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Estrutura e Sócios - 6 meses depois

Rui Gomes, em 05.09.13

Capítulo I - Do que não gostei

 

- Não gostei das promessas vazias, quer de disponibilidades de Tesouraria, quer de investidores para aumentos de capital. Como aqui tínhamos

dito, não havia ninguém que, na situação anterior, se aventurasse a ventilar a SAD com os valores necessários. E o único que, de algum modo, o fez - o Sr. Sobrinho - bem como os outros que ainda o poderão fazer a curto/médio prazo (sindicato de entidades com ligações ao BES/KPMG ou seja, ao anterior Conselho Fiscal), tinham sido caracterizados pelo actual Presidente como "indesejáveis".

 

- Não gostei da declaração de que o terceiro homem do futebol era ele - o Presidente. Depois de todo o suspense criado em volta do misterioso personagem, afinal nunca existiu nenhum terceiro elemento.

 

- Não gosto deste marasmo de indecisão quanto à tão reclamada Auditoria de Gestão. Afinal, tanto barulho para nada... Acreditem quando digo que, se o Conselho Fiscal assim o quisesse, em dois meses teria organizado e posto em marcha esta Auditoria. Aparentemente não haverá vontade - ou será competência - para a conduzir, pois passado todo este tempo não sabemos de absolutamente nada.

 

- Não gostei nada da celebração de um Protocolo entre a Fundação Sporting e a Fundação do Presidente do Sporting. Isto configura uma mistura de papeis que não é de todo aceitável e que revela amadorismo e evidente conflito de interesses - para me ficar pelo mínimo que lhe posso chamar - na gestão do património associativo.

 

Texto da autoria de Desert Lion

 

Amanhã: Capítulo II "Do que gostei"

 

publicado às 03:16

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23 comentários

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De Fredy a 05.09.2013 às 09:40

Excelente post.
Concordo na totalidade.
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De Rui Gomes a 05.09.2013 às 10:51

Caro Desert Lion,

Só o venho contrariar em um ponto: sempre existiu o "terceiro elemento", em facto, está lá, mas assim como foi decidido mantê-lo no anonimato durante a campanha eleitoral foi também posteriormente decidido que era mais conveniente deixar ficar as coisas assim, especialmente face ao despedimento de Mário Patrício e Diogo Matos, cuja uma única causa foi por terem dado a cara, não obstante a sua reconhecida mais-valia.

Um abraço
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De HY a 05.09.2013 às 13:20

Mas o Rui Gomes não escreveu uns posts a dizer que o terceiro elemento era o Abel???

Sobre o Diogo de Matos etc...não discuto a sua mais valia, mas quando um empregado se apresenta numa às eleições lista para passar a fazer parte da direcção e perde...como pode a nova direcção ter confiança nele como empregado?? Até pode acontecer, mas conhece muitos casos assim? Eu acho que o Diogo sabia muito bem que a sua candidatura significaria o fim da sua carreira na academia em caso de derota, é uma questão de confiança "política", era inevitável.
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De Rui Gomes a 05.09.2013 às 14:13

Foi precisamente que eu sempre escrevi.

Só mencionei os outros dois no sentido de terem dado a cara sabendo das consequências.

Seguindo a sua lógica, que até se admite, no caso de Bruno de Carvalgo ter sido derrotado, o tal misterioso 3.º elemento teria, hipotéticamente, ficado na estrutura sob José Couceiro, potencialmente em oposição ao mesmo.

A minha opinião pessoal sobre isto ?... Eu, se estivesse no lugar, não consideraria Matos e Patrício como despedimentos automáticos. Ponderaria a sua competência, os seus muitos anos de trabalho de qualidade na Academia e conversaria com os mesmos sobre potenciais conflitos. Só depois tomaria uma decisão e, à partida, sintir-me-ia muito inclinado a dar-lhes o benefício da dúvida, pela sua mais-valia. Mas isto sou eu.
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De HY a 05.09.2013 às 14:41

Posso concordar com a sua visão. Na verdade não sabemos nem se o BdC procedeu ou não a semelhante tipo de análise, nem se o Diogo estaria sequer disposto a continuar com a nova direcção...
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De jose a 05.09.2013 às 10:54

Em relação a auditoria até concordo, gostava que fosse mais rápida mas se for rápida e mal feita, mas vale aguardar. Acredito que haja algumas chantagens e estejam aguardar para o momento mais oportuno.
Quero uma auditoria à gestão, esmiuçada, detalhada para fazermos as pazes com o passado, a ver vamos se foi só incompetência durante estes últimos 20 anos, foi uma gestão péssima de mais para ser só incompetência.
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De AM a 05.09.2013 às 15:18

Mais um excelente post.
A questão da (in)disponibilidade financeira prece hoje clara:o único dinheiro que entrou nos meses seguintes à tomada de posse foram os 16,5 M injectados pela banca, conforme dito pelo presidente no programa "Dia seguinte".
Essa falta de liquidez,em que a que existia era a dada pela banca sob estritas condições, terá tido também um papel importante nas dificuldades em fazer certas renovações e em lidar com a folha salarial encontrada.
Mas poderia e devia ter havido outra comunicação.
Também estou curioso em relação ao aumento de capital(os 18M) e como será feito.

