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Se todas as batalhas dos homens...

Rui Gomes, em 24.08.13

 

 
... se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras !!!
 

publicado às 04:54

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43 comentários

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De Petinga a 24.08.2013 às 05:11

Acabei de chegar de uma visita à Ásia e verifico que aquilo que previ se confirmou. Já desde há umas 3-4 semanas que tinha certeza deste desfecho, escrevi-o aqui, e penso que o Sporting também.
Nao tenho também grandes dúvidas de que há uma estratégia clara para o aspecto que, também na altura, referi como muito mais importante: o que fazer com Bruma após a vitória na CAP.

Penso que nao será difícil perceber quao descredibilizada fica a "entourage" do jogador depois desta decisao. Claro que Bebiano nao pretende perder face (quem gostaria?) mas está a afundar-se em areia movedica.

O próprio Bruma deve estar com "itchy feelings" vendo a janela de transferencias a fechar e ele sem clube. Nao me parece que vá demorar muito tempo até o Sporting conseguir reintegrar o jogador (ou directamente ou, melhor, mandando o Bruma "apanhar ar" uns meses e depois voltando com mais calma).

Fica também perfeitamente claro neste momento que nunca nenhum dos representantes do jogador quis realmente renovar. Nem no tempo de GL nem na actual Direccao.

Saudacoes Leoninas
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 05:22

Sem ser surpresa de maior, é a primeira pessoa num dia (ontem) recorde no blogue que expressou essa confiança, algo que nem o próprio Sporting sentia, isso lhe posso garantir, com conhecimento de causa.

Até parece que tudo isto obedeceu a uma estratégia premeditada e que o próximo passo também já estava pré-definido.

E... a outra ilação deslumbrada , que "nunca nenhum dos representantes quis realmente renovar", quando o próprio "Bruno" finalmente admitiu que houve um acordo entre a anterior Direcção e o jogador.

Pelo menos é constante com as suas ideias...
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De Petinga a 24.08.2013 às 05:42

A "confianca" de que fala a meu respeito está escrita em comentários anteriores - só precisa de ler o registo histórico do blogue.

E claro que houve acordos. Até com a actual Direccao terá havido acordo para renovar mais do que uma vez, segundo o BdC afirmou mais de uma vez.

Mas explique-me lá entao porque é que, na sua opiniao, nunca foi assinado o tal novo contrato, se houve tantas oportunidades para o fazer?
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De HY a 24.08.2013 às 07:31

RG, também estou convicto que, a partir de certa altura os representantes do Bruma nao queriam mesmo renovar e pretendiam apenas queimar tempo, seja com GL ou com BdC... por isso nunca concluiram o acordo. Isto, alias, diminui as eventuais responsabilidades de todos os dirigentes do Sporting no caso. Alguém esteve sempre por trás deles a prometer mundos e fundos. Nao sabemos é quem. Mas eztivemos sempre face a alguém de total má fé, as declaracoes sucessivas dos figuroes provam-no abundantemente.

Já a continuação me parece mais problematica do quel Petinga julga. Infelizmente,os clubes estao numa posicao fragil nestes casos
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 10:35

A questão é a partir de quando ?... GL é-me indiferente mas pelo que ocorreu então estou convencido que ele teria renovado salvo pelas eleições. Estas tiveram dois efeitos, em contexto: a) a incerteza quanto ao futuro e b) a dificuldade da anterior Direcção arranjar o dinheiro para fechar o negócio. Entretanto, como diz o anónimo mais em a abaixo, aproveitaram o atraso para explorar o estado das coisas.
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De jose a 24.08.2013 às 13:27

Sei que há muita gente aqui que não aceita que o erro foi do GL em não renovar o contrato, na minha opinião foi o grande o erro. Acertar um acordo e não assinar com esta gente é o mesmo que nada e foi o que se viu.
Todos nos sabemos que os empresários são uns sangue sugas, se lançam um miúdo na equipa A e tem sucesso, a palavra deixa de contar e o dinheiro passa a decidir... Depois é um clube que já oferece mais, surge novos acordos, depois atrasam-se e o jogador fez mais um belíssimo jogo, aparece mais um clube com nova proposta e a novela continua...
Na minha opinião, só há uma forma de cortar o mal pela raiz, precaver-se antes de lançar na equipa A, por isso, repito mais uma vez, o erro foi do GL e agora temos que dançar em certa medida a musica dos empresários e por vezes temos que dizer basta e vão para a puta que os pariu.
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 13:36

