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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Preparava-me para comentar um artigo de Daniel Oliveira no "Record" e o apreço ao mesmo por Dias Ferreira - «Bruma tem direito à presença do advogado» - quando deparei com uma adicional explicação do analista político que me poupou o trabalho:
«Fora dos termos políticos. Dias Ferreira diz que discorda de mim, por eu ter defendido que Bruma não tem o direito a ser acompanhado pelo seu advogado em reuniões com o Sporting. Estranho a crítica, já que, no meu texto do Record de hoje apenas defendi que o Sporting tem o direito a reunir com Bruma, sem ter de negociar com o jogador que ainda tem um ano de contrato com o clube apenas por intermédio do seu advogado. Ou seja, apenas defendi a presença física de Bruma nestas negociações e critiquei o que me parece ser um "sequestro emocional" de um jovem de 18 anos por parte do seu advogado. O que, obviamente, não impede, como o Sporting nunca quis impedir, que o dito advogado esteja presente nas reuniões e aconselhe o seu cliente. Não costumo ser confuso no que escrevo, nem desprezar o direito de qualquer trabalhador a ter apoio jurídico de um advogado.»
Bem, não costuma ser confuso mas foi, já que eu tirei a mesma ilação de Dias Ferreira e, por isso, me preparava para comentar o seu artigo. Daniel Oliveira recupera algum "terreno perdido" com esta adicional explanação, mas ele afirmou, de facto, que o Sporting tinha pleno direito de reunir a sós com um seu jogador sob contrato. O que até está certo, o Sporting tem esse direito, mas em negociações laborais, o seu atleta tem mesmo o direito de ser representado pelo seu advogado. Um pouco de semântica no subsequente discurso de Daniel Oliveira. Além do mais, ele não sabe, concretamente, como nós não sabemos, quais as verdadeiras intenções tanto do Sporting como dos representantes de Bruma.
Para evitar comentários despropositados, devo esclarecer que este meu texto não visa defender ou incriminar qualquer uma das partes, mas sim de sublinhar o direito de ser representado, em contexto.
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