De jose a 26.08.2013 às 16:06
Há uma coisa que é necessário perceber, sempre que qualquer jogador seja lançado na equipa A e tenha sucesso desportivo, que ganhe visibilidade, ainda que previamente exista algum acordo, estes representantes ou outros de qualquer jogador irão engonhar, queimar tempo para que o acordado não seja levado a nenhuma assinatura, virão com novas propostas, que há clubes interessados e que o jogador ganhará mais e blá blá… e mais histórias do género… tudo para subir o valor das comissões.
Por isso concordo inteiramente com o BC, os jogadores têm que estar precavidos antes de serem lançados na equipa A, com contrato longo e com risco partilhado, isto é, aumento do salário em função do sucesso desportivo do jogador, é uma forma de minimizar os riscos. Se não tiver sucesso, fica com o salário de segunda divisão. O staff profissional lida todos os dias com os miúdos que passaram a seniores, têm obrigação de saber quais são os que têm mais talento e é precaver-se com contractos.
Por isso é que repito mais uma vez que o grande culpado deste imbróglio foi o GL, não vale a pena falar as eleições e mais argumentos do género, mesmo que não houvesse eleições, o contrato só seria assinado se o GL abrisse os cordões a bolsa.
Desde o momento que o Bruna passou a ter visibilidade que passou a ser elogiado pelos críticos do desporto, os representantes nunca mais quiseram assinar. Lembro-me, assim que o Bebiano passou a ser o advogado, uma das primeiras abordagens foi a sua interpretação da validade do contrato e começou logo a dizer que o contrato acabava este ano, ou seja, começou a procurar cenas que dificultasse a assinatura da renovação, a não ser que o valor das comissões subisse.
Até não discordo totalmente com a primeira parte do seu comentário, mas para essa política ser eficaz, é necessário o seguinte:
Não obstante o contrato promessa de Bruma que foi alvo de contestação, o jogador só pode assinar contrato profissional aos 18 anos de idade. Por conseguinte, nessa altura, o Sporting apresenta-lhe um contrato de longo prazo e se o jogador recusar, deve ser imediatamente dispensado do Clube. É plausível, mas não estou certo se o clube quererá ser tão radical, mas é a única opção. A exemplo, o Eric Dier , aos 18 anos assinou um contrato somente de 3 anos, o que não satisfaz esta política de contratos de longo prazo. Portanto, quando ele recusou assinar por mais de 3 anos devia ter sido dispensado.
O Bebiano Gomes já era o advogado do Bruma mas só entrou activamente em cena quando se deu o conflito entre as partes.
Parece haver aqui uma outra consideração que passa despercebida: há bons e maus empresários, mas a maioria dos jogadores necessita de alguém que os represente por falta de meios próprios para o fazer. O empresário não é necessariamente "mau" apenas porque defende os interesses do seu cliente. A realidade é que não são os clubes que defendem os interesses dos jogadores.