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Não me revejo...

Rui Gomes, em 06.09.13

 

 

Celebrava euforicamente a vitória de Portugal sobre a Irlanda do Norte e a magnífica exibição do "nosso" Cristiano Ronaldo, quando deparei com o que eu considero ser uma triste notícia sobre o comunicado do Sporting à CMVM, participando a rescisão de contrato com Bojinov por "abandono de trabalho". Reagi prontamente, em fúria, e escrevi um texto em tom bastante agressivo. Entretanto, o meu bom senso prevaleceu, felizmente, e levou-me a fazer pausa e a reflectir ponderadamente a contenda.

 

Limito-me, portanto, a declarar que não me revejo neste tipo de acções por parte do meu Clube. Será ingenuidade minha ?... É muito possível, mas acima de tudo penso que a minha devoção pelo Sporting faz com que esteja a levar estas coisas a sério de mais. Não vale a pena !!!

 

publicado às 23:52

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48 comentários

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De sergiom a 07.09.2013 às 00:23

O caro Rui não se revê neste tipo de ações mas deve compreender a necessidade das mesmas para a ressurreição do Sporting. Hoje Agostinho Abadé proferiu declarações que são o espelho disso mesmo, ou era este o caminho ou muito provavelmente já não existia clube.

Bojinov, vai com certeza arranjar um clube onde se sinta acolhido e desejado.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 00:45

Não.., não compreendo a necessidade e, ainda menos, a mentalidade de que os fins justificam todos e quaisquer meios.

O Bojinov só se for parvo é que não disputa esta acção perante as respectivas instâncias.

Essa do já não existia clube, não pega aqui.
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De sergiom a 07.09.2013 às 19:33

A expressão não é minha mas de quem esteve lá dentro.

A expressão " O Sporting não tem salvação" é de Nobre Guedes. Quem poderia conhecer melhor o clube e a área da tesouraria.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 19:57

Meu caro, eu melhor do que alguns sei reconhecer o estado lastimoso do Sporting e a profundidade da sua crise. Agora, o clube existe há 107 anos, já atravessou outras crises e salvar-se-ia sem estes líderes , de uma forma ou outra.

Sem menosprezar algumas das coisas positivas que têm sido levadas a cabo, recuso idolatrar esta liderança assim como nunca fiz com nenhuma outra, nem perder a objectividade.
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De sergiom a 07.09.2013 às 22:49

Mas caro Rui acredite que eu não estou a idolatrar ninguém, óbvio que pelas opiniões trocadas eu gosto mais desta direção que o Rui, mas eu só estava reforçar a existência de clube ou não no futuro, e pelas palavras da pessoa Nobre Guedes a sobrevivência estava em causa, e Agostinho Abade reforçou essa ideia há dois dias.

E havia já muitos associados que se punham essa questão, foi um facto que foi equacionado.

É verdade que em 107 anos já atravessamos outras crises, e o caro Rui que já esteve lá dentro e que viveu algum momento mais difícil, provavelmente não terá, felizmente, passado por nada deste género. Só me recordo de um período em que João Rocha, também por dificuldades financeiras, esteva a época quase a arrancar e ainda não tinha plantel.

Mas depois retomamos o bom caminho, João Rocha conseguiu muito patrimonio e mesmo com Sousa Cintra, foi um presidente que merecia ter sido campeão, tivemos sempre boas equipas.

A verdade é que se este período não foi o pior, foi dos mais negros.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 23:23

Caro Sergiom , o termo não foi dirigido a si, mas na generalidade pelo momento que atravessamos.

Ninguém minimamente sensato pode discordar que os últimos tempos foram "negros". A gestão desportiva foi horrorosa e eu muito a critiquei.

É verdade que não sou grande admirador desta Direcção, nomeadamente do presidente, ele, sobretudo, mas pela minha posição muitos pensam que sou defensor da última gestão, o que não é e nunca foi o caso. Godinho Lopes até fez algumas coisas boas mas tudo é ofuscado pela gestão desportiva e pelos gastos, claro. Mas, como já disse inúmeras vezes, a grande ironia é que se os resultados tivessem aparecido e se tivesse ganho alguma coisa, ainda hoje estaria no poder.

