Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O futebol tinha todas as condições para compensar as agruras que muitos portugueses passam com a crise que se instalou no nosso país. Devia ser a escapatória ideal para nos descontrair dos problemas do dia a dia, especialmente para quem, como eu, se orgulha de ser sócio de um clube. O problema é que é cada vez mais difícil pessoas normais e com alguma educação reverem-se nos dirigentes e protagonistas do nosso futebol.
Mesmo os meus amigos que defendem os Presidentes dos respectivos clubes concordam que lhes falta categoria, educação e desportivismo. Os meus amigos do Porto concordam que o Pinto da Costa é um mafioso; os do Benfica que a dupla Vieira / Jesus é arruaceira e os do Sporting que o Bruno de Carvalho é grosseiro (versão brasileira do adjectivo semelhante que já usei noutro post e que vai mais ao encontro do respectivo tom de voz).
Assim, o que se passou em termos de atitudes e declarações nos últimos dias só contribui para afastar qualquer pessoa educada de um meio que em Portugal atingiu um nível muito baixo e a questionar qualquer pai decente se deveria incentivar os seus filhos a gostar de futebol português e do seu clube. Em relação ao Sporting tivemos a semana passada o Presidente a apelar à criação de um ambiente hostil quando a nossa equipa jogar no Estádio do Dragão. Para além de gratuitamente contribuir para o clima de guerra no futebol português revela grande coragem para quem vai estar bem protegido no banco e tem em grande consideração nós adeptos normais como eu que leva com os adeptos inflamados do Porto (coisa a que já estou habituado).
Depois das declarações que proferiu sobre a fruta, todos sabem que o Bruno de Carvalho quer muito receber troco e pôr-se ao nível do seu ídolo do Porto, mesmo que isso contribua para agravar o mau ambiente no futebol português. É um bocado como os porcos que quando mais lama melhor para se poderem chafurdar nela. A resposta pronta do Porto ao roubar-nos o Cassamá e o Sambu mostram a forma eficiente como o Presidente do Sporting tem acautelado os nosso interesses no meio destas quezílias que adora promover.
No seu incontrolável afã de aparecer e de participar em polémicas, o que lhe traz inegáveis benefícios na comunicação social, colocou-se ontem ao nível (bem baixo) dos treinadores dos nossos rivais. Quando diz que há treinadores que deviam preocupar-se mais em treinar, não deveria pôr a mão na consciência e lembrar-se que há dirigentes que deviam estar mais preocupados em dirigir? Nas mesmas declarações referiu que antes desta Direcção chegar não havia humildade no Sporting. Como é possível fazer este tipo de generalizações? Depois de 6 meses já chega de bater no ceguinho. Os sportinguistas querem olhar é para o futuro. O que lhe tem valido de facto é o ponto baixo a que o Sporting chegou na era Godinho Lopes, porque depois de jogos como o que fizemos no Sábado, os sócios começariam a questionar se não estamos perante o plantel mais fraco dos últimos 20 anos, constuído por quem até ao grande Manuel Fernandes prometeu uma equipa muito forte para este ano. Onde andam os tais 15/20 milhões para investir?
PS: Não escondo a minha admiração pelo Leonardo Jardim e até pela elevação das suas declarações no fim do jogo com o Rio Ave, mas não deixa de me irritar muito o facto de ter posto o Sporting no mesmo pacote do Benfica e do Porto em termos de benefício das arbitragens, quando as coisas são absolutamente incomparáveis pelo menos nos últimos 20 anos. Fez-me sinceramente duvidar do seu apregoado sportinguismo e já agora pedia-lhe para no jogo de Braga acertar mais nas substituições porque ultimamente não tem sido nada feliz.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.