De jose a 24.08.2013 às 13:14
Se os contratos forem feitos por objectivos desportivos, podem e devem ser longos para os miúdos da formação porque o risco é partilhado pelo jogador e SCP.
Se os contratos forem do tipo que o GL colou na mesa para o Bruma, discordo, isso sim, é uma faca de dois gumes, segundo o Bebiano, na quarta época ganhara 450mil, isto independentemente do seu sucesso desportivo, é uma espécie do Labyad com salários mais reduzidos, o salario sobe automaticamente, com esta lógica será impossível renovar com 10 miúdos.
Por outro lado se o contrato for do tipo que julgo que é o que está a ser feito:
O jogador começa com um salário que para a idade e jogando na segunda divisão é óptimo, tipo 30 mil por ano, a maioria dos jogadores da segunda divisão, mesmo os mais velhos não auferem este salário.
Se for chamado para a equipa A, ao fim de determinados jogos, aumento de salário, se for titular da A ao fim de x jogos salario aumentado, se for chamado a selecção, aumento, se for titular da selecção A ao fim de x jogos aumento, nesta logica, se um jogador tiver sucesso, pode vir auferir 1M por ano rapidamente.
Por exemplo, se o Bruma assinar um contrato nesta lógica e se for ao mundial e for titular em X jogos na próxima época pode estar a ganhar 1M e ninguém questiona que o salário é alto.
Julgo que os contractos que têm sido realizados ultimamente têm sido deste género, espero bem que sim e se assim for deixa de ser uma faca de dois gumes. Se um jogador não tiver sucesso, ficará sempre com salário baixo.
Em tudo o caso há sempre um risco de um jogador ser bom num determinado intervalo de tempo e depois por razões várias (treinador, problemas familiares, etc) deixar de o ser, ainda assim, acho que é a melhor forma de minimizar os riscos de investimento nos miúdos.
Tudo é plausível no campo teórico, mas há certas realidades que está a ignorar: primeiro, conjecturas sem se saber os números exactos destas renovações que foram feitas recentemente, são apenas isso, conjecturas; segundo, não pode existir uma estratégica idêntica para todos os jogadores, já que os talentos são diferentes; terceiro, o motivo que esta Direcção conseguiu renovações de longo prazo com os 14 jovens com quem já renovou é porque nenhum deles tem, neste momento, grande visibilidade no exterior e impacto no mercado. Com aqueles que têm, a conversa é outra: exemplos, Tiago Ilori, Eric Dier, Nii Plange, Vítor Golas.
De jose a 24.08.2013 às 14:02
O wilson, o wiliam carvalho não tinha visibilidade, assinaram contrato e neste momento ja foram pre-convocados para a selecção e aqui, como é a historia? foi sorte?
Está a inverter ou a não compreender a questão. Estes jogadores renovaram antes de atingirem os níveis de interesse no mercado como o ilori ou o Eric Dier , a exemplo. Nenhum destes dois já foi convocado ou pré-convocados para uma selecção A e não há clube nenhum no mundo que não os queira imediatamente. Muito por isso, há dificuldades com a renovação do Tiago e o Eric já recusou renovar além de 2016, o seu actual contrato.
E o que é que se passou com o Gael Etock que até recente era uma promessa ao nível do Bruma ?
O todo desta contenda tem de ser revisto pela FIFA que, infelizmente, como quase sempre, tarda a reagir. Há muitos interesses em jogo e política.
Outro aspecto que tem de ser revisto, é os mecanismos de compensação para os clubes formadores. O que existe agora é uma insignificância, pouco mais de um por cento dos valores envolvidos em transferências. Caso contrário, passarão todos a ignorar a formação, a exemplo do FC Porto e do SLB .
De jose a 24.08.2013 às 14:17
A ideia é mesma essa, renovar antes de atingir níveis no mercado, se assim não for, temos os sangue sugas e nem vale a pena ter academia, vamos formar para os outros... ou se quiser, renovar antes de lança-los na equipa A, é o que têm feito ultimamente, se o Ilori, não tivesse sido lançado na equipa A, ja teria renovado, pk nao tinha visibilidade
Bem meu caro José, a minha palavra final sobre este assunto: o meu ponto principal é que as renovações são fáceis quando, entre outros factores, os jovens estão receptivos.
O Eric Dier chegou aos 18 anos - a idade em que pode assinar um contrato profissional - e concordou assinar/renovar só por 3 anos, até 2016. O que é que se deve fazer com ele ? Relegá-lo para a equipa B ou para o Cercle Brugge ?... O chicote não resulta com todos.
De jose a 26.08.2013 às 16:55
Quanto ao Dier e outros cujos contractos não foram devidamente salvaguardados ou até um determinado momento foram e por razões várias o jogador despertou mais tarde e a duração já não salvaguarda, na minha óptica não é complicado.
É chama-lo e dizer a verdade, estamos interessados que continues, queremos renovar e bla.. blá… continuarás a valorizar e dentro de mais x anos sais, tens uma percentagem no passe, suponhamos que é no valor de 10%. Se não quiser, o clube não vai valorizar-te para a seguir receber zero… em todo o caso, existe a opção da venda do passe, ele com o seu empresário que arranje clube que compre o passe no valor proporcional ao salário que pretendem auferir. Não arranja, vai pastar… Agora o jogador não pode é achar legitimo não renovar, não comprar o passe e continuar a jogar.
É óbvio que alguns não vão aceitar mas outros irão aceitar, a vida é assim e quanto mais sucesso tiverem os que aceitaram e mais insucesso tiveram os que não aceitaram, mais jovens aderirão a este modelo.