No contexto futebol, por muito relevante que a equipa principal seja, o que mais me preocupa é a formação e a reestruturação de recursos humanos nesta. O problema é que contrário aos profissionais, as consequências com a formação levam alguns anos para se poder avaliar. Concordo, por exemplo, que era necessário uma melhor definição de pessoas e cargos e alguma "limpeza" - aliás , GL também fez isso até um certo ponto - mas algumas nomeações, mais por simpatias do que por competência, poderão vir a ser cruciais. Inclusive, e já afirmei isto em outras ocasiões, a exemplo radical do que aconteceu com Sá Pinto, também a promoção de Abel Ferreira for precipitada. Na minha opinião, não tem experiência suficiente para liderar profissionais e, especialmente, na fase mais crucial de todas, a transacção entre a formação e a equipa principal. Dito isto, pode-me provar errado, mas penso que não. Um atenuante , ou seja, um factor que minimiza quais eventuais danos, é a frequência com que Leonardo Jardim convoca os da equipa B para treinar com ele. Excelente medida, na minha opinião. Muito por isto, também eu tenho insistido que Labyad , pelo seu talento, a ser integrado, teria de ser na principal ,para poder ser trabalhado diariamente por LJ . Penso que não vai acontecer e até admito um outro qualquer esquema - à lá Bojinov - para o tentar neutralizar.

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De Tywin Lannister a 08.09.2013 às 00:09

Godinho Lopes: «Se não tivesse vindo o Sporting acabava»
http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Sporting/interior.aspx?content_id=733615

Se não tivesse saído, o Sporting acabava... -€43,816 milhões no último R&C, -€45,947 milhões no anterior... quase -90 milhões de euros em prejuízos. Juntando os maus desempenhos de José Eduardo Bettencourt nas duas temporadas em que foi presidente (-€72,178 milhões) e temos quase -162 milhões de euros em prejuízos.

E se tivermos em linha de conta que as receitas operacionais se quedaram nuns míseros 32 milhões de euros... tendo-se gasto pouco mais de 66 milhões de euros e fica claro que ou se mudava de paradigma ou o Sporting corria mesmo o risco de acabar.


É claro que todo este processo não parece ter sido conduzido da melhor maneira, não se consegue perceber se houve realmente oportunidade para o búlgaro sair a bem do clube com as contas acertadas, se a proposta do Parma continuava a acarretar despesa ao Sporting, parece que aproveitou-se um pretexto ou expediente legal para nos libertarmos de uma despesa de valor relativo considerável. Se vai funcionar ou não visto que Bojinov não se vai ficar, como seria de esperar, é o que vamos ver.

O Sporting ainda tem alguns casos bicudos para resolver, o maior deles é o caso do Labyad, que apesar de já ter valido 9 milhões de euros, actualmente parece que vale pouco ou nenhum, visto que ninguém se chega à frente para o recrutar... ;)

Quanto a Evaldo, se calhar vai ficar por cá sem jogar, mais o Jeffrén, a menos que todos eles mais tarde ou mais cedo, aceitem rescindir os contratos com indemnizações que permitam ao Sporting poupar algum dinheiro no futuro. Mas tendo em conta que a estratégia assumida foi de forçar a saída dos activos mais caros com pior desempenho desportivo, se calhar o braço de ferro vai continuar e daqui a uns meses, talvez haja cedências de parte a parte.
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De Paulo Fernandes a 07.09.2013 às 01:13

Boa noite. Também gostei do Presidente Godinho Lopes. E de outros que o antecederam mas o Bruno de Carvalho tem feito um trabalho extraordinário e, se no início não me cativou, neste momento conquistou a minha admiração. Este, tal como outros assuntos que são do conhecimento da opinião pública, parecem "arranhar" a moral mas, na verdade, serão males necessários. Não se abespinhe, pois abespinhado estava eu quando o Sporting resvalava para o fundo. Esta decisão que nem sequer é política mas operacional num acto de gestão, que reflecte coragem, faz-me lembrar aquela falta que é necessário fazer para travar o início de uma jogada de contra-ataque do adversário. Por isso, estou confiante que nesta atitude do nosso Sporting, subjaz uma estratégia bem clara de gestão. Não lhe parece?
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 01:43

Caro Paulo Fernandes,

Os meus princípios como homem e, em contexto, como dirigente de futebol que fui durante muitos anos, não se associam a qualquer presidente do Sporting ou de outro clube.

