Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Apesar de ter sentido algumas dificuldades em contrariar a velocidade do jogo de transição do Wolfsburg, o Sporting fez uma primeira parte de bom nível e até criou uma grande oportunidade para golo, aos 34', quando Nani serviu Carrillo à entrada da área dos alemães, com o seu remate a passar centímetros ao lado do poste. Este primeiro tempo também ficou marcado por uma grande penalidade não assinalada pelo árbitro israelita, aos 44', quando Vieirinha leva o braço à bola.
Ficamos com a sensação que o Sporting acusou o desgaste dos primeiros 45 minutos e veio do intervalo com menos intensidade, cometendo logo de imediato um péssimo erro defensivo que permitiu a Dost isolar-se perante Rui Patrício e inaugurar o marcador.
O segundo golo alemão, aos 63', novamente por Dost, deve-se a outro erro de cobertura defensiva, quando Paulo Oliveira permite que o avançado holandês iluda a sua marcação e desvie a bola para dentro da baliza do Sporting. Escassos minutos depois, salvo erro aos 69', só uma excelente intervenção de Rui Patrício impediu o "hat-trick", e, mais uma vez, foco negativo na defesa leonina.
Depois do segundo golo, o jogo baixou de intensidade e a única grande oportunidade de golo para o Sporting surgiu aos 73', quando João Mário falhou um cabeceamento mesmo à boca da baliza alemã.
Marco Silva não surpreendeu pelo onze inicial, com Oriol Rosell a preencher a vaga pelo castigo a William Carvalho. O médio espanhol não ofereceu a dimensão de jogo de William, mas também não comprometeu, fazendo uma exibição tacticamente muito disciplinada.
Este Wolfsburg é uma boa equipa com excelentes talentos, mas não é "papão" algum. Faltou ao Sporting a já bem conhecida criatividade e penetração pelo meio do terreno e um nível de jogo que lhe permitisse exercer maior pressão sobre a defesa alemã. Será injusto apontar o dedo a Fredy Montero, exclusivamente, mas foi inconsequente durante a maior parte do jogo e só surpreendeu a sua muito tardia substituição (80').
Diria que além de Rui Patrício, Cédric Soares e João Mário estiveram em bom plano, Carrillo fez o possível enquanto teve pernas, Nani ainda longe da sua melhor forma, e Jefferson a demonstrar dificuldades defensivas.
O Sporting ainda tem uma palavra importante a dizer nesta eliminatória, mas o objectivo está agora mais complicado pela ausência de pelo menos um golo fora de casa.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.