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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O presidente da UEFA, Michel Platini, nunca poderá ser acusado de exercer o cargo ou usar a influência do mesmo com rectidão e imparcialidade, vários são os incidentes ao longo dos anos que registam e sublinham essa sua menos ponderada dmensão. Mais recente, não hesitou vir a público dar um voto de confiança a Lionel Messi para vencer a edição 2012 do prémio «Bola de Ouro» da FIFA, atribuído anualmente ao melhor jogador do Mundo. Até nem sou adverso à proposição que o jogador argentino do Barcelona merece estar no topo das considerações, mas Platini deveria ser mais prudente e moderado nas suas observações. Considero ser muito injusto ter que escolher entre Messi e Cristiano Ronaldo, os dois indiscutíveis melhores jogadores do planeta, cada um com as suas características, mas acredito que o prémio irá mesmo para o argentino porque quem maior domínio tem sobre questões desta natureza, quererá elevar Messi ao recorde de quatro conquistas do troféu.
Este processo anual é muito discutível por ser tão subjectivo e nem sempre sustentado por lógica e merecimento. Breve revisão ao passado, revela que em 1999, quando Zinedine Zidane assegurou a sua terceira consecutiva distinção, o jogador indiscutivelmente mais merecedor era Luís Figo. No ano seguinte, para compensar a prévia injustiça, o jogador português foi então reconhecido. Algo semelhante já ocorreu com Lionel Messi: quando venceu o seu segundo, em 2010, o mais justo vencedor teria sido o seu colega do Barcelona, Xavi. Este, agora, muito pela sua idade, nunca mais terá uma segunda oportunidade. O cenário é muito mais debatível quanto à época de 2012, existindo fortes argumentos para os dois lados. A minha objectiva conclusão é que Messi e Cristiano Ronaldo sendo os indiscutíveis dois melhores jogadores do Mundo e mesmo admitindo alguma diferença entre eles - mediante a análise - esta não é, seguramente, quatro «Bolas de Ouro» para um e apenas uma para o outro. Essa disposição, caso se venha a concretizar, não será justa e não reflecterá a verdade.
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