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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Dando seguimento ao breve apontamento de ontem, é importante os sportinguistas não embandeirarem o que é obviamente ainda um trabalho em progresso - recado para Jaime Marta Soares, Paulo Andrade e outros - e que terá servido para revelar a Leonardo Jardim - se é que ele tinha dúvidas - que há muito por fazer para a equipa atingir o nível de competitividade adequado às responsabilidades que a esperam na época oficial.
A defesa mostrou muita intranquilidade, porventura, pela integração de Maurício, que ainda só tem pouco mais de uma semana de treinos com o conjunto. Jefferson, do lado esquerdo, também está longe da forma que se reconheceu enquanto no Estoril.
A melhor fluidez de jogo verificou-se do meio campo para a frente, com a combinação de André Martins, Labyad e Diego Capel a mais produtiva e ofensivamente penetrante. É também de admitir que os jogadores estão numa fase de adaptação ao que aparenta ser o sistema de jogo que Leonardo Jardim vai querer estabelecer: no lugar do 4x3x3 clássico, a que o Sporting tem sido associado nos últimos anos, o novo técnico dá indicações de preferir um variável na forma do 4x2x3x1, faltando, para o efeito, o tal ponta-de-lança de referência, que poderá ou não ser Fredy Montero. No Sporting deste momento, verifica-se, sem ser novidade, a ausência do 10, o organizador de jogo e patrão do meio campo e, claro, o finalizador de área, especialmente depois da saída de Ricky. Salim Cissé dá sinais de querer contribuir e os jovens Cristian Ponde e Chaby também têm impressionado, mas ainda não representarão a solução ideal. Existem ainda questões diversas a exigir clarificação, dentro e fora de relvado, e é de esperar que os próximos dias, com mais amistosos agendados e outros movimentos da SAD, possam contribuir nesse sentido.
Como já tinha escrito em um outro post, a organização destes encontros de pré-época no Canadá deixa muito a desejar. Para além de ser a pior altura do ano para amistosos do género, a promoção levada a cabo foi deveras insuficiente, especialmente considerando duas equipas de pouco cartaz no mercado actual. O Sporting, como era de esperar, esteve mais representado no estádio - constando a presença de devotos sportinguistas de cidades distantes como Montreal e Boston, EUA, mas, mesmo assim, não deu para mais de cerca de 3000 espectadores. Muitíssimo pouco e nem dá para imaginar a origem das receitas para fazer face aos 700 mil dólares de despesa que os organizadores citaram na conferência de imprensa realizada escassos dias antes da chegada da equipa ao Canadá. Terão havido, decerto, outras contrapartidas, e a iniciativa não deixa de ser louvável, especialmente pelo espectáculo.
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