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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Camilo Lourenço - licenciado em Direito Económico pela Universidade de Lisboa, Universidade de Columbia, em Nova Iorque e Universidade de Michigan, onde fez uma especialização em jornalismo financeiro - é contra a cedência de participação proposta e emite uma opinião assente em uma primeira análise do plano divulgado. Destaca dois aspectos. Por um lado, a pouca clareza do documento e, por outro, o facto de o aumento de capital ser "um mau negócio para todos": «Para quem compra, porque a maioria do capital continua na mão do clube, que é, no fundo, o responsável pela situação a que a SAD chegou. Para quem vende, porque está desesperado por capital e vai alienar a qualquer preço. Há dois anos, um bloco de acções de 25 por cento teria um peso maior.»
Camilo Lourenço admite que ao estabelecer hipotecas sobre os direitos de superfície do estádio e do pavilhão, o Sporting corre os risco de, no futuro, perder essas infraestruturas, mas desdramatiza: «Quem quer ficar com um estádio ? Os clubes não têm de ter activos físicos. Precisam de ter activos como passes de jogadores, uma boa formação, um bom centro de estágio onde desenvolva a sua actividade.»
O economista, é defensor de que os clubes devem desistir da ideia de manter a maioria do capital social das SAD e, ao terminar, insiste na importância de o clube dar mais esclarecimentos: «Espero que a CMVM obrigue o Sporting a dar elementos mais claros sobre o negócio.»
Não tenho opinião sobre as declarações de Camilo Lourenço, mas entendo ser benéfico ouvir os pareceres possíveis de quem assume perícia na matéria, para melhor compreender o que está a ser apresentado aos sportinguistas para aprovação, na Assembleia Geral agendada para o próximo dia 30.
Eu tenho seguido uma linha de pensamento na minha vida e nos meus negócios que me tem servido bem, assente na premissa que ninguém dá seja o que for sem a expectativa de retorno, e quando nós nos encontramos em uma posição vulnerável, esse retorno vai ser, mais cedo ou mais tarde, muito mais substancial do que nós imaginamos e, decerto, muito mais do que desejaríamos. Veremos se esta disposição será aplicável ao Sporting.
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