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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Regressado de férias ao Camarote Leonino venho bem contente com a nossa equipa de futebol. Exibições agradáveis e excelente atitude (com excepção de uma branca de 20 minutos com o Benfica) dão enorme esperança para o resto da época. Podemos até beneficiar em relação ao Porto e ao Benfica do facto de não estarmos nas competições europeias para eventualmente nos intrometermos nos lugares de topo e ganharmos as taças nacionais, mas isto já sou eu a sonhar.
Foi mesmo uma pena não termos conseguido renovar e garantir Bruma e o Ilori esta época (no final da qual provavelmente estariam até mais valorizados depois do Mundial no Brasil, embora reconheça que os valores de venda foram bem interessantes tendo em conta as condicionantes) e aí sim acredito que estaríamos em boas condições para surpreender. Para compensar, foi com alegria que vi manter-se Rui Patrício, jogador fundamental e que é nesta altura o expoente da nossa formação.
Tenh lido na imprensa que esta Direcção tem feito uma aposta na formação o que é confirmado pelos próprios e é citado o número das 17 renovações e dos 6 que jogaram na equipa titular (mais o Eric Dier na segunda-parte) no passado Sábado. Correndo o risco de ser contra-corrente (faz parte do ser sportinguista senão seria lampião) não posso deixar de discordar, pelo menos em parte:
1. A formação do Sporting é hoje liderada por pessoas com pouca ou nenhuma experiência nesta área e como expoente do que digo surge o Virgílio, o responsável máximo da Academia;
2. Ao contrário do prometido na campanha eleitoral e à semelhança do que foi feito pelo Godinho Lopes, fizeram-se muitas contratações; se não estou em erro, 9 para a equipa principal e 2 para a equipa B, o que é um exagero olhando para o potencial dos nossos jovens da Academia. Assim obviamente tapamos as oportunidades destes aparecerem num ano em que tinham tudo para dar nas vistas, até pelas baixas expectativas e grande tolerância dos adeptos este ano. A grande maioria vai passar o ano a jogar na equipa B sob a tutela de u treinador que não tem nada a ver com o Leonardo Jardim. O que tem valido à nossa "cantera" é que algumas daquelas contratações ainda não deram mostras de ser uma mais-valia para o Sporting e apenas 3 foram titulares com o Benfica: Maurício (dá tudo em campo mas tem que ser mais inteligente na abordagem a alguns lances), Jefferson (muita dinâmica e boa exibição contra o Benfica) e Montero (a grande revelação até agora, que só espero mantenha a humildade e evite repetir jogadas com a que tirou o 2-0 ao Wilson).
3. Jogadores promissores e prontos a jogar ao mais alto nivel como Iuri, Rúben Semedo, Tobias Figueiredo, Mica, João Mário, Chaby, Esgaio e Betinho, entre outros estão tapados pelas novas contratações. Por outro lado,olhando para a nova concorrência que entrou ontem, duvido que produtos da Academia como o Cédric e o André Martins se mantenham muito mais tempo como titulares.
A minha conclusão é que apesar do discurso oficial ser diferente, esta época optou-se por uma política de resultados mais imediatos, o que pode ser defensável, uma vez que o investimento feito tem sido equilibrado até pelas limitações impostas pela banca e porque o tal dinheiro prometido nunca chegou a entrar. Agora não nos atirem areia para os olhos com a questão da aposta na formação e a conversa de dar 3 anos para o crescimento da equipa. A verdade dos factos é que a aposta, tal como no tempo do Godinho Lopes é o imediato e, em minha opinião, as grandes diferenças agora em relação ao anterior Presidente estão nos menores custos das novas contratações e na maior capacidade do treinador (apesar do erro da 1.ª substituição de Sábado que no papel até parecia lógica, mas que nos tirou a vitória).
Texto da autoria de City Lion
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