O caso da Auditoria de Gestão é incompreensível.Pode-se especular muito em relação a isso,até dizendo que não há dinheiro,mas BdC terá que a fazer.Foi um compromisso demasiado propalado para ser de outra forma.
Mas a demora é absurda.

O caso da Fundação é o caso da mulher de César.
Também não me parece uma decisão prudente,mas não poria em causa a seriedade das pessoas.Também temos que ter algum cuidado porque é uma fundação que executa um trabalho altamente meritório(como a nossa).

PS-o caso dos "excedentários" vai-se desenrolando como se esperava.Vamos esperar que as coisas se resolvam até ao último dia da janela de transferências,nos mercados ainda disponíveis.

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De jose a 05.09.2013 às 16:16

Alguns já foram resolvidos... mas continuamos a ter 4 pesos mortos que representa uma grande fatia do orçamento para nada.
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De AM a 05.09.2013 às 16:40

Jogadores como Labyad ou Jeffrén não são pesos mortos.Assim como os outros.
Mas se não jogam...tornam-se pesos mortos.Repito o que já disse,se não contam,muito bem...saem.Se ficarem então fosse qual fosse a estratégia,falhou.Mas vamos aguardar.O prazo ainda não acabou.
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De jose a 05.09.2013 às 17:04

Você quer colocar o Labyad a jogar só porque é caro? Idem para o Jeffren? O Jeffren foi dos jogadores contratados pelo GL que mais acreditei, por razões várias, nomeadamente as lesões tornaram-no num flop. O Labyad não tem mostrado o valor que prometia ter. Acontece, é possível que aconteça o mesmo ao Bruma na Turquia.

O Sporting tem que pensar é na valorização da sua equipa e não do jogador A ou B. Neste momento, nenhum dos jogadores que referiu têm lugar na equipa.

São pesos mortos porque face o custo vs rendimento não trazem mais-valia, só despesas. Já imaginou se fossem transferidos para outra equipa, quanto o Sporting pouparia? Provavelmente daria para pagar todas as renovações dos jovens e ainda sobrava.

Alguns por aqui dizem que não desaprendem de um ano para outro e aparentemente parece que é esta direcção que não vão com a cara destes jogadores porque vieram da direcção anterior. Então se são assim tão bons como é que não aparece clubes interessados em ficar com eles, não pagando o passe, pagando apenas o salário? Dois milhões por ano em muitas ligas da Europa para avançados bons, é relativamente barato, mesmo assim não aparecem.
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De AM a 06.09.2013 às 01:51

Caro José,só agora pude vir ao blogue e ler a sua resposta.
O que diz é muito comum e encontra-se muito na blogosfera.Podíamos estar aqui a discutir opiniões sobre jogadores durante muitas horas e não chegar a conclusão nenhuma.

O Labyad em particular jogou tão mal o ano passado como o Adrien ou o Cédric,que este ano estão a jogar bastante bem.Não é por alguns jogos menos conseguidos na pré-época que se exclui um jogador.É uma decisão de fundo.Pensada.

Mas eu não quero nada.Aceito totalmente que o meu clube(ou qualquer clube) tome as decisões quanto ao plantel que quer ter.
Como disse num comentário anterior Keith Burkinshaw dispensou Manuel Fernandes e os Sportinguistas aceitaram.
O que já não se pode aceitar é termos esses jogadores a ganharem salários supostamente incomportáveis e não jogarem.

Ou será que por não jogarem ganham menos?
Labyad é apenas um exemplo embora os salários "incomportáveis" sejam atribuídos também aos restantes(menos,talvez,a Evaldo).
Mas vai verificar que se não forem transferidos até ao fim do prazo os seus salários são totalmente comportáveis.

Mas como já disse espero que a questão se resolva.
Em qualquer caso de certeza que falaremos disto novamente e garanto-lhe que se tudo for resolvido adequadamente cá estarei para aplaudir.
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De Anónimo a 05.09.2013 às 16:30

O terceiro elemento existiu e existe mas provavelmente Bruno nunca pensou que se viesse a dar tanta importância ao tema e decidiu concluir o tema dessa forma demagógica que agrada aos seus indefectíveis e nao chateia quem deu pouca importância: trata se de Miguel Sampaio, filho do Daniel Sampaio, que ja lá estava e lá ficou, desta feita absorvendo toda a parte de suposto apoio psicológico na academia e despedindo se as psicólogas existentes. Obviamente depois de tudo o que se passou Bruno sabia que nao iria cair bem saber se que o nome era esse, pelo papel fundamental do clã Sampaio na sua ascensão. De resto há mais coisas a desgostar assim com
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De Anónimo a 05.09.2013 às 16:35

(Cont) assim como a gostar. Ja fez muita coisa boa sendo que uma que carece de confirmação mas que parece suceder é nao ter dado tacho a toda a gente a quem o terá prometido (cadetes, venancios, Freitas lobos, etc). O tempo o dirá mas se nao o fizer marca pontos.
Ricardo Santos
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De HY a 05.09.2013 às 16:50

Gostava de perceber quem é afinal o terceiro elemento: o BdC? o Aurélio Pereira? o Abel? o psicólogo?