Se no entendimento da Direcção de Godinho Lopes o contrato era válido até Junho de 2014 - como agora foi confirmado pela CAP - e ele começou a negociar a renovação em Dezembro de 2012 - dois meses depois do jogador atingir os 18 anos de idade, não podia ser antes - e até conseguiu um acordo em fins de Fevereiro ou início de Março - qual era o grande problema salvo terem surgido as eleições que travaram tudo ?

Portanto, na sua óptica - tão fácil falar da bancada - um jogador terá de ter um contrato de 4/5/6 anos antes de ir fazer 3 ou 4 jogos à experiência, na equipa principal. É isto ?
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De Petinga a 26.08.2013 às 05:57

Sem querer ressuscitar um tópico antigo, o caso Ilori demonstra bem qual a política actual. O Sporting nao pode mais voltar a colocar-se em posicoes de fraqueza. E ter um Bruma a titular da equipa A a menos de 12 meses de poder assinar por outro clube é, a meu ver, estúpido e coloca o clube em posicao de fraqueza.

A posicao actual é a que melhor protege os interesses do clube. E nenhum jogador está acima do clube.

Repito, aquilo que sabemos hoje permite-nos dizer, com toda a clareza: nunca, após Dezembro 12/Janeiro 13, esteve nos planos de Baldé renovar contrato entre Bruma e o Sporting.
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De Rui Gomes a 26.08.2013 às 10:27

É a sua opinião, os factos contrariam-no. Além do mais, Ilori como não quer renovar para lá de 2015 vai para a "prateleira" e o Eric Dier , se não está já a acontecer, acontecerá para o ano. Idem aspas para o Nii Plange.

Por outras palavras, um jogador para jogar no Sporting só com contratos de 4/5 anos para cima. Veremos eventualmente o total impacto desta política.

Se BdC pensa que conseguir garantir jogadores acima da média com valores medianos como os que foram aceites pelos outros jovens, vai perder todos os maiores talentos.
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De jose a 26.08.2013 às 16:19

Tem dados que os valores dos jogadores que renovaram contrato são valores medianos?
Eu não conheço os valores mas pelo que posso inferir de ideias transmitidas pelo BC é que inicia com valores medianos e esses valores podem subir rapidamente em função do sucesso desportivo do jogador. Obviamente que se o jogador renovou, mas não obteve sucesso desportivo, ficará com certeza por valores medianos o que é justo.
Mais, depende do que se acha valores medianos, um jogador que ganha 30mil por ano, inicio de carreira a jogar na segunda divisão não é propriamente mediano, seguramente que outros jogadores que estão na segunda divisão e sendo mais velhos, gostariam de auferir esse salário.

Se é que percebi, a sua lógica é lançar na equipa A durante alguns jogos, caso revele que é uma mais-valia, então deverá assinar a renovação?

O erro nos contractos anteriores, é que havia aumento de salário independentemente do sucesso desportivo e se assim for, pode ser um autentico descalabro para o clube porque daqueles miúdos que assinaram, provavelmente não mais 20% irão pertencer a equipa A.
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De Rui Gomes a 26.08.2013 às 17:56

Eu devo ter problemas de comunicação porque o caro leitor nunca compreende o que eu escrevo.

Em parte alguma eu referi essa "lógica" que cita. O que eu disse, por outras palavras, é que a evolução de jovens é muito imprevisível e que há ocasiões em que um qualquer jovem, se evidencia a um patamar superior repentinamente. Quer acredite ou não, a formação não é uma ciência exacta.

É um trabalho muito complexo por quem tem de determinar a um determinado ponto a mais-valia de um formado.