Eu não apelido desonestidade por coragem ou actos de gestão. A essência da questão, para mim, é que quem não tem sentido moral e ética em medidas em suposto benefício do Sporting, também não as terá de igual modo em seu detrimento.

Além do mais, acredito que continuando com este método operacional, mais cedo ou mais tarde, uma destas acções irá prejudicar imenso o Sporting, é só uma questão de tempo.

Já estou saturado de dizer e repetir que se andei a criticar severamente as acções de Pinto da Costa, entre outros, não vou agora dizer que são correctas só por ser o meu clube a praticá-las.

Nada me vai persuadir em contrário, com este ou qualquer outro presidente.
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De Paulo Fernandes a 07.09.2013 às 02:33

Caro Sr. Rui Gomes
Na minha opinião, não se trata de uma questão de ética mas tão só de um acto de gestão racional que julgo e sublinho - julgo, tratar-se de uma medida de disciplina. O jogador prejudicou o Sporting e foi indisciplinado, como tal, mau profissional. Imagine onze Bojinov's (?!). Depois, nas oportunidades que teve, raramente foi uma mais-valia. Não sei se ganha muito ou pouco mas, acredito que pesando tudo na Balança....e ainda "ter abandonado o trabalho"... será falso, ou foi mais uma e o Sporting "aproveitou" o pretexto?

Respeito, naturalmente, a sua opinião. Também eu me norteio por valores éticos e morais mas, quer como dirigente ou como empresário, tomo decisões difíceis, no dia a dia, em defesa das Instituições que represento. Sei que não vou agradar a muitos mas no fim do mês, pago todos os salários. E este é o verdadeiro ponto fulcral desta nossa salutar discussão: o que os economistas chamam de "custo de oportunidade".

Espero sinceramente que o Sporting continue a trilhar o mesmo caminho, do ponto de vista ético e moral respeitando a sua história mas, em relação à gestão, tem que ser forçosamente outra, a direcção a tomar; E a "arte" do dirigismo está precisamente no equilibrio destes dois polos que não têm que ser, necessáriamente, beligerantes. Se Bruno de Carvalho conseguir este equilibrio, far-me-á sentir orgulhoso em ser do Sporting. Saudações leoninas!
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 03:41

Ainda há dias andaram os sportinguistas indignados por um "acto de gestão racional" pela venda de João Moutinho ao Mónaco.

"O jogador foi indisciplinado e prejudicou o Sporting". Está a falar a sério ?
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De Sporting_Sempre a 07.09.2013 às 01:15

Não compreendo sinceramente como é que se pode defender esta acção em nome do clube, como se os princípios fundadores do Sporting CP alguma vez tivessem sido menos que o contrário absoluto do que agora é aplaudido heroicamente.
A benfiquização do nosso clube está em marcha acelerada.
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De FCS a 07.09.2013 às 01:41

Não é uma situação que me agrade, lamento até. Agora daí a tomar partido pelo jogador sem sequer conhecer em detalhe os fundamentos da decisão...

Então vir acenar com o fantasma da benfiquização, por favor!

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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 01:45

Pois... a justa causa é tão evidente que levou semanas, se não meses, a evocá-la.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 01:49

P.S. Não compreendeu o sentido do meu escrito. Este meu parecer em nada, e mesmo nada, se relaciona com "tomar partido pelo jogador". Eu até nem nutro simpatia alguma por ele.
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De Sergio Palhas a 07.09.2013 às 12:26

Caro Rui,

Ao ler orelatorio enviado para a CMVM fiquei indignado por saber quie Elias custou 11M€ e não 9M€, fiquei indignado por saber que ao contrario do que muitos defendem o Labyad já recebeu um prémio de assinatua de +2M€ (presumo que a entidade Moahmed Labyad seja sua) logo caindo por terra a teoria de que os 2.1M€ brutos que receberá apartir desta época fosse para pagar um qq prémio de assinatura.

Ja a rescisão do Bojinov terá sido a última alternativa encontrada para resolver um caso que muito provavelmente o jogador não quis resolver a bem ... caso contrario não teriamos chegado a este ponto ao contrario de outros que chegaram a um acordo.

Bojinov não vai ficar na rua com uma mao a frente estendida como acontece diariamente no nosso pais onde muita gente vai para a rua sem ser devidamente indeminizado muitas vezes sem qq tipo de apoio ou estrutura a que possa recorrer e isso sim é motivo de indignação por parte de todos nos portugueses.