Todos criticam mas cada um tem uma ideia diferente... Bom aqui o BdC tem as suas responsabilidades por não o ter dito claramente...mas acho que as críticas neste aspecto se baseiam mais em assunções pessoais que em factos.
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De Rui Gomes a 05.09.2013 às 17:05

Precisamento por isso, sempre louvei a frontalidade de Diogo Matos e Mário Patrício em assumirem as suas posições mesmo reconhecendo as eventuais consequências.
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De jose a 05.09.2013 às 18:07

Tem conhecimento que o terceiro elemento era o filho do Daniel Sampaio ou é apenas demagogia?

Há certas coisas que não vejo relevância ainda que tenha feito parte da campanha.

Uns dirão, mas então as promessas para que servem? As promessas servem para transmitir uma linha de liderança, um rumo de gestão, temos que avaliar se o conjunto das promessas estão a ser cumpridos e não promessa a promessa, isso não faz qualquer sentido, quer nos clubes, quer na política ou noutro sistema da sociedade.
No conjunto, o Sporting quanto a mim, está a ter um rumo bem definido, está a ganhar o respeito e uma gestão até ver, é notável. Digo mais, tem feito mais nestes últimos 6 meses do que as direcções anteriores juntas.
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De jose a 05.09.2013 às 17:55

O que é que acham do comentário do Miguel Lopes acerca do presidente do SCP? Foi comprado pela gestão do GL. Lembramos que o Miguel Lopes é sócio do Sporting e dos poucos jogadores que estavam em condições de votar nas últimas eleições.

"Está a fazer um excelente trabalho. Troca os interesses pessoais pelos do Sporting. Está presente, está perto dos jogadores, dos adeptos e da equipa técnica. É de louvar a presença dele no banco, está lá para ajudar a equipa a ganhar", sublinhou o jogador, em declarações à TSF.
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De Rui Gomes a 05.09.2013 às 17:59

O MIguel Lopes tem todo o direito à sua opinião.
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De Sérgio Gomes a 05.09.2013 às 20:10

E é uma opinião de quem esteve efectivamente lá dentro.
E não de alguém que "sonha" com o que se passa lá dentro ou que ouve dizer por alguma "fonte".

É preciso destacar este ponto. Porque se fosse ao contrário, seria um argumento prontamente usado pelo Rui Gomes ou por outras pessoas que não têm simpatia por esta direcção/presidente.
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De Rui Gomes a 05.09.2013 às 22:50

Meu caro, não venha para aqui "atirar pedras" ou dar-se à presunção de saber o que os outros sabem ou sonham.

Desde quando é que um jogador, pelo mero facto de ser jogador, é dono da verdade e da razão ?

Terá de inventar melhores argumentos !
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De Sérgio Gomes a 07.09.2013 às 19:17

Ele não é dono da verdade e da razão, tal como o Rui Gomes não é, tal como eu não o sou... e por aí fora. A questão não é essa.

Mas o jogador esteve efectivamente "lá dentro", já o senhor e eu próprio, não estivemos. E isso faz toda a diferença.

Eu não disse que ele tinha razão por ser jogador, mas sim porque é uma pessoa que esteve efectivamente dentro desta nova estrutura do Sporting. Não se baralhe.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 19:44

Meu caro, não faço juízo de Miguel Lopes nem ele me interessa, mas lidei anos e anos com jogadores e sem muito bem o que a "casa gasta".
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De Lion81 a 05.09.2013 às 22:32

Concordo com alguns dos pontos mas por enquanto ainda discordo de um. A prometida auditoria. Do meu ponto de vista, estes meses foram complicados para que tal auditoria se realizasse. Mercado, renovações, dispensas, rescisões... Até posso estar enganado mas ainda acredito que se realize numa altura que haja maior estabilidade e normalidade do dia-a-dia do clube. Depois há outro ponto a ter em conta. O Presidente tem uma virtude/defeito. Quer estar em tudo e em todo o lado. É bom para umas coisas, acaba por ser mau para situações deste tipo. De qualquer forma acho melhor assim, que esteja em tudo e em todo o lado. Consegue-se melhor controlo/gestão. Vamos ver até quando aguenta as "4 horas por noite". Contínuo a dar-lhe o meu benefício de dúvida. Acho positivo o trabalho até agora realizado. Há coisas que só se conseguirão ver a longo prazo como é o caso da liderança da Academia pelo Sr. Virgílio. Costuma dizer-se que "em equipa que ganha não se mexe" e a Academia até agora sempre deu frutos. Mudou a direção, veremos a partir de agora.
Quanto aos milhões, é mau prometer e não cumprir, mas se não prejudicar e a gestão até der os seus resultados, acho que por enquanto não se justifica que seja apontado. Provavelmente numa altura que o clube esteja mais estável, até é possível que ainda apareçam.
Concordo com a questão das Fundações. Há conflito de interesses independentemente de haver "boas intenções". SL

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