O adepto limita-se a opinar da bancada pós-facto.
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De jose a 26.08.2013 às 18:07

Isso toda a gente sabe que a evolução dos jovens é algo complexo e daí, a direcção vai ficar de braços cruzados? Quantos jogadores promissores desaparecem e outros que nunca apareceram nas camadas jovens surgem nas camadas seniores.
Coloquei a pergunta anterior porque frequentemente vejo que discorda dos novos contratos e não vejo uma opinião concreta da sua parte.
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De Rui Gomes a 26.08.2013 às 18:15

Agradeço que indique onde eu escrevi que discordo dos novos contratos.

O que eu digo e sempre disse é que a) não se pode lidar com todis da mesma maneira e b) que os contratos de longo prazo com jovens, por necessários que sejam, são uma faca de dois gumes, porque bem sabemos que só uma muito pequena percentagem irá dar retorno, desportivo e/ou financeiro.

Não há uma solução ideal para um clube formador como o Sporting que não dispõe de meios financeiros significativos.

Ainda hoje li que o Diogo Rosado, um dos jovens muito promissores da Academia, nem teve lugar no Benfica B e agora assinou por um outro clube qualquer de dimensão inferior.
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De jose a 26.08.2013 às 21:06

Caro Rui, eu não li taxativamente que discorda dos contractos actuais, a minha interpretação dos seus comentários é que a solução dos contractos actuais não é adequada e fico sem saber qual é a sua opinião, daí ter colocado aquela questão no sentido de saber qual é a sua opinião.
Opinar que não há soluções ideais, que são cenários de extrema complexidade, cada caso é um caso; vai desculpar-me mas isso não é nenhuma novidade, isso já todos nós sabemos. Registo algumas observações que faz em relação aos contractos com pertinência, mas acho que seria mais interessante dar algumas soluções, ideias ainda que sejam discordantes, caso contrário parece que é o deita abaixo por deitar…
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De Rui Gomes a 26.08.2013 às 22:21

Meu caro,

Ou visita o blogue há pouco tempo ou então eu não me expresso de modo adequado para si. Quando pretendo criticar não há espaço para equívocos, critico mesmo, e não me preocupa minimamente agradar a "gregos e troianos".

Já escrevi imenso aqui e no jornal "Sporting" sobre a formação e não vou agora reiterar tanto que já sublinhei. Da forma como opina, apresenta um cenário sobre as decisões que afectam a formação como sendo de fácil resolução.

Não sei que mais posso adiantar para o fazer compreender que o Sporting, com esta ou outra política, não tem os meios para defender totalmente os seus interesses no que à formação concerne. Não posso sugerir a solução porque não é realístico dado as limitações do clube.

Por cada caso ser um caso é que não se pode lidar com todos da mesma maneira. Porque será que só existem problemas com a renovação dos jovens que já têm alguma presença no mercado ?... Será porque esta Direcção pretende lidar com eles da mesma forma como lidou com os outros que assinaram logo que lhes apresentaram os documentos ?
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De jose a 26.08.2013 às 17:08

Você não concorda com o modelo que esta direcção está a implementar mas também não sei qual é a sua defesa, vejo apenas que não concorda. Qual é a sua defesa? Lançar na equipa principal e depois abrir os cordões a bolsa?
Em tempos respondeu-me que o sporting já obteve cerca de 100M de euros de retorno e pelo que me apercebi, achou um valor razoável, sinceramente, acho muito pouco, isso em 20 anos, dá 5M por ano, o que é manifestamente pouco e quanto ao retorno desportivo foi praticamente zero. O Ronaldo teve que ser logo vendido porque o contrato acabava no ano seguinte, no ano que jogou nem titular era.
Que me lembre por alto, os jogadores que trouxeram mais-valia desportiva foi o Figo e Peixe, penso que jogaram durante uns 3 anos na equipa principal e selecção, Simão e Nani que jogaram uns dois anos e venderam logo.
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De Rui Gomes a 26.08.2013 às 17:58

O leitor deve estar mandato para uma qualquer missão que me ultrapassa. Coloca constantemente palavras na minha boca e tem interpretações no sentido inverso do que foi escrito.