E isto não é demagogia !!!
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 13:02

Caro Sérgio,

Eu não estou/nunca estive minimamente preocupado com o Bojinov, por si, é uma questão de princípios. É de pasmar esta aprovação de esquemas nebulosos deste género - não conheço mas sei por fonte fidedigna a reputação da pessoa que os elabora em prol de BdC - e depois ficamos indignados quando os mesms métodos são usados contra nós.

O que citou do RC nada tem a ver com a questão. E, para sua informação, o passe de Labyad na altura da sua vinda para o Sporting estava avaliado em 9 milhões.
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De Sergio Palhas a 07.09.2013 às 13:48

Rui,

Para mim não é uma questão de principio mas sim de sobrevivência do SCP e ai sim os fins justificam os meios !!!

E a questão do Labyad é relevante quando se paga 0,9 M€ ao PSV +2M€ ao jogador se venda 35% do passe do jogador por 1,5M€, presumindo que os outros 30% sejam pertença do jogador e se pague 2,1€ brutos a um jogador ... tudo isto num clube à beira de um colapso financeiro ... de que nos adiante o Labyad valer 9M€ quando só temos pouco mais de um terço do seu passe.

Outra questão relevante para quem se quiser dar ao trabalho de ver o R&C é o valor residual que ganhamos nas transferências de jogadores no período a que se refere o R&C.

SL,
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 13:59

Como esta conversa foi para ao RC ainda não compreendi, face ao contexto do post. Mas, em conclusão, verifica-se que concorda que os fins justificam os meios, especialmente quando é BdC a recorrer a esses meios. Tudo bem... lembre-se disto quando forem usados contra nós.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 13:07

P.S. Por outras palavras, então, é apologista de que os fins justificam todos e quaisquer meios. É isso não é ?
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De FCS a 07.09.2013 às 12:42

Pois eu se calhar vou ser demagógico.

Face a situação calamitosa que foi deixada, como tão bem está ilustrada neste relatório e contas, no limite prefiro ter dinheiro para pagar ao Patrício do que ao Bojinov.

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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 13:05

A título de curiosidade, gostou do esquema que o FC Porto usou para evitar de pagar a justa parte da percentagem do Sporting pela venda de Mountinho ao Mónaco ?
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De FCS a 07.09.2013 às 13:32

Se gostei? Não.

Mas é essa a questão? Para mim a verdadeira pergunta, é conhecendo minimamente o futebol português e a forma de operar daquela gente, como é que se negocia com estes?
Não era óbvio que algo semelhante iria acontecer? Não se poderia ter antecipado? A resposta parece-me clara.

Gostei muito mais a forma como conseguimos descalçar a bota em relação ao negócio do Miguel Lopes.

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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 13:38

A essência dos métodos é a mesma, aplicados em situaçã diferente.

Essa do Miguel Lopes é um mito propagado pelos mecanismos populistas. Compreendo bem onde pretende chegar.
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De HY a 07.09.2013 às 17:39

Tenha calma Rui. Eu compreendo-o. Há muitos anos chorei de vergonha quando o relvado de Alvalde foi invadido prela turba que queria desancar um arbitro inenarrável num jogo contra o Leixões. Mas, bem vistas as coisas, a justa causa é uma razão de rompimento das relações laborais perfeitamente legitima ( até há muita gente que a considera demasiado restritiva). Não é assim tão imoral quanto isso utilizá-lá. A não ser que você saiba algum pormenor demoníaco que nós não saibamos (o clube enganou o Bojinov?). De resto, se não for mesmo caso de justa causa o Bojinov vai a tribunal e temos de lhe pagar todo o contrato. Não creio que seja caso para os dirigentes irem parar ao inferno. Agradável não é, mas provavelmente o Bojinov também não ajudou a procurar solução menos drástica.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 18:43

Eu estou muito calmo... Não vou é passar a ser um homem diferente do que tenho sido toda a minha vida, e já conduzi negócios em muitos cantos do Mundo, isto, sem ser "santinho" algum.

Não pretendo defender o jogador, por si, é-me indiferente, mas não aceito que tudo vale enquanto seja em prol do Sporting. Os mesmos profissionais da moda que andam a inventar estes processos agora, serão os mesmos ou do tipo que o farão amanhã contra o Sporting.

