas, que foi por si e pelos seus provocada, se torne num terno abraço à causa comum.
E, por fim, uma questão que é deveras fascinante: os resultados anunciados são provisórios, uma vez que a totalidade dos votos por correspondência ainda não chegaram, no entanto, a eleição do novo presidente é dada como um facto consumado. Não, não pense o leitor que alimento falsas esperanças de um qualquer milagre à última da hora. Sou realista de mais para isso. Mas analisando o cenário, verifica-se o seguinte: boletins para o voto por correspondência foram enviados para 7,500 sócios e somente 1,500 foram recebidos até sexta-feira. Signifcando isto que, potencialmente, ainda poderão estar por chegar 6,000 boletins com um indeterminado número de votos. Atendendo ao elevado nível de abstenção, não é de prever que nem 3000 desses 6000 sejam devolvidos, mas se fossem, com uma média de apenas 3 votos por sócio, significaria 9,000 votos. A diferença entre Bruno de Carvalho e José Couceiro é precisamente 7,000 votos (45,327 e 38,327). Fascinante, não é ?
P.S. Sinto-me bastante «confortado» pela disponibilidade de Carlos Severino para ajudar este «novo» Sporting. Ele e Freitas Lobo, claro.
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