Queira ler com mais atenção e compreender ainda melhor.
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De jose a 26.08.2013 às 16:06

Há uma coisa que é necessário perceber, sempre que qualquer jogador seja lançado na equipa A e tenha sucesso desportivo, que ganhe visibilidade, ainda que previamente exista algum acordo, estes representantes ou outros de qualquer jogador irão engonhar, queimar tempo para que o acordado não seja levado a nenhuma assinatura, virão com novas propostas, que há clubes interessados e que o jogador ganhará mais e blá blá… e mais histórias do género… tudo para subir o valor das comissões.
Por isso concordo inteiramente com o BC, os jogadores têm que estar precavidos antes de serem lançados na equipa A, com contrato longo e com risco partilhado, isto é, aumento do salário em função do sucesso desportivo do jogador, é uma forma de minimizar os riscos. Se não tiver sucesso, fica com o salário de segunda divisão. O staff profissional lida todos os dias com os miúdos que passaram a seniores, têm obrigação de saber quais são os que têm mais talento e é precaver-se com contractos.
Por isso é que repito mais uma vez que o grande culpado deste imbróglio foi o GL, não vale a pena falar as eleições e mais argumentos do género, mesmo que não houvesse eleições, o contrato só seria assinado se o GL abrisse os cordões a bolsa.
Desde o momento que o Bruna passou a ter visibilidade que passou a ser elogiado pelos críticos do desporto, os representantes nunca mais quiseram assinar. Lembro-me, assim que o Bebiano passou a ser o advogado, uma das primeiras abordagens foi a sua interpretação da validade do contrato e começou logo a dizer que o contrato acabava este ano, ou seja, começou a procurar cenas que dificultasse a assinatura da renovação, a não ser que o valor das comissões subisse.
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De Rui Gomes a 26.08.2013 às 23:59

Até não discordo totalmente com a primeira parte do seu comentário, mas para essa política ser eficaz, é necessário o seguinte:

Não obstante o contrato promessa de Bruma que foi alvo de contestação, o jogador só pode assinar contrato profissional aos 18 anos de idade. Por conseguinte, nessa altura, o Sporting apresenta-lhe um contrato de longo prazo e se o jogador recusar, deve ser imediatamente dispensado do Clube. É plausível, mas não estou certo se o clube quererá ser tão radical, mas é a única opção. A exemplo, o Eric Dier , aos 18 anos assinou um contrato somente de 3 anos, o que não satisfaz esta política de contratos de longo prazo. Portanto, quando ele recusou assinar por mais de 3 anos devia ter sido dispensado.

O Bebiano Gomes já era o advogado do Bruma mas só entrou activamente em cena quando se deu o conflito entre as partes.

Parece haver aqui uma outra consideração que passa despercebida: há bons e maus empresários, mas a maioria dos jogadores necessita de alguém que os represente por falta de meios próprios para o fazer. O empresário não é necessariamente "mau" apenas porque defende os interesses do seu cliente. A realidade é que não são os clubes que defendem os interesses dos jogadores.
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De Anónimo a 24.08.2013 às 09:34

O presidente do SCP repetiu várias vezes que o erro da gestão GL foi deixar o jogador subir e ganhar importância na equipa principal antes de o prender com um contrato mais longo.

Está claro que o ponto de não retorno foi esse: o Bruma passou a ser um titular do SCP com apenas um ano de contrato, e os seus representantes viram numa transferência livre a grande chance de ganharem um saco de notas.

Estou convencido, e as declarações do presidente confirmam-no, que a partir de Janeiro/Fevereiro ninguém mais no SCP conseguiria renovar contrato nenhum, porque a intenção deixou de ser uma progressão de carreira sustentada e passou a ser o jackpot mais proveitoso para os representantes.
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 10:41

Concordo no essencial, mas já há algum tempo que me perturba uma consideração : quantos de contrato é necessário um jogador ter para poder jogar ?

Temos o diferendo com Ilori que tem contrato até 2015 e agora o promissor Nii Plange que fez toda a pré-época com a equipa principal nem na Liga foi inscrito, sem razão aparente, salvo, por coincidência, ter contrato até 2015.