Só para tirar as dúvidas, gostava que o caso fosse parar à FIFA para aí as coisas serem clarificadas. MIlagres ctipo CAP não aparecem todos os dias.

De qualquer modo, vamos andando e observando... já que não vai ficar por aqui.

Além deste caso e do Jeffrén, acho que temos ainda mais um ou dois na equipa B e, claro, o Labyad. E, a seguir, virá a aproximação ao Eric Dier para a renovação até 2018, algo que, a julgar pelas suas palavras, não vai ser missão fácil.
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De Petinga a 07.09.2013 às 18:49

Depois de ler todos estes comentários, continuo sem saber os contornos da situacao.

Se, por um lado, esta atitude da SAD parece ser uma forma simplista de "descalcar uma bota", por outro o que recentemente sucedeu com o caso Bruma/CAP faz-me pensar que o Departamento Jurídico dificilmente entraria com uma accao destas sem ter muita seguranca de poder documentar e validar o seu caso.
Portanto, urge tentar perceber o que realmente se passou. O Bojinov foi enganado pelo Sporting? Foi-lhe sonegada informacao sobre a prestacao do seu contrato de trabalho? Ou o jogador procedeu em incumprimento das suas obrigacoes? Coloco as perguntas com toda a honestidade porque nao faco a menor ideia. Se há algumas semanas foi tao propalada uma hipotética transferencia para o Parma, que seria em princípio benéfica para ambas as partes, porque é que se chegou a este cenário?
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De sergiom a 07.09.2013 às 19:46

O que me parece é que o Sporting vai mesmo ter que indemnizar o Bojinov, mas em vez de lhe andarem a pagar mensalmente, se ele quiser que vá reclamar para a FIFA. Enquanto as instâncias resolvem e não resolvem o clube ficará todo este tempo sem gastar um tusto nos honorários do atleta.

Aplicando-se ao caso o proverbio " Enquanto o pau vai no ar, folgam as costas", neste caso as contas.
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 20:14

Deliberadamente não abordei alguns dos detalhes conhecidos do caso pela escassa informação disponível. Não aprovo mas concordo com o cenário que foi relatado pelo Sergiom , salvo alguns outros dados que me chegaram em particular e que opto, por agora, não divulgar.

Quanto ao Parma, já há umas semanas que foi possível compreender que apresentou uma proposta ao Sporting. Os exactos pormenores da mesma não são conhecidos. O Bojinov, ontem, salvo erro, disse que o Sporting exigiu 1,5/1,6 milhões ao clube italiano mas não elaborou mais. Isto não permite avaliar o todo das negociações que ocorreram.

O caso Bruma/CAP não deve servir de conforto algum porque ainda hoje é difícil, em termos de Direito, compreender o acórdão da CAP que levou à decisão. O departamento jurídico do Sporting fez o melhor possível com "batata quente" que lhe foi entregue e eles serão os primeiros a admitir as dificuldades com a decisão, não obstante ter servido os interesses do Sporting e, ao fim e ao cabo, do jogador também, já que ele foi para onde pretendia, recebeu um milhão como prémio de assinatura de um contrato milionário.

Quero acreditar que houve meios para resolver o caso Bojinov , mesmo que com o Sporting a abdicar de algum a curto prazo mas a lucrar a longo prazo. A opção, mais uma vez, foi a confrontação pelos meios à mão, orquestrados por quem ao lado de BdC é perito nessa matéria e já muito bem conhecido na "comunidade".
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De Rui Gomes a 07.09.2013 às 23:51

Caro Petinga, pela primeira resposta ao seu comentário não tive então disponibilidade para adiantar mais duas ou três considerações.

Lendo o comunicado à CMVM, levou-me só segundos para reconhecer a "assinatura" e identificar a intenção. No entanto, para debater inteligentemente a existência ou não de justa causa, é necessário mais informação. Dito isto, tenho opinião formada pelo que está disponível, na realidade, não é grande mistério, até porque a existir justa causa já teria sido invocada há semanas. Recorreu-se agora a este processo em desespero, pela opções que foram descartadas a seu tempo e pelo fecho dos mercados. O último - Ucrânia - fecha amanhã. Até o México já fechou.

