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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Mediante o estatuto do atleta e o seu salário base, sou apologista de contratos com cláusulas que visam premiar a performance em campo. Há muitos tipos de objectivos e o seu reconhecimento fica ao critério interno de cada clube, a exemplo de e não limitado a premiar um avançado pelo número de golos que marca.
Reporta este domingo o diário desportivo A Bola que o defesa central brasileiro Maurício aufere um salário base de 400 mil euros e que o seu contrato contém cláusulas de prémios por objectivos, nomeadamente que o jogador poderá encaixar até ao máximo de 50 mil euros por temporada, por cada série de cinco jogos como titular ou em que entre no início da segunda parte. Sendo assim, Maurício poderá garantir os primeiros 10 mil euros de prémio se for titular nos próximos dois jogos frente ao Olhanense e Rio Ave.
Apesar de concordar com esta politica, à raiz, como já referi, discordo com premiar assente neste objectivo. Isto, pela experiência própria de há uns anos atrás em equipas minhas, pelo potencial para conflito. Não quero crer que condicione Leonardo Jardim nas suas escolhas, mas pode ser assim interpretado, pelo próprio jogador, caso uma das decisões do treinador coincida em quebrar o ciclo de cinco jogos, especialmente o quinto. No mínimo, poderá precipitar um clima de descontentamento e desconfiança. A bem dizer, não evoco nada de novo já que este género de incidências são do registo público em modalidades de alta competição.
Curiosamente, não há muito tempo e por motivos que me me iludem neste momento, surgiu um leitor a evocar o filme de Al Pacino "Any Given Sunday", onde uma das polémicas centrais no seio da equipa é precisamente o conflito entre alguns atletas e o colectivo, pelos prémios por objectivos. Claro, no filme estavam em discussão milhões e não meros milhares, mas é um cenário que corresponde à realidade.
Nota à parte: desconheço a origem e a veracidade da informação publicada por A Bola.
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