Compreendo, em parte, ligar os jogadores a contratos de 4/5/6 anos, mas como já tive ocasião de dizer, é uma faca de dois gumes, porque é razoável esperar que entre 15 ou 20, apenas 2 ou 3 chegarão à equipa principal.
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De Anónimo a 24.08.2013 às 11:18

Tem sentido a questão, mas penso que não terá uma resposta única, dependerá de critérios de gestão do activo em concreto.

Suponho que terá a ver com a idade do atleta, a fase de evolução técnica, táctica e física, o papel que se antecipa que irá ter na equipa, o ritmo estimado da sua progressão futura, até os potenciais jogadores que o clube possa ter a médio prazo para o substituir após uma eventual transferência.

Seja como for, diria que, à partida, uma transferência negociada a um ano do fim do contrato será sempre menos favorável que a dois ou três, pelo que me parece correcto o princípio de não avançar na valorização de um jogador na equipa principal sem pelo menos 3 anos de contrato pela frente.

Para além disto há a parte remuneratória. Parece-me muito perigoso deixar um jogador ganhar um estatuto desportivo relevante sem que exista um contrato com mecanismos aptos a reflectir financeiramente esse estatuto, à medida que for sendo adquirido.

Dia após dia o jogador sentirá a progressiva divergência entre o que dá desportivamente e o que recebe financeiramente, sentir-se-á penalizado face a outros colegas em que essa divergência é inversa (o que pensará um William ou um Wilson de um Labyad?), e isso criará um clima de insatisfação que depois ajuda a dificultar as renovações dos contratos.

Basta lembrar os casos de Figo e Peixe, que o Sporting permitiu que chegassem a titulares absolutos e internacionais A ao mesmo tempo que lhes pagava ordenados de juniores, com o resultado que se conhece.
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 11:57

Tudo bem, mas algumas comparações não são realísticas. William , José ou o Pedro não têm de se preocupar com o Labyad , até porque cá fora, pela desinformação à conveniência que tem circulado, ninguém sabe ao certo o seu salário. Numa equipa sempre houve e sempre haverá variáveis.

O Fernando Torres quando chegou ao Chelsea como um dos melhores goleadores do futebol, decerto que não mereceu dúvidas pelo seu elevado salário. Desde então, que não tem produzido ao nível esperado, os seus colegas já vão andar preocupados com o seu salário ?... É uma contenda que faz parte natural da indústria.

Concordo que no último ano de contrato tem de se tomar determinadas medidas, mas muito do resto é subjectivo, pelos variáveis.

O que dirá uma Direcção daqui a dois ou três anos quando se vir confrontada com 10 ou 12 contratos de longo prazo dos formados que não atingiram o nível esperado e que terão de ser colocados fora por empréstimo, transferência, etc., e, entretanto, a folha salarial a contabilizar.

Não estou em desacordo com a actual política, mas detesto ver a bancada simplificar uma situação tão complexa, muitos só por ser através das acções do "Bruno" que chegou há dois dias ao futebol e ainda tem léguas por aprender.

Claro que é perigoso deixar um jogador ganhar um estatuto desportivo relevante sem a situação estar precavida, mas muitas vezes isso surge inesperadamente, já que é impossível antecipar a evolução de todos os jogadores com exactidão. Um jovem que milita na equipa B ainda com contrato de 2 anos é chamado à equipa principal para dois ou três jogos e, inesperadamente, faz excelentes exibições que potencialmente precipitam interesse do exterior. Qual é a solução ? Deixar de o jogar pelo "perigo" ou ir logo a correr renovar por mais 4 ou 5 anos. E se aqueles jogos que ele fez são enganadores ?

Tudo matéria muito complexa.
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De jose a 26.08.2013 às 16:39

Do que posso inferir das ideias do BC, o que aconteceu com o Fgo e Peixe, se bem que o peixe virou a flop, não irá acontecer. Os novos contratos, o salário é progessivo em função do sucesso desportivo do jogador, se chegar a titular da selecção A, seguramente que passará a ter um salário muito bom, acredito que se for avançado, poderá estar próximo do tecto salarial, 1M, por outro lado se o clube lhe oferecer 10% do passe, a media que que se valoriza, ganhará mais com a transferência.
Sinceramente, acho a forma mais equilibrada, para defender o jogador e o clube.
Como disse e muito bem, um jogador jovem com salário baixo e que de repente tem sucesso, na lógica salarial antiga, continuaria a ganhar o mesmo salário o que gera alguma frustração.