Por fim, o cenário poderá não ser tão simplista como o Sergiom descreve, mediante o curso que o Bojinov escolher para contestar o acto. Se for para a FIFA, há sempre o risco das consequências não serem somente uma indemnização, caso a eventual decisão seja desfavorável. Especialmente juntando-se ao de Elias, se de facto está lá.
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De Petinga a 08.09.2013 às 09:33

Caro Rui

Lamento mas continuo sem compreender o suficiente sobre este caso para tomar uma posicao. E parece-me que o Rui também nao - mas que se baseia no seu "feeling" pessoal para ter opiniao formada.
As questoes subjacentes a rescisao por justa causa sao muito complexas. Elias veio para os jornais dizer que tinha 8 meses de salários em dívida e uma franja dos adeptos acreditou piamente - quando com menos de metade desse tempo poderia pedir rescisao contratual por justa causa.

Nao compreendo também (e garanto que voltei a ler todos os comentários) qual a relacao entre esta situacao, na qual temos pouquíssima informacao, e a transferencia de Moutinho para o Mónaco.
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De Rui Gomes a 08.09.2013 às 09:56

Não vale a pena debater mais esta questão, vamos esperar para ver se Bojinov contesta ou não e perante qual entidade.

O único paralelo entre os casos, em outros, foi pela sugestão de um outro leitor que esta medida tomada contra Bojinov passa apenas por ser um acto de "gestão racional".

O pouco que eu comentei sobre o assunto é tudo menos um "feeling". Agora, até admito que o jogador possa optar por não contestar a acção, duvido mas é uma possibilidade. Não pela justa causa, mas sim porque, como na vida, por vezes é mais prático simplesmente aceitar uma multa ou uma condenação qualquer do que a contestar. Veremos...

Como palavra final, o Petinga nem sequer admite a forte possibilidade do cenário contrário à poisição tomada pela SAD. Ainda hoje insiste no rumo que levou à decisão da CAP, ignorando o enorme risco e o parecer que a própria Direcção não esperava ver. Nada de novo aqui, portanto.
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De Petinga a 08.09.2013 às 10:31

Se Bojinov tiver razao, nao vejo porque nao contestaria. Afinal, o interesse do jogador deve ser contrário a uma rescisao unilateral! Se lhe fosse conveniente aceitar a multa para rescindir contrato, penso que facilmente teríamos chegado a uma rescisao por mútuo acordo. Nao faz muito sentido aquilo que escreveu.

Eu admito todos os cenários possíveis. Que haja aqui má-fé da Direccao do Sporting é possível. Que haja aqui incumprimento do jogador e coisas mal explicadas também. Pela CS só temos um dos lados da história! Mas nao tomo partido por um deles simplesmente porque gosto ou nao gosto do Presidente. E é aí que reside, como sempre, a diferenca entre nós, Rui.
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De Rui Gomes a 08.09.2013 às 13:38

Quem é ques está a tentar convencer do quê ? Quem comenta esta Direcção com objectividade ? Não atire areia para os olhos !!!
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De AM a 08.09.2013 às 00:17

De facto vai aqui uma grande discussão.
Esta questão já se tinha levantado antes.O jogador disse à CS que estava ausente porque o seu tinha tido uma doença grave mas que o Sporting estava informado.

http://rr.sapo.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=45&did=119185

Um excerto:

"O meu pai teve de ser operado a um tumor na garganta. Era impossível eu viajar para Lisboa. Tinha de estar com ele...
Tudo isto foi explicado ao Sporting, através do meu empresário e do meu advogado. Enviámos um email para o clube, dirigido ao director desportivo e ao presidente. Entretanto, o Sporting não me telefonou a comunicar quando deveria apresentar-me no clube..."

Dada a situação penso que eticamente isto não deveria ser resolvido assim.Qual de nós acharia humana esta situação?

Outra questão é a legalidade.Mas que não me parece uma situação correcta,não parece.
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De AM a 08.09.2013 às 00:20

Em "porque o seu tinha" é "porque o seu pai tinha".
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De Petinga a 08.09.2013 às 09:37

O problema é sempre o mesmo. Só temos uma versao dos factos - a do jogador. O Sporting tem-se mantido silencioso neste caso. Para além disso, nao sou jurista mas deve haver disposicao legal sobre qual o período de tempo pelo qual um atleta se pode ausentar do seu local de trabalho por motivos pessoais, dependendo dos ditos motivos.

