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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Cumprido o primeiro terço da Liga portuguesa, as estatísticas - sem surpreender - indicam que o FC Porto lidera a competição com um golo de vantagem sobro o Benfica, mas que os dragões distinguem-se por terem mais posse de bola (média de 61,2%), comparado ao 57,7% do Benfica. Algo surpreendente, o Sporting surge em terceiro lugar com 56,3%, superando, até, o 54,4 % do SC Braga. Igualmente curioso, atendendo à fraca prestação da equipa «leonina» até este ponto da época, é que o jogo em que os portistas tiveram o registo mais baixo da época - 56% - foi precisamente no embate frente ao Sporting.
Será possível argumentar que quem tem jogado melhor futebol, marcado mais golos e tem tido mais posse de bola, terá, logicamente, menor registo de faltas cometidas, mas nem esta equação explica, na totalidade, o «campo inclinado» no capítulo disciplinar, que coloca o Sporting em segundo lugar, apenas atrás do Olhanense, com 180 faltas cometidas (a bem dizer, assinaladas) e nada menos do que 44 cartões amarelos, mais onze do que os mais próximos, Setúbal e Gil Vicente e a léguas do FC Porto e Benfica que registam apenas uma média de dois cartões por jogo. Quem não tem visto os jogos, chegará à conclusão ilusória, pelas estatísticas, de que o Sporting é uma equipa muito indisciplinada que pratica um modelo de futebol bastante agressivo. Se assim fosse, é duvidoso que estivesse a 15 pontos da liderança, com apenas duas vitórias e cinco empates. Neste mesmo capítulo, outra estatística é reveladora, em que o Sporting ainda não viu uma única grande penalidade assinalada a seu favor - semelhante ao Paços de Ferreira - enquanto que o Benfica - como o Vitória de Setúbal - é o mais privilegiado com quatro e o FC Porto e o SC Braga com duas cada.
Outrs estatística deveras curiosa, coloca o Sporting como o segundo pior ataque da Liga - com apenas 9 golos marcados - no entanto, é quem mais remata (183 vezes), dando-lhe uma baixíssima percentagem de eficácia de 4%. O FC Porto lidera com 26 golos e uma eficácia de 15,2%, seguido pelo Benfica com 25 golos e uma eficácia de 15%.
Muito embora se reconheça que o Sporting terá que descontinuar o seu mau hábito de consentir golos «infantis», o seu registo defensivo (11 golos), encontra-se apenas atrás do FC Porto e do Benfica, com 6 golos cada, e do Paços de Ferreira com 9.
A conclusão óbvia é que o Sporting - para poder aproximar-se dos lugares cimeiros da classificação - terá que continuar a rematar como tem feito até há data, mas com uma muito melhor percentagem de eficácia de finalização. Os actuais 9 golos, é um dos registos mais baixos da sua história. Para atingir o desejado melhoramento, também não seria prejudicial que as arbitragens demonstrassem critérios mais equilibrados na marcação de faltas e menos «generosidade» pela dispensa de cartões.
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