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De Rui Gomes a 27.08.2013 às 00:04

O único problema com a sua consideração caro José é que não se sabe ao certo as condições contratuais oferecidas aos jogadores que renovaram recentemente. Eu também não sei, mas calculo que sejam relativamente modestas pelas exigências da Banca e da folha salarial. Ficaria muito surpreendido ao vir a saber que qualquer um chegava a um milhão como indica, longe disso.
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De jose a 24.08.2013 às 13:14

Se os contratos forem feitos por objectivos desportivos, podem e devem ser longos para os miúdos da formação porque o risco é partilhado pelo jogador e SCP.
Se os contratos forem do tipo que o GL colou na mesa para o Bruma, discordo, isso sim, é uma faca de dois gumes, segundo o Bebiano, na quarta época ganhara 450mil, isto independentemente do seu sucesso desportivo, é uma espécie do Labyad com salários mais reduzidos, o salario sobe automaticamente, com esta lógica será impossível renovar com 10 miúdos.

Por outro lado se o contrato for do tipo que julgo que é o que está a ser feito:
O jogador começa com um salário que para a idade e jogando na segunda divisão é óptimo, tipo 30 mil por ano, a maioria dos jogadores da segunda divisão, mesmo os mais velhos não auferem este salário.
Se for chamado para a equipa A, ao fim de determinados jogos, aumento de salário, se for titular da A ao fim de x jogos salario aumentado, se for chamado a selecção, aumento, se for titular da selecção A ao fim de x jogos aumento, nesta logica, se um jogador tiver sucesso, pode vir auferir 1M por ano rapidamente.
Por exemplo, se o Bruma assinar um contrato nesta lógica e se for ao mundial e for titular em X jogos na próxima época pode estar a ganhar 1M e ninguém questiona que o salário é alto.
Julgo que os contractos que têm sido realizados ultimamente têm sido deste género, espero bem que sim e se assim for deixa de ser uma faca de dois gumes. Se um jogador não tiver sucesso, ficará sempre com salário baixo.
Em tudo o caso há sempre um risco de um jogador ser bom num determinado intervalo de tempo e depois por razões várias (treinador, problemas familiares, etc) deixar de o ser, ainda assim, acho que é a melhor forma de minimizar os riscos de investimento nos miúdos.
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 13:43

Tudo é plausível no campo teórico, mas há certas realidades que está a ignorar: primeiro, conjecturas sem se saber os números exactos destas renovações que foram feitas recentemente, são apenas isso, conjecturas; segundo, não pode existir uma estratégica idêntica para todos os jogadores, já que os talentos são diferentes; terceiro, o motivo que esta Direcção conseguiu renovações de longo prazo com os 14 jovens com quem já renovou é porque nenhum deles tem, neste momento, grande visibilidade no exterior e impacto no mercado. Com aqueles que têm, a conversa é outra: exemplos, Tiago Ilori, Eric Dier, Nii Plange, Vítor Golas.
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De jose a 24.08.2013 às 14:02

O wilson, o wiliam carvalho não tinha visibilidade, assinaram contrato e neste momento ja foram pre-convocados para a selecção e aqui, como é a historia? foi sorte?
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 14:09

Está a inverter ou a não compreender a questão. Estes jogadores renovaram antes de atingirem os níveis de interesse no mercado como o ilori ou o Eric Dier , a exemplo. Nenhum destes dois já foi convocado ou pré-convocados para uma selecção A e não há clube nenhum no mundo que não os queira imediatamente. Muito por isso, há dificuldades com a renovação do Tiago e o Eric já recusou renovar além de 2016, o seu actual contrato.

E o que é que se passou com o Gael Etock que até recente era uma promessa ao nível do Bruma ?
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 14:14

O todo desta contenda tem de ser revisto pela FIFA que, infelizmente, como quase sempre, tarda a reagir. Há muitos interesses em jogo e política.

