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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
É de prever que desta data até ao primeiro jogo da época - quiçá, até talvez ao dia 31 de Agosto - ainda se verificarão diversas alterações no plantel e na equipa principal do Sporting. Neste momento, o amistoso em Toronto frente ao Peñarol terá sido a primeira verdadeira oportunidade de começar a conhecer um pouco melhor a equipa liderada por Leonardo Jardim:
No acima referido embate, o novo técnico leonino utilizou 18 jogadores, com as sete substituições a surgirem gradualmente ao longo da segunda parte. Também o Peñarol assumiu uma postura semelhante, com o treinador Diego Alonzo a recorrer a 19 jogadores.
Assente no sistema 4x2x3x1, o Sporting começou o jogo com: Rui Patrício, Cédric Soares, Maurício, Rojo e Jefferson; Rinaudo e William Carvalho; Chaby, André Martins e Wilson Eduardo; Cristian Ponde.
Assente no mesmo sistema, acabou com: Marcelo Boeck, Cédric Soares, Eric Dier, Rojo e Jefferson; Adrien Silva e William Carvalho; Carrillo, Labyad e Capel; Salim Cissé.
Os únicos que jogaram os 90 minutos foram Cédric Soares, Marcos Rojo, Jefferson e William Carvalho. Curiosamente, Rojo ainda participou na marcação das grandes penalidades mas depois do jogo foi diagnosticado com um entorse no joelho.
Se é um problema mais profundo, os próximos jogos esclarecerão, mas o sector mais débil da equipa foi o defensivo, com um auto-golo e vários outros erros ao longo do jogo. O meio campo formado por Chaby, André Martins e Wilson Eduardo esteve bem, com o jovem Chaby a destacar-se. Mas foi na segunda parte, pela entrada de Capel e Cissé aos 46 minutos e Zakaria Labyad aos 62, que o Sporting exibiu maior dinâmica e penetração ofensiva que, não ao acaso, levou ao golo do empate por Cissé aos 73 minutos.
O Sporting fez 14 remates no jogo, com 8 a acertarem na baliza, teve 7 cantos a favor, cometeu 12 faltas e sofreu 11, estas muito mais severas, indicativo dos 5 cartões amarelos que os jogadores do Peñarol viram.
No todo do estágio no Canadá - com os dois encontros realizados - os jogadores que mais se evidenciaram foram Cristian Ponde, William Carvalho e Chaby. Muito indica, especialmente ao que concerne Carvalho e Chaby, que serão forte concorrência para um lugar nas 20 finais escolhas de Leonardo Jardim. No inverso da moeda, existem muitas dúvidas sobre André Santos e Diogo Salomão, especialmente este último.
Esta equipa já mostra trabalho feito por mão de Leonardo Jardim, algumas rotinas de agrado, mas ainda está muito longe do que é necessário e desejado para competir pelos lugares cimeiros na I Liga. Como já indicámos em um outro post, a ausência de um 10 continua a evidenciar-se e estamos agora perante a expectativa sobre o impacto ofensivo (golos) que o recém-chegado Fredy Montero vai ter. Com este novo sistema de jogo, Labyad aparece na sua posição mais natural, não como extremo mas sim como interior nas costas do ponta de lança. William Carvalho a ficar na equipa e no onze - algo muito possível - terá maior liberdade para suportar os mecanismos ofensivos, com Rinaudo mais focado na área defensiva. Se Capel não for transferido, será um dos indiscutíveis extremos, ficando a dúvida sobre o outro, entre Carrrillo, Wilson Eduardo, Chaby (talvez) e até Cissé, que não é ponta de lança.
O estágio no Canadá serviu para formar um grupo mais coeso e para trabalhar mecanismos de jogo que Leonardo Jardim visa incutir na equipa. O próximo embate frente à Real Sociedade proporcionará mais um visual do Sporting do momento.
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