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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Já aqui escrevi que este é o momento mais fácil de sempre para ser presidente do Sporting. O susto foi demasiado grande e as expectativas tornaram-se simplesmente nulas. Mas é mais do que justo reconhecer que Bruno de Carvalho exponenciou as virtualidades da situação. Feitas as contas aos seus primeiros meses de mandato, foi quase sempre criterioso no investimento, foi quase sempre paciente na gestão dos dossiers delicados e foi invariavelmente persuasivo na comunicação das suas opções aos sócios e adeptos. Naturalmente, os confrontos com os outros grandes serão um teste importante à solidez do presente élan.
O Benfica passou de rival a besta negra e o FC Porto tornou-se de repente inimigo, naquela que foi porventura a mais ousada medida até ao momento (e, aliás, de resultados ainda por apurar). Perder nos clássicos será, pois, profundamente penalizador. Mas quem hoje vê Bruno de Carvalho ser aplaudido como a maior estrela do Sporting já não estranha. Na verdade, o grande património leonino, hoje em dia, já não são as suas infraestruturas, a sua história ou sequer a sua identidade. O grande património do Sporting, do ponto de vista estratégico, é agora o seu "presidente do povo". Não estou a ver quem mais pudesse ter transformado numa alegria este penoso percurso de regresso à tona de água. E não deixa de ser divertido imaginar os senadores, durante o almoço de domingo com as famílias, cruzando olhares entre as mesas do Porto de Santa Maria. Deram ao pobretanas corda suficiente para ele se enforcar. O pobretanas, habilidoso, fez com ela uma jangada. E agora sempre quero ver quando vai permitir o "presidente do povo" que os iates voltem a navegar naquelas águas... .»
Por Joel Neto - O Jogo
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