Outro aspecto que tem de ser revisto, é os mecanismos de compensação para os clubes formadores. O que existe agora é uma insignificância, pouco mais de um por cento dos valores envolvidos em transferências. Caso contrário, passarão todos a ignorar a formação, a exemplo do FC Porto e do SLB .
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De jose a 24.08.2013 às 14:17

A ideia é mesma essa, renovar antes de atingir níveis no mercado, se assim não for, temos os sangue sugas e nem vale a pena ter academia, vamos formar para os outros... ou se quiser, renovar antes de lança-los na equipa A, é o que têm feito ultimamente, se o Ilori, não tivesse sido lançado na equipa A, ja teria renovado, pk nao tinha visibilidade
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 14:34

Bem meu caro José, a minha palavra final sobre este assunto: o meu ponto principal é que as renovações são fáceis quando, entre outros factores, os jovens estão receptivos.

O Eric Dier chegou aos 18 anos - a idade em que pode assinar um contrato profissional - e concordou assinar/renovar só por 3 anos, até 2016. O que é que se deve fazer com ele ? Relegá-lo para a equipa B ou para o Cercle Brugge ?... O chicote não resulta com todos.
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De jose a 26.08.2013 às 16:55

Quanto ao Dier e outros cujos contractos não foram devidamente salvaguardados ou até um determinado momento foram e por razões várias o jogador despertou mais tarde e a duração já não salvaguarda, na minha óptica não é complicado.

É chama-lo e dizer a verdade, estamos interessados que continues, queremos renovar e bla.. blá… continuarás a valorizar e dentro de mais x anos sais, tens uma percentagem no passe, suponhamos que é no valor de 10%. Se não quiser, o clube não vai valorizar-te para a seguir receber zero… em todo o caso, existe a opção da venda do passe, ele com o seu empresário que arranje clube que compre o passe no valor proporcional ao salário que pretendem auferir. Não arranja, vai pastar… Agora o jogador não pode é achar legitimo não renovar, não comprar o passe e continuar a jogar.

É óbvio que alguns não vão aceitar mas outros irão aceitar, a vida é assim e quanto mais sucesso tiverem os que aceitaram e mais insucesso tiveram os que não aceitaram, mais jovens aderirão a este modelo.
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De jose a 26.08.2013 às 16:31

É importante que os jogadores comecem a entender a lógica do SCP, querem ser valorizados pelo clube, têm que dar retorno financeiro e desportivo ao clube.
Obviamente que se o Ilori não renovar, fica em processo evolutivo ou então, ele e o seu representante tem uma solução, segundo eles, o jogador merece um salário principesco, bem nesse caso, comprem o seu passe de acordo com o salário que pretendem, 7.5 Milhões, está de acordo com o salário que pretende, em tempos li que ele pretendia 750 mil por ano, nesse caso, os 7.5 milhões, até nem é muito.
Se não renovar nem apresentar clube que pague o passe no valor que o SCP pretende, dentro de um ano, ninguém mais quer saber do ilori e nessa altura irão perceber que o verdadeiro motor na valorização dos jogadores é o clube e não os empresários.
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De Anónimo a 24.08.2013 às 12:44

Concordo, é tudo bastante complexo, com muitas variáveis e incertezas. Ninguém será infalível a fazer este tipo de gestão, nem sequer me parece que pelo menos em Portugal tenhamos casos de sucesso claro (o fcp é hábil neste tipo de gestão, mas em jogadores já formados).

No entanto, arrisco dizer que o caso do Bruma - que pelo menos desde os seus 15/16 anos é tido como o maior talento da academia, faltando perceber se evoluiria(rá) para Ronaldo ou para Paim - seria dos menos complexos. Ainda por cima tendo o Sporting experiência esclarecedora quanto à índole do seu \"tutor\".
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 13:56

Meu caro, penso que concordamos quase tudo, especialmente no essencial. Preza-me verificar a sua visão alargada sobre esta muito complexa temática. Muitos só analisam pelas simpatias pessoais, ignorando ou desconhecendo as realidades.