E, sem querer ser advogado do Diabo, basta eu informar o meu empregador de que vou estar ausente para essa ausencia ser justificada? Ou o dito empregador tem que anuir formalmente, por escrito e com mencao dos prazos legais que me sao (ou nao) conferidos? É que parece-me que, sem ter mais de 20% dos dados relativos a este caso, se estao a tomar posicoes extremadas com muito pouca justificacao só porque as pessoas nao gostam da actual Direccao.
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De AM a 08.09.2013 às 12:00

Caro Petinga, "... muito pouca justificacao só porque as pessoas nao gostam da actual Direccao."

Este é que é o problema ,o Petinga tem esta preocupação permanentemente e com toda a legitimidade,mas acredite,não acordamos todos a pensar nas melhores formas de prejudicar a direcção,que é a do meu clube.Não tenha dúvidas.Mas o que acho mal,critico.

Vamos ao que interessa.Não duvida certamente da doença do pai do jogador.Que ele não pode incumprir com a sua entidade patronal excepto nos caos previstos pela lei,também todos sabemos.Se consultar a legislação relevante-documentei-me um pouco devido à questão Bruma-estão lá os deveres do praticante desportivo além de outras disposições legais.

Eu nem ponho em causa a questão legal,apenas o aspecto
ético,nada mais.Não me parece correcto o caminho seguido.
Em casos envolvendo aspectos desportivos-e em particular neste caso-este tipo de procedimento não devia ser usado e é uma confissão de incapacidade.

Atempadamente,estas questões conseguem-se resolver.Há, na situação que envolve estes jogadores,muita coisa que realmente não consigo perceber.
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De Petinga a 08.09.2013 às 13:31

Caro AM

É muito fácil tentar invocar questoes éticas sem se saber exactamente o que se passou. Sabe se eticamente o Bojinov tem sempre sido um funcionário cumpridor? Pode esclarecer melhor entao a quantos dias de ausencia tem um jogador direito em caso de doenca de um familiar? Sabe como foi feita a comunicacao de ausencia entre o jogador e o clube?

Acho imensa piada que, por aqui, se tome SEMPRE o partido dos jogadores em diferendos com a Direccao. Vamos ao extremo de culpar unilateralmente a dita pela forma como o caso Bruma se desenrolou, quando esse jogador intentou uma accao legal contra o clube (!). Agora é o clube que inicia um processo de rescisao, alegadamente com justa causa, a um jogador e aqui-d'el-Rei que está tudo mal e o caminho seguido nao parece correcto.

Que fique bem claro: eu preferiria sempre que as desvinculacoes de jogadores "excedentários" fossem resolvidas com a lisura da saída de Jesualdo Ferreira, ou com a limpeza e rapidez da saída de Gelson Fernandes. Mas acreditar que vai sempre ser assim é como acreditar que TODAS as contratacoes do Sporting para 2013-14 tinham que ser excepcionais e nenhuma poderia falhar. Simplesmente utópico.
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De AM a 08.09.2013 às 15:53

Caro Petinga,penso que percebeu bem o meu comentário. Destingui claramente o aspecto legal do ético.
Legalmente, até poderemos ter razão embora não conhecendo os detalhes do caso.
A questão ética todos a percebemos e eu não concordo com a forma como tudo se resolveu.
Também me parece que não seria necessário.
Algo não correu bem aqui,como noutras situações.
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De Petinga a 08.09.2013 às 19:03

AM

Nao faz qualquer sentido aquilo que escreve. Entao se o clube Sporting tem motivos legais para accionar um despedimento por justa causa nao o deve fazer por motivos éticos??? Explique lá isso que eu nao entendi.
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De AM a 08.09.2013 às 20:58

Caro Petinga,vou-me referir aqui pela última vez a esta questão.Não faço ideia se temos razão ou não.
A minha opinião é que perante uma situação destas, devemos permitir ao jogador acompanhar o seu pai e apresentar-se um pouco mais tarde. E é humano que assim seja.

O Petinga pelo visto acha normalíssimo que uma entidade patronal não permita a um trabalhador acompanhar a cirurgia do seu pai, que aparentemente ocorreu nos últimos dias das suas férias.
Mas pode fazê-lo.
E o eventual despedimento nestas circunstâncias será legal?