Já escrevi bastante sobre isto: o Sporting, pela sua eterna inferioridade financeira, nunca poderá ter uma solução perfeita à mão para proteger os seus formados, a exemplo do Barça que com o seu poderio cobre todos com contratos longos e elevados e depois não se preocupa minimamente com os insucessos, desportivos e financeiros. Muitos exemplos poderíamos citar.

Concordo com o que cita sobre o aparente potencial de Bruma, mas há sempre a tal regra à excepção que atormenta: Gael Etock , se não exactamente ao mesmo nível de Bruma, muito próximo. Onde está ele ?... Foi relegado para o Cercle Brugge .

E, ainda, como já disse a outro leitor, as recém-inúmeras renovações foram relativamente fáceis para a Direcção porque nenhum dos jogadores em questão já atingiram um nível de impacto no mercado. Os que já têm, a conversa é outra, infelizmente para o Sporting: Tiago Ilori , Eric Dier (recusa renovar além de 2016), Nii Plange e o Vítor Golas.

Só uma palavra final sobre Catio Baldé e não pretendo defender a pessoa, mas há uma outra realidade: não é o Sporting que tem descoberto estes jovens da Guiné, que começou a apostar neles logo em criança, que os sustentou e em muitos casos também as famílias e, eventualmente, os colocou na Academia. Dentro de limites de razoabilidade, não crítico quem visa defender o seu investimento e interesses.

Cumprimentos
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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 14:37

P.S. Deve surgir a comentar com mais frequência, mesmo como anónimo. É o seu tipo de argumentação construtiva e informada que o blogue aprecia, procura e necessita.

Cumprimentos
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De haja luz a 24.08.2013 às 15:44

Rui os seus comentários têm tido grande qualidade, e não se cansa de escrever e ensinar.

Só sublinhar isto que o Rui explicou, para quem já se esqueceu, a FIFA tem regras para contratos de menores, e a anterior direcção agiu em conformidade com essas regras.


José, essas variáveis que refere já existem há muitos anos, essas e outras,chama-se a isso contrato por objectivos.

É por isto, que eu ás vezes não tenho a paciência que o Rui tem, porque há alguém que diz meia dúzia de coisas, e como as pessoas a quem é dirigida a mensagem, não são do meio desportivo, olham para aquilo como algo surpreendente.

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De Rui Gomes a 24.08.2013 às 16:18

Bem, Haja Luz, como bem sabe, o objectivo primordial do blogue é debater questões normalmente associadas ao Sporting, e muito menos pessoas. Estas, usualmente protagonistas e acções diversas no clube ou no futebol, serão alvos de crítica quando crítica se justifique, o que nem sempre é o caso.

O facto de algumas pessoas serem menos informadas do que outras não altera essa disposição. Tentamos, dentro do possível, fazer valer os nossos princípios, reconhecendo, no entanto, que não somos donos da moral e da razão.

Além do acima referido, há pessoas com conceitos diferentes dos nossos e são esses conceitos que debatemos com frequência. Desde que o debate seja construtivo e que não se ofenda ninguém, tudo é admissível. Também, se não houver opiniões contrárias tornava-se tudo muito monótono.

Cumprimentos
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De sergiom a 24.08.2013 às 17:15

"A evolução existe quando se verificam visões diferentes sobre a mesma matéria."

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De haja luz a 24.08.2013 às 16:42

Estou de acordo Rui, quando a troca de ideias é feita de forma correcta, é benéfica.
Mas tenho que ser sincero, não tenho a paciência que o Rui tem, com indivíduos que, por muito boas explicações que se dê, estão sempre a tentar arranjar algo, para poderem pegar.
Isto é, eles não estam preocupados em defender a verdade ou o clube, mas sim com os interesses que os movem.

E mais uma vez o meu agradecimento, pelas verdadeiras aulas que tem dado em determinados temas.

Cumprimentos
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De haja luz a 24.08.2013 às 18:06

Podes ter pensamentos diferentes sobre a mesma matéria e ambos estarem errados.
A evolução existe, quando esses pensamentos são a verdade.
Só no caminho da verdade, há evolução

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