Sabe, a lei tem muitas alçapões. Poderá estar aqui um deles? Não faço ideia.
Espanta-me que ache que as relações laborais se devam conduzir assim.
O que se defende em nome sabe-se lá de quê.
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De HY a 08.09.2013 às 15:49

AM, exercendo a minha acticvidade profissional a 2 000 km distancia de Lisboa quando ao meu pai foi diagnosticado um cancro gravíssimo, passei algum tempo em Lisboa antes do desenlace fatal. Para tal, gastei os meus dias de férias que tive de intercalar com períodos de trabalho por nao dispor de mais dias férias. A não ser assim, teria de optar por uma licença sem vencimento, o que não era possível na altura. Tudo isto sempre mediante autorização previa da autoridade patronal. Sem tal, seria inevitável incorrer sob a alçada disciplinar.

Será que para futebolistas profissionais pagos a peso de ouro basta informar o clube da infeliz situação e tudo lhes é permitido?

Obviamente não sabemos o que sucedeu exactamente e não excluo um comportamento eticamente incorrecto da parte do clube. Mas também não excluo que Bojinov se tenha mesmo colocado em situação de incumprimento não autorizado. Não sabemos.

Por isso, entes de condenar, será melhor aguardar por mais informação. É a única coisa a fazer se pretendemos uma analise objectiva da situação.

Claro que há quem prefira disparar primeiro e investigar depois...
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De AM a 08.09.2013 às 16:35

Caro HY,idem,idem,aspas,aspas, em relação à resposta dada ao Petinga. A única coisa verdadeiramente em aberto é a questão jurídica e essa é para os advogados.Em relação ao resto já dei a minha opinião.
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De HY a 08.09.2013 às 17:28

Portanto, mesmo que se venha a verificar que o jogador violou de facto os seus deveres profissionais e a justa causa é plenamente justificada, é eticamente reprovável recorrer a ela?
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De jose a 08.09.2013 às 18:08

Caro HY,

Parto do princípio que temos uma equipa jurídica que sabe avaliar se os atletas cumprem ou não com as regras, normas de funcionamento do clube.
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De jose a 08.09.2013 às 17:57

O que se vê no futebol e na sociedade em geral é que os negócios são validados por leis e não por valores éticos. Podemos discordar, então a solução é criar um quadro legal para que certos comportamentos tido por jogadores ou por clubes sejam inibidos.

O presente jogador sabe e tem consciência que o clube está atravessar a rua da amargura, ainda que implicasse a falência do clube, não cede em nada porque não tem culpa nenhuma de terem aceitado um contrato em que é pago principescamente. Muitos que comentam por aqui e se estivessem no lugar dele, dizem que fariam o mesmo, os contractos são para cumprir, argumentam alguns.

O atleta está no pleno direito de renegociar ou não, mas o clube também está no pleno direito de exigir que todas as normas e regras de funcionamento sejam cumpridas.

Se realmente o jogador cometeu falhas legais que levam o Sporting rescindir unilateralmente o contrato não deve fazer porquê? O jogador vai justificar-se que não sabia de determinadas normas a cumprir? Os interesses do Sporting não devem ser defendidos? Os seus advogados, representantes numa situação crítica não sabe aconselhá-lo?

É interessante que alguns comentadores deste bloque em relação ao Bruma dizem que os seus agentes estiveram tão só a defender os interesses do atleta, é tudo correcto quando os agentes defendem os interesses do atleta, quando é o sporting a defender os seus interesses já é mal feito.

Outros argumentam por aqui, coitadinho do jogador, não se deve fazer isto aos atletas. Estamos a brincar? Um atleta que funciona na maioria das vezes como empresas, que ganham milhões, não se inibem de reclamar até o último euro, nunca trouxe mais-valia desportiva ao clube, treina num determinado clube à revelia do clube que lhe paga, havendo matéria para rescisão unilateral, vamos ficar de braços cruzados?
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De Petinga a 08.09.2013 às 19:05

Caro jose

Penso que todos já percebemos os "porque". Em qualquer diferendo com a actual Direccao, neste blogue parece tomar-se automaticamente o partido dos jogadores. Os casos que referiu sao totalmente pertinentes e o mais flagrante é Bruma, onde se escreveu até à exaustao que a Direccao tinha procedido mal mas que o jogador estava apenas "a defender os seus interesses".

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